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 Primeira Manhã - O Combate

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Hassan Kabuk Saladino

Hassan Kabuk Saladino


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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyDom Jan 11, 2009 10:32 pm

Hassan havia estranhado sua convocação iminente pelo sultão, uma vez que não era natural que sua peregrinação em Ur fosse perturbada. Porém, ele sabia que tinha algo a ver com a invasão dos cristãos. Ao chegar, pela manhã, recebera uma notícia perturbadora: a odalisca preferida do sultão havia fugido, e um dos prisioneiros nobres, que há vários anos vinha sendo mantido sob cárcere, também fugira. Portanto, a reunião com o sultão não fora das mais agradáveis. O jovem sufi tinha sido convocado para ser um líder espiritual das tropas sarracenas que iriam combater na invasão ao norte, mas o sultão decidiu por uma mudança nos planos. Como Hassan devia-lhe gratidão por suas viagens terem sido financiadas, prontamente aceitou a nova tarefa, que consistia em trazer Laila de volta. Hassan sabia quem era Laila. Há muitos anos, quando visitara o sultão, ele a tinha avistado em seu harém. Sabia o quão encantadora ela era, e como ela possuía um espírito selvagem, indomável. Tudo devido à falta de orientação espiritual, pensava ele. Allah certamente não desejava que a odalisca renegasse as sagradas palavras do Alcorão, e assim também Hassan não desejava. Ele não era movido por ódio, tampouco desejo pela dançarina. O que lhe movia era o dever. Aceitara a difícil missão de trazê-la de volta. Talvez apenas ele pudesse, afinal de contas. Era provavelmente o soldado mais bem treinado do Islã, pois crescera dividindo seu tempo entre o treinamento de infiltração e o treinamento religioso. Já executara diversas missões como espião, e foi uma peça importante em algumas batalhas passadas. Seu sobrenome, Saladino, embora ele acredite que seja uma coincidência, serve para inspirar respeito. Alguns acham que ele realmente é descendente do grande Saladino, o que lhe confere algum renome. É temido no campo de batalha e raramente se fere. E ele sabe disso, mas prefere conferir a Allah o mérito. Após cavalgar com seu camelo até o ponto onde os fugitivos descansaram - do outro lado do precipício - guiado por Ari, Hassan dispensa os serviços do guarda, de modo polido.

- Agradecido estou, companheiro. Daqui em diante, deixe que somente Allah guie meus passos. Talvez seja um pouco difícil, é bom deixar claro ao sultão, que eu retorne cedo. A paciência é uma virtude. A melhor chance acontecerá durante o combate, se ela realmente estiver se abrigando com os ímpios cristãos. Caso contrário, eu a encontrarei e a trarei de volta.

Após dizer isto, Hassan começou a investigar o local, procurando indícios de uma trilha que eles pudessem ter seguido. Seguir passos na areia era difícil, mas rastros de sangue, nem tanto. Além disso, ainda contava com seu falcão Yago, que era altamente treinado para seguir rastros e enxergar pessoas a longas distâncias. Enquanto seguia os primeiros indícios, puxava seu camelo de forma tranquila.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyDom Jan 11, 2009 11:21 pm

Ela riu do comentário sobre o bispo, balançando a cabeça negativamente, seus cabelos loiros balançando de um lado para o outro lentamente, se espalhando por seus ombros pequeninos.

- Certamente, por isso eles só vem quando estamos com um território seguro e não em momentos onde a batalha pode acontecer a qualquer momento. Assim polpam a Santissima Igreja de perder 'fieis' e os exercitos de perderem guerreiros.

Riu-se, escutando-o agora falar sobre a Igreja e sobre o Papa. Seus lábios se curvaram em um sorriso ironico, pensando um pouco antes de responder.

- Nos comanda, é claro, com ameaças sobre irmos direto para o inferno, cair na mão do demonio, caso não façamos nossos deverres para com eles. Mas não posso negar nada disso. Também não posso nem deveria reclamar, mas isso é assunto para momentos melhores.

