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 Segunda Manhã

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Conde Vladislaus Tepes
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Conde Vladislaus Tepes


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MensagemAssunto: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySeg Jun 15, 2009 10:17 pm

(Off: moço Aloisio já poderá postar aqui. Marys, se tiver concluído a Segunda Noite, também poderá postar sua próxima ação aqui ^^)
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyTer Jun 16, 2009 8:17 pm

A noite foi longa, e Hassan não pôde nem olhar para trás, pois precisava do clima mais ameno do deserto para seguir adiante. Assim que amanheceu, orientou Yago a encontrar um abrigo e, na encosta da montanha que antes parecia distante, uma caverna foi avistada. Hassan entrou e verificou se ela era segura, e constatou que nenhum animal fez do local sua toca recentemente. Sendo ela grande o bastante para os cavalos entrarem, Hassan colocou-os do lado de dentro, e pôs-se a alimentá-los e dar água a eles. Enquanto fazia isso, dirigiu-se a Ari e a Laila.

- A noite foi longa, e vocês devem estar exaustos. Deixem que eu fique acordado pelas próximas seis horas. Preciso vasculhar melhor essa região e me certificar de que não fomos seguidos. Ainda, tentarei cortar cactos para conseguir mais água. Os próximos dias não serão nada fáceis. Ari, se eu não voltar até você acordar, e se o sol já estiver em seu ápice, pegue um cavalo, todos os suprimentos que puder e fuja com Laila. Nossa fuga foi bem-sucedida, mas daqui para frente não podemos prever o que a sorte nos trará. Que Allah os proteja.

Hassan fez apenas um gesto de bênção e voltou a se concentrar nas "tarefas". Não seria necessária uma fogueira, pois o calor do deserto e a umidade da caverna os manteria aquecidos e confortáveis. O máximo que fez foi acomodar um pouco da palha trazida para alimentar os cavalos, para que Laila ali pudesse se deitar. Ao terminar tudo, saiu da caverna, com passos lentos. Seus ferimentos ainda latejavam, apesar de limpos, pois o processo de cicatrização havia apenas começado. Então, por alguns instantes, deixa-se prostrar à entrada da caverna, em posição de adoração, e começa a orar silenciosamente a Allah.
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySex Jun 19, 2009 10:39 am

A surpresa de Laila com as palavras de Ari não foi disfarçada. Sua boca abriu-se e ela tentou falar várias vezes, sem conseguir. Até que sua cabeça abaixou, e seus ombros tremerem levemente. Ela tinha pouquíssimas lembranças de sua vida com os pais, mas as mantinha o mais vivas possíveis.

Os olhos de sua mãe. Castanho-escuros, vivos,escondidos pela burca. Mas cheios de carinho. Até o momento de Laila ser entregue. A garota lembrava-se de não ver a mãe por toda a semana que antecedeu sua ida ao palácio. E nunca mais,depois de estar com o Sultão. Lembrava-se dos olhos do pai por um motivo simples: eram os mesmos que ela possuía. Os mesmo de...Ari.

A conclusão chegou como um soco no rosto de Laila, que empalideceu. Ficou muda durante todo o percurso, seguindo Hassan, mastão parada que mais parecia uma boneca. Isso só acabou quando Hassan indicou uma caverna, onde eles entraram.

Laila andou de um lado a outro até que Hassan aprontasse um canto para ela. A garota agradeceu num fio de voz, sentando-se e ouvindo cada detalhe do plano.

- Senhor Hassan, não demore muito. Também precisa descansar, passou tanto tempo desperto quanto nós.

Assim que Hassan saiu, Lailaolhou quase furiosa para Ari. Levantou-se e andou até o daroga, encarando-o:

- Como sabe que pareço-me com a minha mãe? Eu não há vejo há onze anos. Você conhecea minha família....ou faz parte dela. Eu quero a verdade!
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyDom Jun 21, 2009 6:29 pm

Ação para Vanessa:

Já se passava oito horas desde o término da batalha. Quem havia ferido o Sultão, era um mistério. O jovem rei cristão parecia bastante inquieto após o combate, e se recolheu mais cedo em sua tenda, apenas acompanhado do Barão. Ninguém mais tinha sido autorizado para comparecer em sua audiência.

Casimir foi encontrado inconsciente, e seus ferimentos foram tratados na própria tenda. Era certo que embora ferido, não corria riscos de vida. Casimir era um vaso muito ruim para se partir facilmente, ou assim Daniella poderia pensar.

Mas o recém encontro com Radu podia ainda atormentar a mente da comandante, de modo a fazê-la perder o sono. Radu já não mostrava resquícios do menino que havia sorrido para ela, desafiado-a só para passar o tédio daquela tarde e brincado junto a ela na lama. Era ainda o mesmo rapaz bonito, mas usava uma máscara de sorriso ignóbil e um olhar convencido, mesmo sob debaixo do poder dela.

E agora, naquela manhã após ter perdido completamente o sono, ela estava frente a frente com o irmão de Radu. Vlad não demonstrava tantas mudanças, mas Daniella poderia sempre sentir um arrepio quando na presença dele. Era como se ele tivesse sofrido mais mudanças que Radu, mas diferente do irmão, sabia vestir uma máscara mais real ao que era.

- Meu irmão lhe escreveu uma carta...

