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 Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições

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Conde Vladislaus Tepes
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Conde Vladislaus Tepes


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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptySex Mar 06, 2009 8:21 am

Ação para Vanessa:

Mesmo no chão, Daniella percebia que Casimir estava olhando outra vez para ela, por cima do ombro; aliás, ultimamente ele vinha olhando bastante para ela. Era como se o homem estivesse em constante observação, como se ele soubesse ou suspeitasse quem realmente ela era. Talvez, a sensação anterior de ser a donzela em perigo esperando pelo cavaleiro a salvar, tinha sido mais real e concreto do que ela podia imaginar.

Era algo que Daniella tinha que ponderar. Ezequiel poderia manter muito bem seu segredo, e até mesmo lhe ser útil se ocupasse o trono de seu tio. O menino não só sabia de sua identidade, como também passava a aceita-la. Mas se Casimir soubesse, poderia ser algo perigoso. Era um homem arguto, provocante e que lutava contra a família real para adquirir o poder. E ambos não tinham se simpatizado desde o primeiro encontro.

Daniella poderia ver que o emir observava ambos. Com Casimir no chão, o duque se tornava um alvo muito mais fácil que Daniella. Poderia ser a chance de Daniella se livrar de um suposto inimigo proeminente, deixando que o duque sangrasse até a morte. Ou arriscar o próprio pescoço salvando o dele.

O emir se aproximou com a cimitarra em punho. Os olhos dele fitavam Daniella, o rosto tomado por forçada concentração, na penumbra do ambiente. Ele conseguiu desviar-se do golpe dela, batendo a cimitarra contra a Belderiver. Então girou a cimitarra para golpeá-la na altura do tórax.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptySáb Mar 07, 2009 11:34 am

Apesar de tudo aquilo em jogo, seu disfarçe e sua nova liberdade, ela ainda não poderia deixar um homem que havia salvado sua vida duas vezes em tão pouco tempo morrer. Se ele morresse, que fosse longe de suas vistas, ou então que não fosse tentando salvar a vida dela. Se ele soubesse sobre sua verdadeira identidade, ela teria que somente rir da cara dele e desáfia-lo para um duelo de morte, mais tarde.

No momento o importante era acabar com o emir que tentava matá-los. Ela encarou o homem com seus olhos vermelhos, sorrindo de canto. Não seria um idiota como ele que iria lhe tirar a vida. Não permitiria tal ato de insolencia.

No momento que a cimitarra bateu contra sua Belderiver ela defendeu até ver o movimento giratório do homem, girando seu corpo para tras, longe do ataque, como se aquilo fosse uma dança que ela já estivesse acostumada a dançar. Os passos já marcados no chão, denunciando seus proximos movimentos, e então, seu ataque.

Ela esperou o momento certo para poder entrar com Belderiver novamente contra o homem. Seu objetivo? Decepar a mão que carregava a cimitarra para então lhe dar um golpe de misericordia em sua traqueia.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:53 pm, editado 1 vez(es)
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Mar 10, 2009 1:39 pm

Os olhos de Laila tremeram ao ver Vladislaus naquele estado. Apesar de tê-lo conhecido numa situação não muito favorável, onde ele estava doente, nada era comparado à enfermidade que o assolava naquele momento.

A vontade da garota era ficar e cuidar dele, cuidar de Ezequiel e do Barão Heitor. Eles não se importavam se ela era muçulmana ou européia. Mas o resto de toda a guerra sim. Não podia arriscar as vidas deles por um ato agoísta.

Ela aida chegou a parar na entrada da tenda, virando o rosto para a cama onde estava o enfermo Conde. Falou num fio de voz, quase sussurrante:

- Fique bem...não morra, por favor. Eu quero ver você de novo.

Quando a vela se apagou, Laila sentiu um arrepio nada agradável percorrer todo seu corpo e eriçar os cabelos de sua nuca. Abraçou-se, suspirando cansada e enfim seguindo Hassan. O sufi, ao segurar-lhe o rosto, sentiu-a gelada como ela jamais esteve. Medo. Raiva. Tristeza. E até mesmo uma pequena expectativa.

Ela chegou aos estábulos e pegou três cavalos, puxando-os suavemente pelas rédeas: um preto, um marrom e um cor de leite, manchado com pintas brancas. Enquando os conduzia, realmente foi abordada por alguns soldados, que a olhavam hora com nojo, hora com libido. Ela apertou as rédeas com força, mas sua voz saiu firme:

- Comandante Daniell pediu para levar estes cavalos, que resistem mais à areia e ao calor. Há alguns que morreram, os soldados em guerra precisam deles. - ergueu mais o rosto, mostrando-se altiva, quase como uma princesa - Querem desobedecer as ordens de seu Comandante? Ele salvou minha vida, faço questão de ajudá-lo.

Vira o rosto para o lado, continuando a andar e conduzir os cavalos. Virava à direita, saindo do campo de visão da maior parte das pessoas, ficando no ponto de encontro que Hassan marcou com ela.