Sorriu, escutando-o e aprentando sua mão, confirmando aquela oferta. Ela provavelmente teria de medir sua visita a familia dos Tepes. Sabia da ligação dos dois patriarcas, o seu e o dele. Precisaria ser esperta para poder dribá-los, ou faz com que Daniell nunca vá a casa daquele homem.

Foi quando escutou a voz do Duque Cassimir, soltando a mão do moreno e virando seus olhos rubros para o recem-chegado com completa ironia. Escutou suas pequenas conversas e negou com a cabeça, cruzando os braços. Escutou-o falar sobre estar fazendo amizade com um de seus homens.

Aquele comentário somente fez seu sorriso aumentar.

- Ora, não fale como se isso fosse algo que não iria acontecer. Diferente de você, ele mal chegou, ferido, e já me proporcionou com informações importantes e uma conversa descontraida. Acho que deveria aprender mais com ele. Não se deve nunca desafiar o homem que esta a comando do exercito em que está habitando, mas sim tentar manter uma convivencia amigavel. Acho que isso você nunca soube ou se esqueceu, já que entrou em minha barraca sem permissão.

Riu-se, olhando para Cassimir.

- Se puder me dar a honra de me responder seus motivos...

Falou, perigosa.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:48 pm, editado 1 vez(es)
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 3:58 am

(Yago?? Aloisio, Yago?? u_u e ainda fica reclamando de eu ser viciada na série Bring it On!! ò,ó vai ser adorador de Alladin assim lá com o Jafar u,ú)

Quando o Duque afastou-se, o maior sentimento de sua alma foi o alívio. Ela agradeceu mil vezes a Allah por aquele homem não mais permanecer perto dela. Se o Duque tentasse algo, mas só uma mísera conquista...ah, ela responderia com prazer a pergunta que ele fez sobre "mordidas".

Ela ficou novamente vermelha como um pimentão quando o homem falou sobre o Conde ser seduzido ou seduzir. Segurou com um pouco mais de força a mão do Barão, falando novamente com a voz delicada e tímida:

- Ou foi somente o desejo que nós dois sentimos de sair das terras do tirano Sultão. Parou para pensar que tanto eu, como o Conde, éramos dois escravos, senhor Duque?

Franziu a testa, dessa vez olhando-o diretamente. Assim que ele saiu, ela adquiriu mais confiança, e sua voz saiu bem mais clara do que antes, na presença do outro nobre:

- Entendo, senhor Barão. Mas gostaria, mesmo assim. Não aguento mais ficar prostrada nessa cama, não gosto de ficar parada.

Dizia isso com um sorriso a mais. Sentir a liberdade era algo fantástico, e Laila gostaria de aproveitar desde o começo.
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Conde Vladislaus Tepes
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 11:40 am

Ação para Marys:

Casimir lançou um olhar de desprezo e fúria para a menina, antes de sair. Certamente o duque pensava quem aquela intrometida imaginava ser para lhe responder daquela forma. O barão soltou um pequeno riso com a resposta que ela deu ao duque.

- Com certeza, o senhor duque sabe da situação de vocês dois. Vladislaus e ele eram muito amigos quando mais jovens. Mas é realmente estranho o fato de você ajudar um inimigo a escapar do reino de seu soberano. Principalmente um homem que foi dado ao sultão como forma de tributo.

Olhou para ela, para seu rosto delicado e bonito e sua expressão tenra. Percebeu que ela o olhava atentamente, como se quisesse ver dentro ou através dele. Via que o estado dela era de agitação. Era uma mulher que agora desejava sentir novos ares, muito diferentes dos ares sexuais do harém.

Mas o barão sabia que logo era se decepcionaria com os modos europeus. Se ela agia da forma que fazia na presença do arrogante Casimir, imaginava com certa condolência o que ela passaria em um continente cheio de preconceitos e onde o cristianismo era predominante.

- Está bem. – disse o barão, com um suspiro. – Pensei que eu não conheceria uma pessoa mais teimosa que Ezequiel, mas me enganei. – Seu tom era quase paternal e, então ele sorriu gentilmente, balançando ligeiramente a cabeça.