Ele disse, mostrando o envelope entre os dedos. Tinha entrado na tenda dela após sua autorização. Os médicos estavam pasmos como a febre tinha desaparecido, a mão livre da infecção, e acima de tudo, estava de pé. Cogitavam se o filho do Dragão não havia feito um pacto proibido. Talvez eram meras especulações, uma vez que cogitavam a mesma coisa com cada vitória de Daniella.

Após entregar a carta, ele aconchegou-se na cadeira, o olhar sobre ela.

- Disse que o exército dele recebeu baixa. Ele pede por seu retorno a Romênia.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyDom Jun 21, 2009 8:27 pm

Ação para Aloisio e Marys:

Ari sabia o quanto Hassan estava ferido. Ele havia testemunhado as chibatadas que o sufi tinha recebido, como se ele fosse qualquer outro prisioneiro cristão. Não era um tolo em não pensar que os ferimentos ainda estavam frescos e que não houve tratamento adequado, pelo pouco tempo em que estiveram nos territórios cristãos. Laila então disse o que estava na ponta da língua de Ari.

- Laila está certa. Está tão cansado quanto todos nós estamos e suas feridas ainda estão cruas. Eu posso substituí-lo quando não suportar a fadiga. Não abuse de seus esforços, meu bem-aventurado amigo.

Assim que o jovem Hassan tinha os deixado, Ari deparou-se com olhos quase furiosos de uma menina-mulher. Porém, não se surpreendeu. Ele esperava por aquela pergunta, por uma criança exigente por respostas.

- Eu conheci sua mãe, Laila. Era bonita e jovem como você é hoje. E tinha essa mesma fibra que demonstra possuir.

Um sorriso fraco se formou nos lábios do daroga.

- A primeira vez que a vi foi numa feira popular. Ela vendia tecidos. O sultão quis presentear uma de suas concubinas com um novo véu vermelho. Então, um dos tecidos desapareceu e ela teimou que eu tinha roubado. Quando ela descobriu que eu era o daroga, pensou que eu a mandaria diretamente para a prisão. Tornamos grandes amigos.

O sorriso dele desapareceu e ele baixou os olhos por instantes.

- Sua mãe sofreu muito com a perda de sua irmã. Mas, quando você nasceu, Laila, toda a vida voltou a iluminar no rosto dela novamente. Você amenizou a dor que ela estava a sentir e eu pude ver o sorriso dela mais uma vez. Mas o Sultão se encantou com as esmeraldas embutidas em seus olhos e ele desejou tê-la.

Ari pausou, dando um forte suspiro. Quando continuou, tinha os olhos embargados.

- Aquilo me terrificou. Mas eu não tive escolhas. Eu arranquei você dos braços dela. Sua mãe faleceu pouco tempo depois. Ainda sinto a dor pelo que fiz.

Uma lágrima desceu pelo rosto do daroga.

- Sou seu pai, Laila.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyDom Jun 21, 2009 10:15 pm

Hassan havia ouvido as respostas de Ari e Laila, mas era obstinado demais para voltar atrás no que tinha de fazer. Após passar um bom tempo em contemplação silenciosa, orando a Allah, o sufi já sentia suas forças se restabelecerem. Ele levantou-se, fechando os olhos e contraindo o rosto ao sentir a dor da chibata latejando em seu corpo. Estava feliz, pois seu ferimento evitou que o jovem cristão se ferisse. Hassan, então, começou a caminhar, procurando contornar aquele vale e subir a colina, para poder avistar melhor a distância. Quando conseguiu chegar em um ponto estrategicamente favorável para tal, agachou-se, bebeu um gole de água e pôs-se a observar o horizonte, utilizando de sua visão de águia e de sua tenacidade para tentar avistar alguma ameaça. Por um bom tempo esteve ali, observando...
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySeg Jun 22, 2009 4:27 pm

Laila ainda manteve-se de pé quando Ari começou a relatar o que sabia. Que ele conhecia a mãe da garota. Por um momento, ela sorriu com a descrição da força e da beleza que a mãe possuía...

Até que o Daroga contou a verdade. Lentamente, Laila lembrava-se daquele último dia com a mãe. De como a mulher ficou praticamente agarrada com a menina todo o tempo, e dos gritos por piedade, pela chance de ficar com a filha. Laila lembrou-se do próprio choro, dos braços estendidos, dos gritos, sempre chamando a mãe.

E dos dias seguintes. De como fugia sempre das Amas, de como, toda vez, arrumava um lugar para ficar escondida, pequenina em seus 3 anos, chorando e chamando a mãe e o pai.

Ironicamente, um dos seus pedidos de criança estava realizado. Seu pai estava ali, bem à sua frente. E Laila o odiava. Ela avançou. Bateu nele, tentou dar socos. Deu tapas e mais tapas no rosto de Ari, xingando-o com todas as palavras de baixo calão do mundo árabe que ela conhecia. Não conseguiu suportar e, finalmente, depois de muito tempo, as lágrimas desceram furiosas.

A jovem odalisca colocou ambas as mãos na cabeça, e o choro transformou-se em gritos, gritos altos, cheios de raiva e de agonia, transtorno. Laila sentia que não ia aguentare, quando seus joelhos tombaram sobre a pequena cama improvisada que Hassan havia preparado para ela, as paredes da caverna, o rosto de Ari e os relinchos dos cavalos misturaram-se num único turbilhão, fazendo-a cair na inconsciência.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySeg Jun 22, 2009 7:27 pm

Daniella havia se retirado para os proprios aposentos, procurando cuidar de seus proprios ferimentos. Por mais que pedissem, Daniell recusava qualquer um que tentasse cuidar de qualquer um de seus ferimentos. Preferia fazê-lo sozinho.