- Shhh...quietinhos, meus queridos. Não vou deixar vocês se machucarem, podem ficar sossegados.
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Mar 10, 2009 6:56 pm

- Meu amigo... o que te esqueces é que é a palavra de uma criança, não de uma mulher. Laila ainda não está na idade para ser esposa de Mehmet, e o depoimento dela será secundário, pois a denúncia partirá de mim. Se alguém tiver de ser sacrificado pelo Islã ao discordar de um sultão, que seja eu. Quanto à fuga de Laila, alguém acreditaria que uma criança teria facilitado a fuga de um prisioneiro? É mais fácil que acreditem que o prisioneiro fugiu com ela para aviltar o sultão. E se Mehmet for derrotado aqui, como parece-me que acontecerá, ou ao menos sofrer a perda considerável que já pode se ver ao longe, ele não será mais uma figura tão importante do Império Otomano. Eu farei o que me cabe, e o que é meu dever. Se o Islã cogitar devolver Laila a Mehmet, escaparei novamente com ela, e a deixarei a seus cuidados. Eu mesmo despistarei o Islã. Mais cedo ou mais tarde me acharão e serei morto, mas se for isto que Allah reservou para mim, não tenho medo e me entregarei a este destino. Só continuaremos com as mãos atadas enquanto não quisermos usar as cimitarras de nossa fé para cortar as cordas da incerteza, meu amigo Ari.

E então, sorriu, como um jovem. Hassan sabia que o Islã tinha sufis tão bem-treinados quanto ele, mas confiava na capacidade de discernimento de seus mestres. Os infiéis eram todos aqueles que desrespeitavam Allah, mesmo que fossem muçulmanos, e os castigos eram terríveis. Hassan confiava cegamente principalmente na capacidade de julgamento de seus mestres, que segundo o julgamento do sufi, possuiriam muito mais sabedoria que ele próprio. Logo, Hassan pôs-se ao lado de Ari com a falcione em punho, como se escoltasse o "prisioneiro", para o caso de alguém fazer perguntas incômodas. Logo, chegaria aonde Laila estava. Quando viu os cavalos, sorriu. A menina realmente sabia como se arranjar dentro de uma cidade "inimiga". Então, ele "ordenou" a Ari com um movimento que subisse em um dos cavalos, antes de se dirigir a Laila.

- Laila, sabes cavalgar? Se não o sabes, é melhor que vá no cavalo de Ari, e deixe um destes pobres para trás. E o que vamos fazer, que façamos rápido. Não tardará para que a cidade caia.

Hassan então subiu no cavalo, começou a dar um trote curto e deu um assobio surdo, que somente Yago ouviu. Foi o chamado para que ele parasse de voar em círculos e começasse a seguir a trilha que Hassan seguiria, vigiando o caminho à frente.
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Mar 17, 2009 9:40 am

(Mensagem somente para manter o fórum aberto e atualizado - parte III.)
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Conde Vladislaus Tepes
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyQua maio 27, 2009 10:26 am

(Off: Netuska, muito obrigada por ter mantido o fórum em minha ausência ^^)

Ação para Vanessa:

Era verdadeiramente um cenário infernal. Os corpos espalhavam-se por toda parte, sarracenos e cristãos. Não havia mais nenhum indicio que distinguia um homem do outro: estavam mortos e iriam de encontro ao mesmo Criador. Não muito distante dali, o emir via a mesma mulher de pé diante dele, àquela que ele sabia que comandava dezenas de milhares de soldados que, naquela noite, estavam condenados a morrer.

O emir e Daniella duelavam de uma forma altiva. Àquele árabe que havia horas mais cedo derrotado o Duque, era o terror de cristãos e estava sendo difícil para Daniell, mesmo com sua experiência, resistir aos golpes de sua larga cimitarra. As investidas de Daniell conseguiram apenas acerta-lo no ombro e no peito, mas ela não conseguia, de fato, cumprir seu objetivo: matá-lo. Era difícil para Daniella fazer idéia de quanto tempo estavam ali, lutando. Poderia ter sido apenas dois minutos, ou até meia hora. Pelo silêncio de Casimir, ele tinha desfalecido enquanto ela duelava pela vida dos dois.

Quando Daniella o atacou com um golpe de espada, o emir esquivou e de repente, com uma força quase sobrehumana, a pegou pela malha com a mão esquerda e a arremessou de costas no chão. A Belderiver de Daniell escapou de sua mão, parando próximo do adormecido Casimir, há alguns metros de distância dos dois combatentes. Quando ela olhou novamente para seu inimigo, podia ver um meio-sorriso sarcástico em seu rosto. E com a mão estendida, o emir abaixou a cimitarra afiadíssima até pousá-la em seu peito.


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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyQua maio 27, 2009 11:46 am

Ação para Aloisio e Marys

- Uma criança...

Ari repetiu aquelas palavras de Hassan com sua voz melodiosa. Era como se no vazio de sua desgraça, aquelas palavras ecoassem para atormentá-lo. No vazio de sua própria vida. Havia algo doloroso no tom de sua voz quando as pronunciou, uma dor tão visível que podia fazer Hassan estremecer. Era como se ele tivesse se dado conta de algum pecado terrível que foi cometido. Que ele cometeu.

Respirou profundamente, como se ele precisasse subitamente daquele mesmo ar para sobreviver. Era consciente da grande inteligência de Hassan e sabia que se não dissesse nada, Hassan suspeitaria de algo errado. Se já não suspeitasse. Mas a dor que veio com as palavras de Hassan o fizeram ainda silencioso.