Ele aproximou-se dela, ajudando-a a se colocar em pé.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 11:53 am

- Oras...que acaso então, senhor Barão...Pois nossos destinos, meu e do Conde, são realmente parecidos. Também fui entregue como forma de tributo. Ao menos, foi o que as Amas e as odaliscas mais vividas me disseram.

Ela falou suavemente, olhando o Duque que retirava-se com certa raiva. Chegou s sorrir, mas a expressão logo desapareceu, dando lugar ao temor de antes. Ao ser ajudada a levantar-se, cerrou um pouco os olhos de dor, mas continuou a seguir junto com o Barão. O homem sentiu um aperto um pouco mais forte no braço esquerdo dele, e depois ouviu a voz urgente e baixa de Laila:

- Não deixe o Duque se aproximar de mim...por favor, senhor Barão! Ele tem o olhar faminto, um olhar medonho que só vi no Sultão! Não saí de uma prisão para cair na desgraça de outra!

Dizia ansiosa, enquanto andava devagar e apoiada no robusto senhor. Quando saíram da tenda, Laila sentiu o ar quente e selvagem do local, e agradeceu mil vezes a Allah por não mais estar no embiente agridoce e detestável do harém. Alguns homens a olhavam, poucos somente com desejo, e a maioria com fúria:

- Como é sua casa, senhor Barão? Como são as terras? É quente como aqui?

Perguntava inocente, mas era um pretexto para não olhar à sua volta.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 12:27 pm

Ação para Vanessa:

Casimir calou-se por um instante, observando Daniell enquanto ouvia suas palavras. O canto de sua boca parecia tremer um pouco. Seu rosto, entretanto, não sustentava cólera.

- Espero que seu arsenal de pedras tenha, enfim, acabado, comandante. – falou, aquietado.

Olhou para o conde observando a face abatida e cansada, e embora tinha uma coloração de pele desbotada, parecia um pouco mais rejuvenescido após algumas horas de descanso e cuidados. Estava com os olhos um pouco vermelhos pelo pouco descanso, mas animados e joviais, inteligentes e sedutores.

Observou, para seu enraivecimento, que Vlad parecia altamente deliciado com as broncas que levava do comandante.

- Eu deixarei meus jovens amigos mais confortáveis. – o conde disse com uma suave ironia escondida em seu tom fidalgo.

Pôs-se em pé e bateu os dedos longos e esbeltos nas roupas para remover os resíduos de areia que já se aglomeravam em suas vestes, trazidos pelo vento do deserto. Puxou a capa de cor preta e desgastada do espaldar da cadeira e o drapejou sobre os ombros. Ele virou-se, dando um leve acenar de cabeça para Daniell de forma erudita e começou a caminhar para fora da barraca, sem sequer lançar o menor olhar ao duque.

Depois que Vladislaus saiu, Casimir foi à mesa e abriu a garrafa de conhaque, verificando que estava cheia. Serviu-se da bebida e sentou-se na cadeira onde o Conde antes estava sentado, o copo na mão e olhando para Daniell. O duque estava vestido com uma grande túnica folgada de tecido leve, não a túnica dos templários, mas quase um manto, branco como a dos soldados.

Olhou-a com seus olhos azuis penetrantes e deu-lhe um sorriso radioso.

- Ah, sim. Não me surpreende que você tenha caído na conversa cortesa de Vladislaus. Ele sempre teve uma lábia muito boa. Calunioso como o pai.

Levou o copo aos lábios e sorveu todo o liquido, em longos goles prazerosos, como se tivesse o tempo todo do mundo para aquilo. Seus olhos pareciam mais claros, quando voltou a fitá-la.

- O que me admira, entretanto, é você se consorciar com seu inimigo. Você esteve lutando contra Vlad todo esse tempo. Muitas das mortes de seus homens, se deveu a ele.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 12:52 pm

Ação para Aloisio:

Ari afastou o olhar e fitou o outro lado do abismo com um olhar de águia. Respirou fundo, tentando se conter. Sentia um conflito paralisante dentro de sua alma: alivio por sua filha ter escapado das paredes do harém e, ao mesmo tempo, medo de ela ser capturada. Sabia muito bem qual seria o destino de Laila, se ela retornasse as mãos do Sultão.