Radu lhe era um problema, mas como pensava, acreditava que aquela atitude arrogante do garoto não o permitiria falar a outros que o grande comandante que vinha lhes destruindo e conquistando suas terras era uma mulher.

Olhou para Vlad apos permitir sua entrada em sua tenta. Estava com o curativo no rosto, no local onde o corte havia sido feito, e mais alguns curativos na perta e braços, onde havia recebidos vários golpes. Agradecia por nenhum deles ser sérios o bastante, e mais ainda ao ferreiro que havia lhe feito a armadura.

Escutou sua voz e lembrou-se da risada que compartilharam com Radu quando eram crianças. Os três pareciam estar atormentados, cada um por seus motivos. Provavelmente nunca mais iriam rir daquela maneira inocente.

Estendeu a mão, recebendo a carta do irmão de Vlad para que pudesse lê-la. Respirou fundo quando escutou qual era o pedido do irmão do homem a sua frente. Concordou com a cabeça.

- Imagino que após essa batalha, não seja mais seguro que fiquemos aqui, mesmo obtendo a vitória. Não pretendo brincar com a sorte.

Procurou ler seu conteudo por completo antes de dizer suas novas ordens. Estava cansada, mas como não conseguiria adormecer. Talvez devesse procurar o jovem principe para ver como estava, afinal ficou na mão dos inimigos por um bom tempo.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyQui Jun 25, 2009 10:32 am

(Off: Moço Aloísio, por enquanto, nenhum movimento estranho Hassan verá. Há menos, que tenha algo em mente, aí deixo por sua conta narrar. Dependendo da distância, Hassan poderá escutar os ecos dos gritos de Laila. Deixo por sua conta ^^)

Ação para Marys:

Aquele dia ainda era vivo na memória de ambos. Ari tinha invadido a casa da mãe de Laila com uma trupe de soldados. A mulher tinha se agarrado à filha, implorado para que Ari não permitisse isso, mesmo sabendo que nada o que diria mudaria aquela situação. Ari sabia que não presentear o Sultão com a sua filha, era o mesmo que desafiá-lo.

Os olhos verdes do daroga se cruzaram aos da criança que também possuía aquelas duas jóias embutidas nos olhos, que sempre estariam ali para denunciar seu sangue. E era esta a imagem dos olhos do pai que Laila havia guardado em sua memória por todos os anos.

Os soldados tinham se posicionado ao redor do quarto, mas foi Ari quem decidiu retirar a criança dos braços da mãe. Ela implorou, dizendo que não suportaria a perda de mais uma filha, mas caiu em orelhas surdas. A criança agarrava-se com toda a força em sua mãe, as juntas dos miúdos dedos já esbranquiçadas.

Era certo que a menina estava agitada, mas ao ser tocada pelo pai, ela virou o rosto roliço a ele. Ari sentia todo o ar deixar seus pulmões, ao contemplar o rosto avermelhado e manchado da criança por tanto chorar. Por um momento, ela se acalmou, reconhecendo que era o homem que vinha sempre brincar com ela e beijar os lábios de sua mãe sempre que se encontravam. Um homem que, muito embora Laila não conhecesse a palavra confiança, já o sentia na presença dele.

A criança se acalmou o suficiente para que ele pudesse arrebatá-la dos braços da mãe.

Pai e filha também haviam se separado. Não era permissível a nenhum homem o privilégio de adentrar no harém, exceto os eunucos, homens que tiveram seus órgãos removidos a uma idade tenra. Constantemente Ari pagava em jóias, perfumes e ouro, para os eunucos, em troca de informações confidenciais do harém. O daroga era muito bem informado de cada passo de sua filha, e não tinham passado despercebido aos seus ouvidos as trocas de olhares proibidos entre ela e o Conde, e sua pretensiosa fuga.

Ela avançou contra ele e o daroga nada fez para detê-la. Nem mesmo quando ela o atingiu no rosto. No íntimo, ele sabia que merecia muito mais do que aquilo. Mas Ari sabia que se não contasse naquele instante, Laila se colocaria mais arisca. Deixava, então, que ela extravasasse todo o ódio naquele instante, embora a dor que ele estava a sentir por dentro, era muito superior ao que as mãos de Laila podiam ocasionar.

Quando ela se afastou, as lágrimas desciam com maior fluxo nos olhos de Ari. O assombrou quando ela passou a gritar e desejou ao mesmo tempo consolá-la, mas Ari sabia que ela negaria qualquer assistência vinda dele.

- Laila... – ele a chamou, com um fio de voz.

Neste instante, Laila perdeu a consciência. Ari correu para acudi-la, ajoelhando-se próximo ao seu corpo e segurando-a em seus braços.

- Laila! – ele a chamou, desta vez, mais urgente. - Acorde, criança. Não faça isso comigo.

Os dedos dele tocaram no rosto dela, tentando despertá-la.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyQui Jun 25, 2009 11:16 am

Ação para Vanessa:

Vlad deu um rápido sorriso frio em resposta, mas nada mais. Ele fechou os olhos e soltou um suspiro que soou doloroso aos ouvidos de Daniella. O Conde esperou que ela terminasse de ler o conteúdo da carta.