Era uma sorte cruel da jovem Laila, Ari pensava. Tornara-se a concubina de um Sultão que ela odiava e agora livre de seu impiedoso destino, caia em outro, para ser uma infeliz testemunha política de seu próprio marido. Ari sabia que era culpa dele e castigava-se em um mar de dor sem fim. Por um momento, desejou ter sido morto antes de encontrar Laila, seja pelas mãos de Said, Hassan ou dos cristãos.

- Ela tem quartoze anos, jovem Hassan. Não é tão criança assim. – disse, com a voz oscilando. - E mesmo que o Islã a veja como uma criança inocente, ainda é só uma criança. As palavras de uma criança são verdadeiras, mas também são absolutamente mágicas e imaginativas. Se eles a verem como uma mulher, é apenas uma escrava que teve a sorte ou o azar de cair nas graças de um homem poderoso. Ela não...

Ari não terminou a sua fala. Ao ouvir o sufi dizer que também denunciaria o sultão, Ari fitou-o assombrado. Ele não parecia esperar que o sufi se voltasse contra Mehmet, não daquela forma formidável e tão direta. Se Hassan, que havia convivido no palácio do Sultão por algum tempo, dissesse seu ponto de vista ao Islã, Hassan poderia reforçar as palavras de Laila e causar um enorme abalo na estima de Mehmet.

- Acho que lhe julguei mal, meu amigo. Você é mais inteligente e perceptivo do que imaginei. Mas lembre-se, que ao fazer isso, você estará despertando um leão. A guerra antes religiosa, terá voltas mais aterradoras.

Ele seguiu Hassan para fora da tenda e deixou-se ser guiado como seu prisioneiro. O cheiro de carne queimada e doença invadia suas narinas. Mesmo após tantos anos em meio a sangue e corpos, ainda não tinha se acostumado ao cheiro de morte.

Estava tão distante em pensamentos, que não notou Laila aproximando-se. Somente percebeu a presença da concubina quando ouviu a conversa entre os dois. A cabeça de Ari se manteve baixa, mostrando um notável respeito e adoração pela menina Laila. Mesmo longe do palácio, ele ainda parecia manter este hábito de respeito. Ainda, Laila podia sentir os olhos verdes do chefe pessoal do Sultão olha-la por baixo.

Com a pergunta do jovem Hassan, Ari não conteve um suave sorriso que se desprendeu de seus lábios.

- Oh, Hassan... – Ari olhou para Laila e sorriu matreiro, ao dizer. – Ela sabe cavalgar muito bem.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyQua maio 27, 2009 12:56 pm

Mal volta e já tenta matar minha personagem, mamy? 8'DDD)


Daniella lutava por sua vida, mas principalmente, pela vida dos homens daquele lugar ao qual ela jurou proteger com seu cadáver. Não importava o quão difícil fosse aquela batalha e o número de homens que perdesse para aquela maldita batalha, o que importava era que no final ela iria triunfar novamente.

Aquela batalha estava se tornando extensa de mais para o gosto do comandante loiro. Aquele homem era bom, mas Daniell precisava ser melhor do que ele. Não aceitava perder sua vida para o emir.

Quando foi jogada para o chão e sua espada voou, a primeira reação de qualquer um seria entrar em pânico e arregalar os olhos, mas não foi isso que Daniella fez. Ela girou para o lado na hora que ele foi lhe dar o golpe de misericórdia, se levantando o mais rápido que a sua roupa permitia e pegando a adaga que sempre guardava consigo para proteção pessoal fora das batalhas, tentando a enfiar direto em suas vértebras, por ter ido para em suas costas, na altura do pescoço.

Não tinha tempo para pegar sua espada, não agora. Se tivesse a oportunidade, depois o faria.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:53 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyDom maio 31, 2009 6:49 pm

(Off: Impressão sua, filhota ^^ *cara de inocente*)

Ação para Vanessa:

O árabe virou e agarrou a mão da bela jovem que segurava a adaga, antes que ela pudesse desferir o golpe. Ele a dominou, dando uma volta no braço da comandante e a girando como numa dança, a fria adaga estando agora na mão do árabe e encostada no pescoço dela. Daniella podia sentir a respiração dele em sua nuca, suas costas tocando o corpo dele de uma maneira vulgar. Era quase um assédio.

De repente, ele a soltou e caiu ajoelhado, agonizando em dor. Perdia muito sangue e o homem levou as mãos para trás, tentando agarrar algo que havia lhe perfurado as costas. Daniella podia ver que a Beldevier tinha o apunhalado. Com sangue a brotar da boca, o agressor perdeu o equilíbrio, tombando de bruços.

Casimir suspirou, arrancando de um puxão a espada das costas do árabe.

- Ah, o que seria de você sem mim Daniell. Um homem morto, talvez?

O duque, então, sentiu uma adaga ser apertada em sua garganta e seu corpo ser imobilizado.

- Um homem que não decidiria por sua vida agora, Duque.