Mehmet não perdoaria tanta insolência. Mesmo convencido que a fogosa jovem havia sido raptada pelo Conde, e não o contrário, da forma que Ari pensava. Ari tinha visto a condição do Conde na noite prévia. O homem estava muito ferido e embriagado para ter feito uma fuga sozinho e ainda mais levar consigo uma das odaliscas a força.

Ele fechou os olhos por instante, como se atingido por uma flecha invisível no peito. Torcia para que o Conde não fizesse a loucura de seguir seus desejos desenfreados e tocasse na concubina. Se o fizesse, não haveria nenhuma esperança pela vida dela.

Finalmente ele voltou os olhos verdes para Hassan. Ficou o olhando por um período longo, parecendo analisar a sua alma. Seu rosto se tornou suave, generoso e tenro, desaparecendo as poucas rugas de seu rosto. Conhecia bem o jovem e sabia que era um espirituoso. Teve que conter suas palavras, para não demonstrar o receio que sentia por sua filha, ao qual escondia a sete chaves em seu coração.

- Certamente a criança perdida estará se abrigando com os cristãos, Hassan. Conde Vladislaus está com ela agora... – explicou, com a voz cristalina e as palavras fluindo harmoniosamente. – ...e ele não teria outro lugar para se refugiar. Eles não iriam muito longe sem um cavalo.

Viu com condolência o pobre alazão abandonado no outro lado do abismo, a carne sendo devorada pelos urubus.

- O acampamento de cruzados mais próximo, fica ao leste, duas horas a cavalo. Se eles não morreram no deserto, então receberam ajuda dos cristãos durante a madrugada.

Ele olhou para Hassan, com um ar de sabedoria, força e elegância.

- Acredito em suas habilidades, jovem Hassan. – assentiu. – Que Allah esteja com você, guiando seu caminho.

Fez um suave salamaleque e sem outras palavras, puxou as rédeas do cavalo, virando-o em sentido contrário do jovem árabe e esporeou o abdômen do cavalo, principiando a galopar de volta para o palácio.

Com pequeno esforço, Hassan conseguia ver um pequeno exército cristão marchar à sentido Sul, levando carroças com um pouco mais de quarenta feridos. Alguns metros mais longe, um jovem a cavalo acompanhado de dois cavaleiros, cavalgava a toda brida como se estivesse com bastante pressa. Parecia ser um mensageiro, a capa azul marinho feita de seda esvoaçando nas costas como asas.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 1:36 pm

A jovem de cabelos loiros ficava apenas se deliciando com a cena que Cassimir fazia. Dava para ver como ele ficava enraivecido por ela conversar bem com o Conde mas com ele ser sempre fria e afiada com as palavras. Gostava daquela sensação, pois era assim que poderia controlá-lo melhor.

Olhou o Conde se retirar da barraca, acenando com a cabeça. Sabia que ele estava faco, mas não poderia impedir um homem, alem disso era hora de uma conversa mais delicada com Cassimir. Precisava mostrar aonde ele estava e com quem.

Observou-o pegar sua bebida e abrí-la. Aquilo era uma visão de nervosismo por parte do outro homem. Ele estava ficar no lado bom da jovem e buscava desesperadamente algo para tentar barganhar. Pena que o Alcool não era algo que a deixasse mais volatil.

Olhou os olhos azuis sem desviar, mostrando que estava prestando atenção em cada palavra e cada movimento do jovem. Queria que ele soubesse que ela não era uma pessoa facil. Riu quando ele falou sobre a lábia do Conde Vladislaus, balançando a cabeça negativamente.

- Deveras. Ele tem uma lábia bem melhor que a do Duque a minha frente. Mas não pense que sou uma criança ingenua, seria tolice sua. Meu unico e verdadeiro aliado está aqui. - Puxou um pouco sua espada bela e adornada. Sua lamina parecia levemente avermelhada, como se estivesse bebendo do sangue de seus inimigos, não somente lhes tomando a vida. Guardou-a novamente.