Embora parecesse que a carta tinha sido escrito as pressas, ela podia identificar a letra de Mircea. O filho mais velho de Dracul, muitas vezes escrevera algumas cartas a ela, de cunho implicitamente romântico.

Mas aquela carta era muito diferente das demais. Pedia que Daniell e seu exército de cristãos retornassem a Romênia, e com urgência. O atual Príncipe Regente, Vladislav, não estava dando a assistência necessária para as defesas da Romênia. Embora Mircea tivesse conquistado muitas vitórias contra a invasão islã, e até mesmo ter criado uma arma poderosa que fora batizada de canhão, capaz de um grande poder de destruição, ainda, sem os recursos do Império, o exército estava declinando.

Vladislav, da casa dos Danesti, tinha se mostrado ser um péssimo Regente. O homem era um ignóbil. Desfilava com jóias e mulheres, desdenhava da pobreza e miséria que o povo romeno estava submetido e, para seus momentos de diversão, escolhia a dedo algum aldeão infortunado para chicoteá-lo ao bel prazer. Pensavam que Vladislav no poder, seria mais auspicioso que o reinado de Dracul, que tinha se mergulhado em uma guerra insana contra o Sultão. Mas Vladislav só tinha submetido seu povo à submersão de um reinado de hipocrisia e serventia.

A família de Vlad ainda lutava contra o poder do Sultão, assim como Daniella, mas cada dia se colocava mais difícil, uma vez que Vladislav não tomava partido algum desta guerra. Ao contrário, ele pagava ao Sultão uma quantia mensal, para se ver livre de ter que sujar as próprias mãos.

Daniella podia escutar a risada suave do Conde e quando olhou para ele, viu que seus olhos brilhavam com diversão para ela.

- Está com uma aparência horrível, Daniell.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyQui Jun 25, 2009 1:20 pm

Daniella apenas continuou sua leitura, vendo a provavel velocidade que o homem havia escrito e o seu real pedido para que viesse ajudá-lo, tendo em vista que o homem não havia feito nenhuma piadinha amorosa no decorrer da carta.

Aquele regente parecia não ter juizo algum na cabeça. Deveriam se rebelar contra ele e retirá-lo do trono o quanto antes, porem com tantas batalhas que teriam de enfrentar, não possuiam exercito para fazê-lo no momento. Talvez se conseguissem algum apoio de outros reinos... Mas isso era igualmente perigoso. Depender da ajuda externa poderia dar espaço a monarquia de outro país e não era isso que eles queriam também.

Ela levantou seu olhar vermelho ao Conde quando ele riu e arqueou a sobrancelha quando viu o divertimento nos olhos daquele homem. Dobrou novamente a carta, se levantando. Daniell era provavelmente o homem mais baixo daque exercito, apesar de ser uma mulher de altura mediana.
- Era de se esperar que eu estivesse com uma aparencia horrivel, Conde Vladislaus. Afinal, acabamos de vencer uma batalha contra cinco mil homens. Se eu estivesse impecavel é que seria um espanto não?

Riu-se, depois caminhou e guardou a carta junto com tantas outras que havia recebido de Mircea. Respirou fundo, arrumando sua farda e soltando seus cabelos, para então voltar a prendê-los. Os fios mais curtos de seus cabelos loiros caindo sobre o seu rosto.

- Vamos retornar. - Falou, voltando a olhar Vlad nos olhos. - É hora de defendermos nossas terras.

(off: 100º post \o/)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyQui Jun 25, 2009 8:01 pm

(ok moxa o.o) Hassan já estava observando a estrada há algum tempo, mas nenhum sinal de movimento pôde ser avistado. O suor escorria de sua testa, enquanto ele respirava forte. Estava cansado, ferido e com muito sono, mas deveria monitorar a estrada durante mais meia hora, fazer uma ronda pelas redondezas e, só depois, retornar à caverna. Durante um momento, teve a impressão de ouvir alguma coisa ao longe, vindo de baixo. Um eco estridente. Olhou, mas não viu nada, e concluiu que deveria ser alguma ave de rapina voando baixo. Na verdade, a ausência de movimento nas estradas o intrigava. Deveria haver algum cristão fugindo. Mas, até agora, nada. Isso só seria possível se o banho de sangue tivesse sido completo, a ponto de nenhum cristão ter conseguido fugir ou se... se os cristãos tivessem conseguido repelir a ameaça muçulmana. Não... isso era extremamente improvável. Mas explicaria o porquê de nenhum movimento de evasão até agora. E se o líder islâmico tiver sido morto? E se Mehmet tiver morrido? Então, teoricamente seu esforço terá sido em vão. Afastando todos esses pensamentos, talvez Mehmet tenha apenas sido ferido. Os muçulmanos prezam muito pela saúde de seu líder e, se ele estiver ferido, não continuam a batalhar, se a contenda ameaçar a sua vida. Resignado, o sufi assobiou a Yago. A ave entendeu e apareceu à sua vista. Com um movimento circular com seu braço, Hassan orientou o falcão a circundar uma extensa área, procurando qualquer alvo que se movesse no solo. Saindo de sua posição, Hassan começou sua cansativa ronda para garantir a segurança do daroga e da criança. E nesse momento, começou a se preocupar novamente com eles.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySex Jun 26, 2009 1:06 pm

Ação para Vanessa:

- Era de se esperar que estivesse morto.
– o Conde a corrigiu. – Radu não é muito popular em deixar um inimigo apto a falar, andar e respirar depois de uma batalha.