Disse a voz suave de um homem que tinha o rosto coberto por panos. Ele havia imobilizado o Duque, observando Daniella com um olhar peculato.
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptySeg Jun 01, 2009 6:27 pm

- Um leão de nada vale sem sua manada. Allah me diz que isto é o correto a fazer, e eu sigo a Sua vontade, e não a dos governantes que dizem governar em Seu nome. Mehmet não é Allah, e infelizmente ele terá de provar isso da forma mais amarga. Minha guerra não é contra os cristãos, é contra a tirania e contra os infiéis. Aqueles que permanecem fiéis em sua fé e chamam Allah por outro nome não merecem o castigo de minha lâmina. Aqueles que usam Allah, sejam cristãos ou muçulmanos, para seus próprios objetivos escusos, não merecem minha misericórdia.

Hassan então respondia às indagações de Ari, disposto a seguir adiante com aquele plano ousado. Ao saber que Laila era exímia amazona, apenas fez o movimento para subir em um dos cavalos e esperou que eles o acompanhassem.

- Então, vamos. Não devemos mais nos demorar aqui. Se ficarmos muito tempo parados, atrairemos atenção indesejada.

Hassan começou um trote curto, esperando que Ari e Laila o seguissem. Circundando o cavalo em seu próprio eixo, Hassan fitou o cenário terrível daquela cidade condenada. Matavam em nome de Allah e de Deus. Por que havia de ser assim? Por que simplesmente não celebrar em paz, cada um, a sua fé? Por que buscar a guerra quando a paz tem tanto a oferecer? Essas perguntas rondavam seu pensamento enquanto seus aliados se preparavam para partir.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Jun 02, 2009 9:50 am

Ela rosnou quando se viu dominada por aquele homem sujo. Maldito era aquele ser que a tocava de modo tão vulgar e colava sua propria adaga em seu pescoço, e ela não podia fazer nada naquela situação por estar completamente imobilizada.

Quando conseguiu se soltar ela procurou pegar sua adaga da mão do homem, se afastando e vendo-o verter sangue pela boca e sua espada na mão de outro, terminando de matar aquele homem que lhe ofereceu tanto perigo.

Escutou a voz de Casimir e sentiu certa raiva em ter que admitir que o homem lhe estava sendo mais util do ela havia esperado. Talvez tivesse jugado mal as habilidades dele de batalha, porem sua personalidade permanecia a mesma e isso a fazia não considerá-lo muito.

Antes de responder a provocação de Casimir ela viu a adaga ser prensada contra o pescoço do homem que carregava sua Beldevier ser ameaçado do mesmo modo que ela havia sido a minutos atras. Rosnou, pelo menos ainda possuia sua adaga em mãos.

- E o que eu posso decidir se você mantem um de meus homens em suas mãos? Isso não me parece muito uma escolha, e sim uma condição que eu deveria seguir.

Falou calmamente, olhando com seus olhos rubros aquele homem que escondia-se atras de panos. Pelo olhar, aquela pessoa parecia desejar ter Daniell em suas mãos a muito tempo, e provavelmente tentaria saborear aquilo. Enquanto isso Daniella tentaria pensar num modo de salvar a vida do Duque.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:54 pm, editado 1 vez(es)
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Jun 02, 2009 11:44 am

Laila já não respondia às perguntas de Hassan. Ela estava com raiva, e nem era dele, em si; era da nova inércia em que estava mergulhada. Uma vez, ela teve o poder de controlar sua vida, de ter sua liberdade. E, novamente, tudo estava ameaçado. A garota simplesmente não suportava isso.

A paixão pelo Conde Vladislaus era mais forte do que ela pensava.

Para afastar esses pensamentos, a jovem balançou a cabeça para os lados, esquecendo das idéias antigas e abraçando as novas: denunciar Mehmet, acabar com a tirania dele...dar aliberdade de presente para sua melhor amiga. Um pequeno sorriso surgiu, confortando-a com essa idéia.

Virou-se para os homens,e pegou-se surpresa ao ver Ari ainda a tratando como a Predileta do Sultão, com a cabeça baixa. Com o comentário dele, ela sorriu, observando Hassan:

- Como acha que eu vim parar aqui, Hassan? Não criei asas. E, Ari...

Ela chegou eprto do daroga, segurando seu rosto com delicadeza. Ergueu o mesmo, observando os olhos quase tão verdes quanto os dela. Até o momento, Laila de nada desconfiava - ou parecia não desconfiar:

- Não abaixe seu rosto para mim.Não estamos no palácio. Vamos ser só a Laila e o Ari. Por favor.

Sorriu complacente, indo enfim para seu cavalo e montando-o. Acariciou a crina e deu um suave tapinha no pescoço dele, apenas esperando, e depois seguindo Hassan na mesma velocidade que ele.
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Conde Vladislaus Tepes
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Jun 02, 2009 2:16 pm

Ação para Aloísio e Marys:

Ari fechou os olhos sentindo o toque suave de Laila em sua pele, a mão macia dela e o perfume delicioso. Se eles estivessem no Palácio, aquele simples toque o condenaria a morte. Então sentiu seu rosto carinhosamente se erguer para ela e a expressão de consternação desapareceu como um sonho. Os olhos dele fitaram dentro de seus olhos e ele sentia todo o peso daquele olhar.