Escutou-o falar sobre ele ser seu inimigo e soltou uma risada ironica, os olhos brilhando com aquela tentativa inutil de aproximação.

- E quem é meu aliado? Você, Duque Cassimir? O homem que tentou tomar o poder do Rei e tenta até hoje? - Riu-se, sentando-se em uma cadeira bem confortavel, entrelaçando os dedos e o olhando com os olhos rubros. - Não me faça rir, Cassimir. O minimo que deveria estar fazendo agora era me pedir perdão por querer me passar a perna quanto aos dois recem-chegados e ter chegado atrazado na batalha que ganhamos essa cidade.

Falou com veneno, olhando-o agora menos sorridente.

- O que, Duque Cassimir, me faria acreditar que devo ser menos cautelozo com o homem que traiu a Coroa, não uma, mas duas vezes, e pretende uma terceira? Conheço a casa dos Tepes mais do que você imagina. Então pare de tentar ganhar minha confiança acusando outros e faça algo que me faça lhe considerar um aliado.

Falou rispida, o ar em volta dela era quase como a de um Rei, quase divino.

- Espero que esteja preparado para a batalha ao meio dia. Não vou aceitar que fuja.

Se levantou, o olhando.

- Mais algo? Tenho que dar ordens aos meus batalhões.

(ps: Cassimir = Meu saco de pancadas pessoal 8'DDD)


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:49 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 1:59 pm

Ação para Marys:

- Sim, ao que parece, são destinos muito parecidos. – disse, pensativo. – Longe de mim pensar o que vou lhe dizer agora, mas compreendo a desconfiança do Duque. Casimir pensa que a fuga de vocês pode fazer parte dos planos do sultão. Mesmo quase os encontrando mortos, só ao saber que escaparam do palácio de Mehmet com vida, é um conto incrível.

O homem sentiu o aperto mais forte em seu braço e tudo que fez foi olhar sua expressão de dor com condolência.

- O duque tem um olhar faminto para tudo, Laila, não é só para você. Ele tem um olhar faminto para riquezas, poder e fama. Mas, mulheres... não. Casimir já foi casado, é um viúvo, e somente se interessou por uma mulher uma única vez. Poder lhe fala mais alto.

Enquanto caminhavam aos arredores da cidade, o barão estava atento que muitos homens a olhavam de forma atenta e ostensivamente, algumas a desejando em sua cama, outros com repulsa em ver uma infiel. Da mesma forma que ela fazia, tentou fingir que nem notava aqueles olhares e sorria para reconfortá-la.

- Meu país é frio como um Inferno gelado, Laila. As temperaturas aqui são realmente sufocantes para nós. Minhas terras localizam numa região romena, situado entre pessoas tão supersticiosas, que você acharia graça. São terras vastas e minha casa muito grande para uma pessoa só morar.

Ele tocou na mão dela, não de uma forma lasciva, mas paternal.

- Se não conseguir moradia, Laila. Será bem-vinda em minha casa.

Então seus olhos fitaram mais a frente, vendo o Conde sair da tenda do comandante.

- Seu amigo... – o barão o indicou com um olhar.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 3:59 pm

Ação para Vanessa:

Sorriu ao vê-la puxando a espada.

- Bravo, Daniell. Bravo. – aplaudiu, com escárnio. - É ameaçador.

O duque fingiu ofendido quando ela disse que ele deveria pedir seu perdão.

- Pedir perdão? Pelo o que? Eu já pedi desculpas pelo atraso na batalha, mas não tive culpa dos imprevistos que meus homens encontraram durante o caminho. Foi necessário fazer muitas paradas, eu já lhe contei isso. E quanto aos dois recém chegados, já disse também que mandei um mensageiro avisa-lo. Pergunte a ele, se não acredita em mim.

Casimir ouviu-a falar sobre sua tentativa de regência e do golpe político em silêncio, sem a interromper. Ele parecia ser um homem que sabia quando ouvir e quando falar. Quando Daniella terminou, viu que o duque a olhava nos olhos. Era como se ele estivesse a conversando com o olhar, enquanto ponderava o que fazer. Por fim, Casimir rompeu o tenso silêncio que se instalou entre eles.