Vlad a observou por um instante, consciente dos efeitos que suas palavras causariam nela. Era como se o Conde estivesse a testando. Enquanto ela ajeitava seus pertences, ele retirou o bracelete de Laila dentro de seu capote e com o polegar, passou a massagear o metal. Havia despertado pela madrugada, após um pesadelo. Pesadelos estes que já vinham o atormentando há anos.

Era sempre a mesma cena: um lugar escuro apenas iluminado por chamas, homens mortos espalhados ao que parecia ser um campo de batalha. Então, uma mulher. Uma mulher de corpo sensual, vestida em véu vermelho, mas que ele não conseguia visualizar seu rosto, desfigurado pelas sombras e pela luz dançante das chamas. O pesadelo só tinha fim, quando ela enfiava um punhal nas entranhas de Vlad.

Ele olhou para o bracelete. A menina tinha lhe trazido certo conforto, mas não podia admitir que estivesse caindo apaixonado por ela.

Somente quando Daniella disse que retornariam para a Romênia, é que Vlad despertou de seus devaneios. Ele esperava retornar para casa o mais breve possível, depois de seis anos, mas dizer aquilo em bom e alto tom, tinha o feito sentir um arrepio. As coisas estavam muito diferentes em sua casa e não estava certo como seria agora recebido.

Os olhos dele mais uma vez se encontraram aos de Daniella. Não sabia dizer bem o porquê, mas sentia-se em companhia segura na presença de Daniell, como se já se conhecessem. Mas Vlad tinha a certeza que nunca tiveram se visto antes de ser resgatado.

- Retornaremos, mas não para defender as terras romenas.

O Conde debruçou-se sobre a mesa e Daniella poderia contemplar mais uma vez o olhar ardil. E ela sabia, para seu grande desgosto, que ele colocaria o pescoço dela aprova, mais uma vez.

- Nós vamos atacá-las. Tirar Vladislav do poder.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySex Jun 26, 2009 2:21 pm

Daniella sorriu com o que ele disse, abrindo um sorriso sarcastico e lançando um olhar rápido para o Conde quando ele disse que deveria estar morto.

- É uma pena que seu irmão provavelmente não vai conseguir mais empunhar uma cimitarra por um bom tempo, a não ser que ele seja ambidestro.

Voltou a arrumar suas coisas e não percebeu o olhar perdido do Conde para com um bracelete ou em como sua mente divagava. Quando voltou a olhá-lo, notou que ele pareceu mudar sua expressão e então caminhou até se apoiar em sua mesa.

Quando ele disse aquilo ela começou a rir. Primeiro baixo mas logo seu volume foi aumentando e ela começou a caminhar por sua tenda, levando a mão ao rosto. Sentou-se em sua poltrona, fitando-o. O riso ainda saindo por seus lábios.

- Claro que vamos... Com que exercito? És louco? Mal saiu de um calabouço e já queres entrar noutro?

Ria levemente, depois balançou a cabeça negativamente.

- E quem viraria o proximo rei? Você? Ahahahaha, obviamente que não.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jun 26, 2009 7:56 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySex Jun 26, 2009 5:41 pm

Com a revelação de Ari, as lembranças daquele dia voltaram com toda a força para a mente da garota. Ela agarrava as roupas da mãe com tanta força que seus dedinhos chegaram a doer. Quando viu Ari, porém, não achou que fosse algo tão ruim. O colo do pai a fez sonolenta, e a menina de 3 anos só acordou quando já estava no Harém do Sultão.

Passou dias perguntanto pela mãe, onde estava, onde estava o pai, por que estava ali. Só recebeu olhares ásperos de alguns e a verdade crua de outros: nunca mais veria a mãe.

Sempre foi treinada para ser a Favorita, a mais sensual, a melhor na dança, a esposa perfeita. Tudo numa tênue linha entre a tradição do mundo árabe e a rebeldia estampada no desejo de liberdade que Lailasempre possuiu.

As imagens dos anos no Harém passavam pela cabeça da garota desfalecida, e seus olhos tremulavam levemente, como se tivesse um pesadelo. Ari ouviu um choramingo vindo dela, que despertou pouco tempo depois. De início, viu o rosto mais jovem do pai. Lentamente, a imagem passou para a realidade, e Laila saiu dos braços de Ari rapidamente. Sentia ainda mais nojo do Daroga que de Mehmet. Ela encolheu-se sentada na cama, abraçando os joelhos com um dos braços e recostando o queixo com força nas pernas, secando as lágrimas:

- Não toque em mim. Eu não sou sua filha, você é um monstro. Você matou a minha mãe. Eu estou bem.