Ele inclinou a cabeça, e a luz amarela das tochas bateu em seu rosto, aquecendo a face. Laila podia observá-lo atentamente. Tinha sido um homem muito bonito em sua juventude, e ainda o era, embora algumas rugas já se fizessem presente em sua testa, sinais claros de sua velhice.

Um sorriso desabrochou-se e amoleceu as expressões do chefe da guarda. Nesse momento, seus olhos pareceram encherem-se de lágrimas, de uma tristeza leve e passageira.

- Então devo aproveitar este único momento em que posso observar os traços de seu rosto sem repreensão. – ele tocou suavemente no rosto dela com as pontas dos dedos. - Você tem um rosto muito puro, Laila. És tão parecida com ...

Ele não terminou sua frase, pois percebia a urgência de Hassan em sair dali. Os dedos dele se afastaram.

- Hassan está certo. Venha, ajudarei a montar em seu cavalo.

Ele ajudou a jovem a subir no cavalo e montou no outro animal. Seguiu logo atrás de Laila e Hassan.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Jun 02, 2009 2:51 pm

Ação para Vanessa:

O fio da adaga estava encostado firmemente ao pescoço de Casimir, que pela expressão em seu rosto, mostrava está sentindo muita dor do lado que havia sido atingido pelo emir. O peito dele subia e descia, lutando por ar. O homem que havia rendido o nobre era esguio e de estrutura delicada, os olhos revelando ser um homem jovem. A adaga que ele sustentava em mão possuía pequenas safiras e rubis incrustadas na empunhadura. As roupas eram de tecido caro e várias jóias ornavam suas mãos, mostrando uma riqueza ímpar. Em seu cinto estava presa uma cimitarra.

- Radu? - Daniella podia ouvir o nome soar dos lábios do Duque e os ombros do carrasco se elevarem, surpreso.

Ela havia conhecido Radu quando ainda eram crianças. Foi na mesma noite em que ela tinha visto Vlad na sala, enquanto seu pai e o Conde Dracul conversavam. O menino Radu tinha entrado pela porta, com as faces afoitas e um sorriso nos lábios, feliz por ter derrotado seu irmão mais velho, Mircea, durante o treinamento com espadas. Então ele parou de correr e se posicionou ao lado de Vlad ao vêr que tinham visitas. Seus olhos fitaram com um misto de curiosidade a menina de sua mesma idade e filha do Conde.

- Radu, Radu... – o Duque tentou uma voz animada. – Há quanto tempo! Veja, como você cresceu!

Radu sorriu sarcástico por debaixo dos panos.

- Cresci o suficiente para poder degolá-lo, Duque, se não calar essa sua boca.

Com as palavras de Daniell, ele deu uma risada fria.

- Condição... Se quer colocar nestes pontos, comandante...

Ele indicou o solo com um aceno de cabeça.

- Ajoelhe-se aos meus pés. Agora. Ou ele morrerá.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Jun 02, 2009 5:43 pm

Ela ficou olhando-o como se esperasse alguma coisa vinda dele. Provocação, um pedido, uma ordem, mas quando escutou o Duque chamar o garoto pelo nome e o garoto se denunciar, ela não conseguiu conter a surpresa. Aquele garoto não deveria estar ali, lutando pelos inimigos, cheio de jóias nos dedos que seguravam um homem que pretendia matar.

Aquele garoto, não podia acreditar que a familia inteira de Vlad estava envolvida de algum modo. Não tinha como Radu estar no exercito que prendia Vlad sem ter conhecimento que o irmão era prisioneiro de guerra.

- Crescido o suficiente para tramar contra o proprio irmão e o exercito de Deus que vem de suas terras, eu presumo. - Falou com sarcasmo.

Escutou-o falar a condição para soltar o Duque sem matá-lo e ela rosnou, abaixando-se lentamente, tentando manter a adaga escondida. Deixou sua cabeça baixa, mas olhava para ele e os arredores para não ser pega de surpresa.

- Certo, agora solte-o.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:57 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Jun 02, 2009 8:45 pm

Ação para Vanessa:

Vendo o homem que ele julgava invulnerável com os joelhos sobre a terra, o Duque tentou um diálogo. Era clara a preocupação estampada em seu olhar, mas não em sua voz:

- Radu... Não há necessidade de utilizarmos de violência. Porque não conversarmos de uma maneira mais... civilizada... sem adagas no pescoço de alguém...

A resposta foi um aperto mais firme do fio da adaga em sua garganta, calando-o imediatamente. Radu aproximou-se de Daniell, ainda com o Duque em seu poder. Quando ela o olhou, ele desceu as costas da mão com um golpe certeiro em seu rosto. Um dos anéis rasgou a pele da moça, arrancando um filete de sangue.

- Crescido o suficiente para saber que se deve aliar ao mais forte. Vlad foi um fraco. Preferiu sofrer numa cela encardida a se converter ao Islã. Ele podia ter tudo o que queria, se ele apenas jurasse fidelidade ao homem certo. Mas não. Manteve fidelidade para o homem que nos condenou a este Inferno. Meu irmão não irá muito longe com esse orgulho, assim como você também não irá.