- Meu primo tinha nove anos de idade quando assumi o trono, legitimamente. Com quartoze anos ele quis assumir, mas eu tinha muito mais experiência do que ele. Minha luta para ficar no poder foi para proteger meu primo que na época já se encontrava adoecido. Quis poupá-lo das responsabilidades de um reinado, para que ele cuidasse da própria saúde.

O duque Casimir ergueu o copo aos lábios e prosseguiu depois de um gole.

- O rei agora está morrendo, sem deixar nenhum herdeiro. Parece que ele tem um sobrinho, mas que não alcançou a maioridade. Tenho um trato com o rei. Se ele morrer ante deste sobrinho completar idade suficiente, eu volto ao trono. E novamente, de forma legitima.

Ele acenou com a cabeça afirmativamente, quando ela questionou se ele era seu aliado.

- Uma vez que estamos na mesma cruzada, Daniell, você vai ter que me ver como seu aliado. Assim como eu terei que te aturar como meu aliado, gostando de você ou não. Se não confiarmos um no outro, nós vamos perder essa guerra. Ou simplesmente posso mandar uma mensagem ao Papa de Roma, afirmando que você recusa a ajuda da Igreja, uma vez que não venho por ordens de meu primo, mas sim, do próprio Vaticano.

O duque riu diante de sua provocação quanto a ele fugir.

- Eu estou aqui, não estou? Obviamente, isso significa que estamos aqui para ajudá-lo.

O duque voltou-se sério.

- Não venho acusar Conde Tepes ou fazer fofocas. Tenho até uma profunda admiração por ele. Tive-o em meu exército e ao irmão mais novo quando ainda eram apenas crianças. E por ter sido rei, tenho muito mais conhecimentos sobre as guerras, antes mesmo de você formar um exército.

Ele inclinou-se para trás, aconchegando-se na cadeira como um rei.

- Só tenho as minhas suspeitas, um mau presságio. Espero que sua arrogância pela minha pessoa e o carisma de Vlad, não esteja nos levando em direção a uma armadilha. Uma armadilha que não trará conseqüências imediatas, talvez. Mas futuras.

(huahuahua XD coitado, Vá.)
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 5:23 pm

Escutou-o reclamar, as vezes bocejando como se aquilo fosse um esforço inutil do homem de tentar colocá-la em seu lugar e fazê-la enchergar as coisas a seu modo. Riu-se sobre ele ter falado novamente do suposto mensageiro, sorrindo como uma raposa novamente.

- Ora, mas se eu perguntar ao suposto mensageiro irei ter o que como certeza? Que você o mandou responder afimativamente a minha pergunta ou que realmente fez como você pediu? Desculpe, mas já possuo duvidas de mais sobre sua pessoa para simplesmente acreditar nas palavras de um de SEUS subordinados.

Olhou-o então tentar explicar sobre o que aconteceu entr ele e o atual Rei e sorriu de canto, cruzando os braços, seus olhos o olhando como um felino analizando sua presa. Respirou fundo.

- Desculpe, mas eu não faço parte do 'partido' que apoiava sua estadia no trono. Não perca seu tempo tentando me mostrar que seus atos no passado foram por boa causa, pois isso é PASSADO e eu não pretendo repensá-lo, ele somente me diz sobre o que você é capaz, então se quer provar algo para mim, Duque Cassimir, trate de agir aqui e agora. Está em meu batalhão. - Respirou fundo. - E se estiver em meu poder proteger o legitimo herdeiro de alguem ganancioso como você, eu o farei.

Escutou-o falar sobre o Vaticano, estreitando os olhos vermelhos, o olhando ameaçadoramente.

- Blasfeme para o Vaticano, Duque, e pagará muito caro. Pensa que por que o Vaticano lhe mandou, pode mandar em algo? Se eles tentarem retirar meu comando, terei aliados poderosos que poderam apontar o dedo para você e dizer que estar a blasfemar, e o que você poderá fazer? Ou melhor, o que irá fazer caso a Santissima Igreja veja que está a blasfemar somente pelo poder? Ora, não desejo imaginar.