Não olhava para Ari, apenas para baixo, repetindo a si mesma em sussurros que estava bem, que podia superar isso. Ari só percebeu que ela havia adormecido em suaslágrimas quando as palavras baixas nãoforam mais ouvidas.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySex Jun 26, 2009 9:09 pm

Ação para Aloísio:

Quinze minutos após Yago vasculhar uma extensa região, ele demonstra ter encontrado algo. Um pequeno número de homens cristãos vasculhavam a área onde o exército tinha sido emboscado por Said e sua tropa. Não era muito próximo de onde eles estavam, mas no alto da colina, Hassan podia vislumbrar pontinhos brancos movendo-se sobre a areia escaldante. Alguns, já montavam em seus cavalos, davam a meia volta e partiam de encontro à cidade que ainda estava debaixo do poder de Daniell. Hassan podia contemplar a nuvem de areia que subia, assim que os cavalos batiam seus cascos contra o tapete de areia do deserto.

Pela posição do Sol, Hassan sabia que já se encontrava no fim de sua vigia. Pelo que ele tinha observado, deixava claro que o exército de cristão ainda permanecia.

Desta forma, Hassan podia temer que algo tivesse sucedido contra o Sultão. Se Mehmet tombasse, as coisas se complicariam para os três. Era de conhecimento que o Sultão possuía um jovem filho e que este levaria o trono, acaso sucedesse algo ao pai. Said era alguém que já cobiçava este trono, mas ele havia tido o destino selado nas mãos de Ari. E as palavras de Ari a Said, naquela noite, podiam voltar à tona na mente do sábio sufi. Ari havia dito que Mehmet tinha o traído, de alguma forma que era ainda desconhecida a Hassan.

Havia uma história mais trançada do que aparentava. Ari sempre tinha se mostrado bastante calmo e sensato. Mesmo sendo o daroga, a morte de um homem nas mãos dele era sempre em últimas circunstâncias.

E era uma questão de tempo, da poeira baixar, para que muçulmanos e cristãos procurassem por eles.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySex Jun 26, 2009 9:40 pm

Ação para Vanessa:

Um misto de emoções revelou-se rapidamente no rosto do nobre, minutos antes deste vestir uma máscara de frieza e indiferença. Daniella podia agora compreender que sua provocação tinha caído como ácido no estômago do Conde e que ele estava tentando digerir. Afinal, embora Radu não prestasse, ainda eram irmãos. Era normal se o Conde possuísse, mesmo que um resquício, um senso protetor sobre Radu.

- Espero que esteja certo.

Ele fitou com fingido interesse no copo a sua frente, como uma desculpa qualquer para disfarçar as emoções que tinha sentido. Com a risada dela, um sorriso se formou nos cantos de seus lábios e só se pôs ainda maior quando ela intensificou suas risadas.

- E por que não? Estaria reivindicando o que é meu.

Ele guardou o bracelete no interior do capote e se levantou da cadeira, caminhando pela tenda. O Sol iluminava parcialmente o rosto aristocrático, mas ele parecia ser um homem que combinava mais com as sombras.

- De qualquer forma, eu serei jogado em um calabouço assim que eu puser meus pés na Romênia. Vladislav me verá como uma ameaça ao seu poder. Certamente irá me caçar e ter a certeza que o carrasco jogue as chaves de minha cela fora. Ou, me enviará de volta ao Sultão.


Vlad parou a frente dela e seus olhos fincaram nos olhos rubros. Pela primeira vez, ela podia aperceber o quanto o olhar dele era hipnotizador, como uma python que enfeitiça a presa antes de dá o bote fatal. O Conde acercou-se dela, colocando as mãos sobre os braços da poltrona de Daniella, e aproximando perigosamente os rostos, estreitou os olhos.

- A Romênia é minha. O castelo que ele vive é meu. O trono que aquela bunda gorda está sentado agora, pertence a mim. Eu sou o legítimo Príncipe da Romênia.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySáb Jun 27, 2009 12:31 pm

Ação para Marys:

Ari fechou os olhos, quando Laila saiu de seus braços. O daroga esperava por aquela reação, ainda mais em ouvir palavras nada doces, mas não esperava o quanto lhe feriria ao Laila dizer que não era a sua filha.

- Não, não é. Eu não tenho este direito.


O daroga demonstrava tranqüilidade em seu falar manso, embora o nervosismo tomasse conta de seu interior e seu olhar revelasse uma infinita tristeza.

- Só não faça acusações de coisas que você não sabe. Sua mãe foi muito especial para mim, e ainda a amo. Jamais causaria um mal a ela ou a você.

Quando a jovem adormeceu, Ari cobriu o rosto com as próprias mãos. As palavras de Laila haviam lhe causado uma dor indescritível. Não esperava que Laila ficasse feliz com as revelações, e nem estava em seus planos revelar a ela toda a verdade. Mas ao ser tão calorosamente questionado e vendo a desconfiança no olhar da Favorita, o coração de Ari havia se enchido de esperança.

Agora, seu coração estava cheio de dor.

O daroga aproveitou que ela estava adormecida para escovar suavemente os lábios em um beijo na testa. Era um ato que ele só lembrava de tê-lo feito quando Laila ainda era muito criança, apenas uma menina frágil, como ela aparentava agora.

- Você gostava de me ouvi contar estórias para você antes de dormir. Lamento que, desta vez, esta história não possua um final feliz.


Com as pontas dos dedos, afastou gentilmente as lágrimas do rosto de Laila.

- Perdoe-me, Laila.

Depois, se levantou, suspirando profundamente. Ari tinha a certeza que havia perdido a sua filha para sempre.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySáb Jun 27, 2009 1:28 pm

Ela não deixou passar despercebido aquelas emoções que passaram pelo rosto do homem a sua frente. E ai ela via uma grande fraquesa. Provavelmente o Conde não tivesse coragem de realmente lutar contra o irmão.