Neste mesmo instante, ele puxou a adaga, tirando sangue do Duque e o jogou no chão. Sacou em grande velocidade a cimitarra presa no cinto e abaixou a lâmina com toda a força para decepar a cabeça de Daniell.
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Jun 02, 2009 9:18 pm

(Pô, amor! Esquece esse conde-chatonildo-vampiro-melancólico-romeno-de-meia-pataca e dá uma chance pro meu puro-sangue-árabe-herói-sinistrão ^^)

Hassan começou a aumentar gradativamente a velocidade de seu cavalo. Nem acreditava que seria tão fácil escapar de uma cidadela cristã quase tomada pelos muçulmanos, mas estava preparado para o pior. Depois de se certificar que Ari e Laila estavam montados, passou a galopar com ele, apontando a Ari qual rota seguiriam. O mais seguro seria tomar a rota das montanhas. Se se abrigassem durante um ou dois dias nas cavernas, evitariam ter que cruzar com exércitos cristãos e muçulmanos, em fuga ou em perseguição. A idéia de Hassan era utilizar Yago para informá-lo sobre a segurança da rota que pretendia tomar, e eventualmente seguir por ela. Mais tarde discutiria estes detalhes com seus aliados. Porém, de relance, ao olhar para trás para verificar a condição de Ari e Laila, Hassan pôde notar, sem medo de errar, Radu, ao longe. Pelas vestes, só poderia ser ele. Estava longe demais para ver muita coisa mas, graças ao seu treinamento e às suas habilidades, Hassan percebeu que Radu estava prestes a executar um cristão. Isso o fez lembrar das torturas pelas quais passou com Radu, mesmo ele sabendo que Hassan era um árabe. Um sentimento de revolta encheu o peito de Hassan, que parou seu cavalo e resolveu intervir, mesmo que indiretamente. Novamente, assobiou de forma inaudível a Yago, apontando o alvo com o olhar. Yago entendeu a mensagem e executou um rasante à frente da cabeça de Radu, no intuito de atrapalhá-lo. Tão veloz é o falcão em sua descida que, fatalmente, ele teria êxito em sua missão. Logo após, Hassan orientou Yago a voltar a patrulhar o céu à frente, e retomou o galope, resoluto e satisfeito.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyTer Jun 02, 2009 9:26 pm

Daniell olhou a tentativa inutil do Duque de tentar melhorar aquela situação para seu lado e respirou fundo. Quando sentiu o golpe, caiu no chão, apertando o cabo da adaga com força. Rosnou. Ninguem nunca havia ferido o seu rosto daquela forma insolente.

Se levantou um pouco, escutando-o falar sobre o por que de ter escolhido se aliar ao inimigo e abaixou o olhar, fitando sua sombra para saber exatamente onde estava e o que fazia, já que havia caido de costas para Radu.

Quando viu que ele soltou Casimir e descia para atingi-la ela se impusionou para o lado, usando o braço protegido pela armadura para se proteger do golpe, deixando-o um pouco na diagonal para que a espada não conseguisse cortar direito a armadura e feri-la gravemente. Ao mesmo tempo pegou sua adaga e a enfiou com tudo no pescoço do homem que agora tentava a matar, o olhando com puro ódio.

- Para mim você é uma criança mimada a qual só procura aquilo que lhe oferece o caminho mais rapido e facil. Que pena que o mundo se livra de crianças assim todos os dias, Radu.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:58 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyQua Jun 03, 2009 11:02 am

Ação para Todos:

(*Conde* Senhor Aloísio? Pelo grande apreço que possuo por sua inestimável figura, permito que tenha a honra de escolher se prefere ser empalado de pé ou de ponta cabeça.)

Ari acenou com a cabeça, concordando sobre a rota escolhida por Hassan. Estava prestes a segui-la, quando percebeu o olhar de Hassan por cima de seu ombro. O chefe da guarda, pensando que estavam sendo seguidos, virou para olhar na mesma direção. Observou que se tratava do jovem Radu que detinha o Duque como seu refém e o Comandante ajoelhado em rendição. Ari sabia que Radu tinha se convertido ao islã e se tornado o amante secreto do soberano. O filho mais novo de Dracul tinha regalias e era uma criança mimada, como assim Daniell diria minutos mais tarde.

Os olhos de Ari contemplaram o olhar que Hassan dirigia a Radu. Não se surpreendeu quando percebeu a revolta no olhar do sufi. Radu tinha o humilhado horas mais cedo e não havia passado despercebido a Ari que os dois cochichavam durante a reunião com o sultão.

- É Radu. – Ari disse a Hassan, mesmo sabendo que o outro já havia o reconhecido. – Era certo que ele viria.

O que surpreendeu a Ari foi que Hassan resolveu se intrometer a favor dos cristãos e contra Radu. Yago atendeu a ordem de seu mestre. Ele fez uma meia-volta e passou em um vôo rasante à frente da cabeça de Radu, no mesmo instante que a cimitarra descia em direção ao pescoço do cristão. Por instinto, Radu elevou o braço à altura da cabeça, permitindo que Daniell escapasse do cruel destino de ser decapitado.

Quando a ave prosseguiu em seu trajeto, as asas cortando o ar em fatias, Radu viu o que tinha o distraído.

- Hassan!