Olhou-o sorrir quando ela ria e zombava do que ele queria. Escutou-o começar a falar e reivindicar um trono que até pouco tempo nunca estaria nem perto de seus pensamentos.Olhou-o caminhar por sua tenda e arqueou a sobrancelha, mantendo o sorriso nos lábios chamativos.

Quando ele se aproximou, mesmo com aquele olhar, ela não deixou de demonstrar seu sorriso provocativo. Por mais hipnotizante que fosse, Daniella não daria o braço a torcer por tão pouco.

- Então me diga, Conde. Com que exercito você pretende invadir seu reino e reconquistá-lo? Ora. Não pense que aceitarei me rebelar contra um reinado com apenas mil e poucos homens. Eu tenho sorte, Conde Vladislaus, mas não sou insano.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySáb Jun 27, 2009 5:03 pm

Ação para Vanessa:

Um sorriso misterioso se manifestou nos lábios de Vlad, o tempo todo, não fraquejando com as observações de Daniella e nem com seu sorriso provocativo. O sorriso de Daniella podia encabular um rapaz inocente como Ezequiel, ou um de seus subordinados melindrosos, mas não um homem experiente e sagaz como era o aristocrata a sua frente. Vlad era o tipo de homem que Daniella detestava. O tipo dominador.

Ele ainda se mantinha inclinado na direção dela, as mãos postas sobre os braços da poltrona em que ela estava sentada. O anel do dragão refletia fortemente com a luz do Sol batendo diretamente sobre o emblema.

Quando ela indagou com que exército ele pretendia invadir o reino, o sorriso se alargou. O rosto se aproximou ainda mais de Daniell, no intento de lhe segredar e Vlad sabia que ela acharia que ele tinha perdido o juízo.

- Você, eu e meia dúzia de homens. Sua sorte. Nada mais.
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySáb Jun 27, 2009 10:35 pm

Hassan ficou subitamente atônito, apesar de saber que era possível que aquilo acontecesse. Chamou Yago de volta e deu-lhe de comer, enquanto descia cuidadosamente a encosta. Depois, liberou-o para voar e descansar em algum lugar próximo, pois deveria fugir com os dois o mais rápido possível. E o único lugar para onde poderia ir era para a Romênia. Porém, lá era domínio cristão. Seu disfarce de cavaleiro refugiado poderia servir, ao menos por algum tempo, mas teria que encontrar uma boa explicação para o daroga e para Laila, e também bolar um plano eficiente capaz de tirá-los dali sem alarde. Hassan precisava chegar a Meca.

Após descer a encosta, lembrou-se de correr, voltando rapidamente para a caverna. Precisava conversar com Ari sobre seus motivos para ter matado Said e, também, descobrir por que Mehmet o traiu. Mas agora, o que ele mais precisava era fugir. Ao entrar na caverna, ele foi enfático. Não fez muito alarde, e começou a desamarrar os cavalos.

- Ari, acorde Laila. Precisamos fugir imediatamente. Ao que parece, Mehmet não conseguiu tomar a cidade. Cristãos ainda estão vagando por estas terras e, se não nos apressarmos, logo seremos novamente prisioneiros. E quando chegarmos à fronteira com as terras romenas, lembre-se que sou Jean Devereaux, cavaleiro francês de Marselha e que vocês são meus prisioneiros. Só assim conseguiremos abrigo em um mosteiro.

Hassan vestiu seu uniforme de "cavaleiro" e posicionou a cimitarra na cintura. Se tudo o mais falhasse e eles fossem capturados, ele inventaria uma desculpa para ter fugido com os prisioneiros, alegando que estava sendo perseguido por árabes. Dessa forma, seus planos seriam frustrados, mas eles ainda estariam vivos, e Hassan poderia pensar em outro plano. O certo é que ele nunca desistiria. Ao montar em seu cavalo, verificou se Ari e Laila já estavam prontos para partir e esporeou o cavalo para fora da caverna tão logo percebesse que estavam prontos.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySeg Jun 29, 2009 2:19 pm

Daniella ficou a observar o homem a sua frente. Sabia que ele não a temeria, sabia muito bem que o homem parecia não temer o perigo, ou não teria ficado tanto tempo nas mãos de um sultão. Poderia ter pedido para ficar do lado dele, como fez o irmão mais novo, Radu, e era por isso que ela procurava ter cautela perto daquele homem detestavel.

Ela ficou a esperar sua resposta e quando ela veio, o rosto da garota ficou cheio de descrença e ironia.

- Ahahaha, claro que não. Desista, Conde Vladislaus.

Arqueou a sobrancelha, cruzando os braços. O homem só poderia ser um louco em acreditar que ele faria tudo aquilo, arriscando o proprio pescoço, para que no final não ganhasse nada.

- Procure outro. Talvez Casimir te ajude, se você prometer um bom lugar no trono, sem bem que ele pode te matar no momento que Vladislav cair para ele proprio subir ao trono. - Zombou.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:30 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySeg Jun 29, 2009 8:02 pm

Ação para Aloísio e Marys:

Quando Hassan retornou para a caverna, tinha encontrado Ari na entrada. O daroga parecia não ter pregado os olhos durante as seis horas, mas não aparentava está fatigado. Ao ver o jovem sufi, Ari se mostrou bastante alerta. Imaginava que Hassan adentraria na caverna para repousar, como o combinado, e se surpreendeu com a urgência oculta na voz do jovem.