O jovem virou-se, em busca do sufi. Hassan podia sentir o olhar penetrante de Radu queima-lo. Mas o garoto não teve tempo de fazer mais do que isso, pois sentia um golpe avassalador em seu pescoço. Ele caiu de costas no chão, desnorteado. Os olhos azuis demonstravam visível choque, como uma criança apanhada em flagrante na própria artimanha.

A respiração estava rota. Seu rosto agora se revelava descoberto. De todos os irmãos, ele era o mais bonito, mais delicado. Os cabelos negros e compridos caiam em cascata sobre os ombros e os lábios eram convidativos. Sua mão tocou o pescoço, que graças à malha, não teve as artérias perfuradas pelo punhal. Mas estava cortado e sangrava. Sentia o sangue gotejar na ponta de seus dedos. Daniell tinha sido rápido em seu contra-ataque e se não fosse por suas proteção, certamente estaria morto.

Ele olhou para o rosto daquela que quase o havia matado, sua visão embaçada por ter batido a nuca com força no chão. Então as palavras provocativas. Palavras que reavivaram a sua raiva.

- Vai se arrepender disto, Daniell. – ele a olhou com ódio. – Irei fazer você comer a própria língua após arrancá-la de você. Irá ver o diabo mais cedo do que imaginas.

Cego de cólera, pegou a cimitarra caída ao seu lado e levantou-se, já atacando Daniell com toda sua fúria.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyQua Jun 03, 2009 2:39 pm

(Ei, moça Andreia, supõe-se que o Conde esteja desmaiado e não tenha ouvido minha conversa com "Laila", sim? E como estou fugindo, acho que não vou morrer agora. E prefiro a fogueira, por obséquio. Vou esperar minha noiva fazer a ação antes de postar. Ae, moça Vanessa, tá me devendo uma)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyQua Jun 03, 2009 7:27 pm

(off: Eu... Eu podia me livrar muito bem sozinha u.u~.... hehehe, brigada =D)

Ela sorriu quando ele se distraiu e garantiu que seu ataque fosse certeiro.

Infelizmente ela não conseguiu matá-lo com um só golpe, mas isso poderia ser resolvido com um pouco mais de batalha contra aquela criança mimada. Olhou-o levar a mão ao local do golpe e ao perceber que ele ainda vivia ela voltou a empunhalar sua adaga.

Aquela não era sua arma preferida para batalhas de curta distancia, mas sua beldevier estava um pouco longe para que ela conseguisse pegá-la e utilizá-la contra o garoto em furia. Escutou-o ameaçá-la novamente e riu.

- Pensei que tivesse se convertido ao Islã e não acreditasse mais em diabo, criança mimada. - Riu, e a risada poderia lembrá-lo um pouco da risada de Daniella quando era criança, é claro que continha bem mais odio e uma certa masculinidade nela. - Quem você irá encontrar após sua morte...? Deus, Diabo ou Alá?

Quando ele veiu lhe atacar, viu que ele ainda estava zonzo e que provavelmente seus golpes seriam incertos. Esquivou-se com certa facilidade graças ao garoto não estar em condições perfeitas e foi procurando se colocar atras dele, segurando a mão que ele segurava a cimitarra e passando a lamina por seu braço, procurando cortar seus tendões.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:58 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptySeg Jun 08, 2009 7:57 pm

(Off: Ei, moça Andreia, é minha vez? É que o Hassan ia ficar quieto e cavalgar até que algo de mais acontecesse... mas, se quiser, eu faço uma "ação" o.o)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptyDom Jun 14, 2009 10:15 pm

(Off: Sem problemas, moço Aloísio o.o já estou terminando o jogo aqui com a Vá e vou enviar mais uma ação para a Marys. Terminando com a Marys, abro um novo tópico. ^^)

Ação para Vanessa:

As palavras do cristão apenas alimentaram ainda mais a cólera do jovem Radu. Da mesma forma que Radu demonstrava habilidade no manejo da cimitarra, Daniella mostrava todo o seu reflexo, esquivando dos golpes da cimitarra que apenas cortavam secamente o ar. Então os risos da jovem. Aquele mesmo riso que voltava a assombrar as memórias deles, mesmo contorcido pelo ódio que ela estava a sentir.

Ele recordava em ter ouvido aquela risada há oito anos atrás. Naquela mesma tarde em que os Condes mantiveram a dialogar, os dois jovens acompanharam Daniella numa cavalgada em torno do castelo. Durante o passeio, Radu resolveu provocar Daniella, dizendo que uma mulher não era tão boa amazona como um homem era bom cavaleiro. Daniella sugeriu então uma corrida de cavalo até as margens do rio.

Os três posicionaram os cavalos. Sem esperar a contagem, Daniella partiu na frente deles, rindo por tê-los deixado para trás com ares surpresos, pouco antes de partirem a toda brida atrás dela. Durante toda a corrida ela estava ganhando vantagem, até que Vladislaus tinha conseguido emparelhar os cavalos e se lançado contra ela, de modo que os dois rolaram no chão enlameado.