- Mehmet recuou seu exército?

Isso significava que algo sério tinha acontecido. Uma trégua só seria possível se o Conde fosse devolvido ou, em respeito ao jovem rei cristão, entrado em alguma concordância temporária. Ari fechou os olhos. Certamente nenhuma das alternativas anteriores era provável. A principal moeda de troca não estava mais no poder de cristãos e muçulmanos: Laila. O suposto seqüestro de Laila tinha atingido o orgulho do soberano. Mas Ari tinha a sensação que, mesmo se Laila fosse devolvida, a honra do soberano não seria remendada. Haveria sangue da mesma forma.

Radu tinha visto Hassan. Não somente isto, mas Radu, o Bonito, sabia que foi Hassan quem o impediu de matar friamente o comandante cristão. Radu daria a língua nos dentes, era absoluta certeza. E se Radu tivesse visto Laila, o Sultão saberia que sua jóia não seria devolvida.

O que tinha feito o soberano recuar, entretanto, era um mistério a Ari. Os cristãos possuíam excelente tática e sabiam batalhar de forma bastante organizada. Mas o número de árabes excedia naquela noite, mesmo com os exércitos de Casimir e os reforços do Rei. Além disso, aquela cidade tinha sido uma armadilha para Daniell, e agora era um prêmio valoroso.

Hassan via que Ari estava mergulhado em pensamentos e ficou ainda mais visível quando, permaneceu imóvel, demorando a atender ao pedido de despertar Laila. Quando Ari o olhou novamente, estava lívido. Algo havia se passado na mente do daroga, mas ele não parecia disposto a falar tais pensamentos em voz alta a Hassan. Entretanto, apenas disse:

- Antes de partirmos, tenho algo a lhe propor.

O daroga adentrou na caverna e se agachou em frente a jovem. Sua mão tocou o ombro dela, e Ari nunca se imaginou tão apreensivo ao realizar aquele simples gesto.

- Laila. É hora de partir.
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptySeg Jun 29, 2009 8:32 pm

Ação para Vanessa:

Com a negativa de Daniella, o sorriso desapareceu de seu semblante aristocrático, e parecia haver um aborrecimento no olhar do Conde, embora Daniella não estivesse certa se era real ou apenas dissimulação. Vlad soltou os braços da poltrona e o corpo voltou a ficar ereto.

- Sim, Casimir é bem capaz disto.

O romeno deu as costas e foi se afastando de Daniella. Bem que Casimir havia o alertado que o comandante era alguém insubordinado. Mas como o tático que era, tentaria contornar aquela mente sublevar. O Conde uniu as mãos atrás das costas.

- Então, tudo que você me pede é que eu desista da Romênia. Deixar que Vladislav continue a oprimir o povo romeno.

Ele sentou-se na outra poltrona e puxou o capote para frente do corpo. Os cotovelos se apoiaram nos braços da poltrona e as pontas dos dedos se uniram a frente da face, formando um triângulo.

- Você sabe o que acontecerá a você e a seus homens quando retornar para a Romênia. Irá combater inimigos que não são os mesmos de Vladislav. Seu exército não terá apoio, assim como está acontecendo a Mircea. Então você enfraquecerá e é o que Vladislav deseja. Quanto mais fraco um homem, menores as chances de este provocar uma rebelião e maiores as de sujeição. Você não oferecerá perigo se isso suceder.

As sobrancelhas se arquearam e o Conde adotou uma postura mordaz.

- Ou, talvez, você prefira meu irmão Radu no poder. Da maneira que Radu é bastante... persuasivo, não será difícil Radu chegar ao trono. Assim, a Romênia terá um governante romeno, mas totalmente submisso ao islã.

Um sorriso burlesco desabrochou nos lábios.

- E meu irmão deve adorar tanto você, Daniell...
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MensagemAssunto: Re: Segunda Manhã   Segunda Manhã EmptyQua Jul 01, 2009 11:31 am

Laila adormeceu por horas. Agora ela tinha sonhos e pesadelos, mostrando seu passado,e de como tudo seria diferente se Ari não tivesse cedido à pressão de Mehmet. Por mais que ele fosse o Sultão, também é feito de carne e osso. Um simples ser humano. Seria tão simples...

A menina tinha raiva. Tinha nojo, e desejava de forma inútilo que sua mãe fosse viva; ao menos poderia fugir para os braços que não sentia há 11 anos. Seu corpo encolheu-se levemente, abraçando-se como se quisesse espantar as imagens ruins e o lado mais perverso de sua recém-descoberta origem.

Com o barulho que Hassan e o Sufi faziam, Laila rumou lentamentepara o despertar. Já estava praticamente desperta quando sentiu um toque em seu ombro. Ao ouvir a voz de Ari,a garota levantou-e quase que num salto, afastando-se do atigo subordinado de Mehmet. OUviu as últimas palavras de Hassan e pegou a única coisa que realmente era sua: o manto. Colocou-o nos ombros,indo em direção a um dos cavalos, secando os olhos, de costas para os dois homens.

Para Hassan, era evidente que alguma coisa acontecera na ausência dele. Mas Nem Laila, nem Ari pareciam dispostos a falar.
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