O filho do Conde agora estava montado sobre a garota, com uma perna de cada lado. Mas nenhum deles reparou a posição lasciva ou como as pernas dela tinham ficado expostas com a bainha do vestido erguido. Apenas riram descontraídos, até perceberem que Radu havia cruzado a linha de chegada e vitorioso, fazia uma dança em volta de si zombando de ambos. Vlad e Daniella olharam um para o outro e então lançaram Radu na lama também.

Os três jovens se divertiram muito naquela tarde, até o momento de retornarem para o Castelo. O Conde Zaphir tinha se chocado ao ver o estado de sua filha. Daniella podia lembrar que aquele dia seu pai havia ficado muito zangado, embora o Conde Dracul tivesse dito que eram apenas crianças.

Agora tudo estava diferente. Vladislaus tinha acabado de retornar de um Inferno; Radu tinha se tornado inimigo deles e Daniella se fingia de homem para comandar milhares de outros homens.

Radu deu um grunhido feroz, sentindo uma dor lacerante em seu braço, que o despertou de seu devaneio. Daniella tinha agarrado o pulso da mão que segurava a cimitarra e tentado impossibilitar Radu atingindo os tendões. A cimitarra caiu no chão, retinindo, quando a mão de Radu se abriu em um espasmo. Ele se desequilibrou para trás, levando a mão na ferida aberta de seu braço. Os olhos de Radu fitaram diretamente nos olhos dela.

- Daniella...?
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptySeg Jun 15, 2009 12:16 pm

Lembranças de dias mais alegres. Uma coisa que ela pouco possuia. Desde a morte de sua mãe, seu pai passou a tratá-la como objeto, chegando ao ponto de que se permanecessem na mesma casa, a garota não conseguiria mais se casar por não mais ser uma mulher pura e casta. Desde então Daniella supostamente vivia na casa que herdou de sua falecida mãe. Seu pai somente a visitava para falar sobre tratados de casamento, coisa que ela recusava.

Não iria deixar-se ser dominada por um homem. Nunca.

As lembranças daquele dia que ela pode agir como criança estavam embaçadas pelo ódio que sentia. Por mais belas que fossem, eram passado, e a maior prova disso era que Vladislaus havia passado anos como prisioneiro de um sultão e de seu proprio irmão enquanto ela havia se tornado Daniell para poder sentir um pouco da liberdade que lhe era negada.

Ela o olhou, vitoriosa, quando conseguiu retirar sua cimitarra, a pegando como nova arma, já que não mais possuia a propria. Olhou-o nos olhos, esperando a resposta a sua pergunta antes de finalizá-lo, mas o que veio foi uma outra pergunta, que fez a jovem arregalar os olhos. Não imaginava que ele conseguiria reconhecê-la. Acreditava que havia se policiado tão bem que seria impossivel ser descoberta, no minimo por Daniella.

- O que você disse...?

O sorriso sumiu, e ficou somente o ódio. Saiu caminhando na direção dele, a cimitarra em mãos. Apertou o cabo da cimitarra.

- O que você acha que disse...? Quem você pensa que é para me chamar dessa forma?! É uma pena... Agora não posso mesmo deixá-lo sobreviver.

Ficou um tempo em silencio, escutando o grito de outros homens naquele meio, lutando, morrendo.

- Mas não é como se o campo de batalha fosse um lugar para piedade, não é mesmo...? Você mesmo já demonstrou isso muito bem. Mas eu vou honrar sua vitoria naquela corrida e vou lhe dar um ultimo pedido antes de matá-lo....

Já estava proxima o bastante para desferir um golpe que o degolaria.

Depois de tantos anos, o que ela mais queria era acabar com Daniella. Não ter mais que hesitar em matar... Quem sabe assim ela não poderia dar um fim a vida do proprio pai? Ela não conseguia identificar aquela hesitação e medo como algo proprio de todo ser humano, mas sim como a parte fraca que ela possuia dentro de si.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições   Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições - Página 4 EmptySeg Jun 15, 2009 9:33 pm

Ação para Marys:

A expressão que ela fazia quando se zangou fez com que Ari abri-se um sorriso franco e faceiro em seu rosto.

Ele foi atrás dela, emparelhando o cavalo com a da jovem odalisca. Então ergueu a cabeça e seus olhos se fixaram diretamente nos dela. Laila podia ver novamente aqueles mesmos olhos esmeraldas, vivos e intrigantes como as de um jaguar, a olharem como se através dela.

- Parecida com a sua mãe. – um sorriso fraco perpassou pelo canto de seus lábios. - Era o que eu ia dizer.

Havia uma emoção incontida na voz suave do daroga, que ele fracassou em tentar ocultar. Ele sabia que não havia dado um fim naquela conversa. A verdade é que o Ari não estava preparado para reviver o passado, da mesma forma que Laila demonstrava está preparada ou assim sua juventude iráscivel lhe dizia. Os jovens sempre eram mais preparados as novas situações do que os mais velhos. Preferia adiar o assunto que o atormentou a mais de quartoze anos, embora soubesse que não poderia adiá-lo mais do que dias. Era um grilhão muito mais pesado do que ele tinha visto os prisioneiros do Sultão carregarem envolta de seus pulsos e tornozelos.

Voltou a cavalgar normalmente e seguiu Hassan em sua pequena comitiva. Uma comitiva que partiria em paz aquela noite, deixando à calamidade para trás.
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