Riu de seu comentário, realmente zombando-o por suas palavras.

- Ora, mas quem disse que tenho carisma pelo Conde? O que tenho agora, é um homem que fugiu da morte e não pretende morrer depois de tudo que passou. Eu já disse, prove que veio fazer algo diferente do que imagino e quem sabe eu mude meu pensamento sobre você, mas você, para um homem que foi Rei, parece não saber como barganhar direito. Talvez seja por isso que você NÃO é Rei.

Riu-se, o olhando com olhar se superioridade.

- Se divirta o quanto puder, Duque Cassimir. Quando quiser realmente trabalhar e me ser util, ai sim poderemos conversar civilizadamente. Não vai me comprar com ladainha barata nem com explicações.

Ele se virou, saindo da barraca e procurando seus homens. Iria começar a ordená-los para a batalha que logo aconteceria. Queria estar bem preparada e queria poder acabar com aquela batalha em dois dias, no maximo. A mão sempre na bainha de sua espada.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:50 pm, editado 1 vez(es)
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptySeg Jan 12, 2009 9:43 pm

Hassan ouviu de modo consternado as palavras de Ari. Sua intuição lhe apontava que Ari nutria uma preocupação além do normal com a criança. Porém, tomou isso como pura bondade do guarda. Após escutar as informações sobre o acampamento, seus olhos se moveram rapidamente da direita para a esquerda. Sempre fazia isso quando tinha uma nova idéia para auxiliar suas buscas.

- É verdade. Não haveria outro lugar para ir. Imagino que seria sofrível para uma criança abençoada por Allah conviver, nem que seja alguns momentos, com os seguidores do Cristo. Portanto, se torna ainda mais urgente que eu a busque. Não acredito que eles tenham morrido no deserto. Se assim o fosse, existiria uma grande revoada de urubus em busca da carniça, a qual meu falcão certamente perceberia.

Após isso, Hassan voltou a ficar pensativo e analisou novamente o homem. Sua postura poderia levá-lo a ser, facilmente, um líder no campo de batalha, e não apenas um guarda. Hassan encarou aquilo como um desperdício. Quando Ari se despediu, ele retribuiu.

- Que Allah esteja com você, generoso Ari. Vivemos por ele. Morremos por ele.

O sufi tinha se despedido do Daroga ao mesmo instante em que notara o exército cristão marchar a sentido sul. Antes que Ari se retirasse, ele chamou-lhe a atenção, apontando-lhe o exército.

- Daroga, creio que o sultão deveria interceptar aquele exército ou, ao menos, enviar um espião. Embora estejam carregando feridos, o próximo acampamento deveria estar longe o bastante para que esses feridos morressem no meio do caminho. Talvez estejam indo encontrar com um regimento de clérigos e, quem sabe, até com uma comitiva maior. Bem, eu o faria, mas não posso desviar-me da minha missão. Conto com você para avisar Mehmet. Ma salaama

E, assim, Hassan partiu. Um pensamento, contudo, lhe ocorrera. Se estavam transportando feridos, e o conde e a odalisca também estavam feridos, seria possível que eles próprios estivessem sendo levados com a comitiva, como um embuste. Mas seria arriscado demais. Se os europeus tivessem cometido esse erro primário, a provável comitiva que o sultão enviaria daria cabo deles tranquilamente. Voltando a assumir que Laila estava no acampamento, Hassan guiou seu camelo através dos caminhos mais tortuosos possíveis que levassem ao acampamento, na certeza de que não seria avistado. Só precisaria chegar próximo o bastante para conseguir avistar um cavaleiro que não estivesse acompanhado. Então, deixou seu camelo a um quilômetro de distância e, furtivamente, começou a se aproximar do acampamento, parando várias vezes no caminho para disfarçar sua posição e, assim, não chamar a atenção. Sua missão de infiltração estava no caminho certo, mas ele ainda precisava de um disfarce - e só o conseguiria após abater um soldado. Segurando sua Kukri de forma invertida, posicionando-a como um gancho, Hassan concentrava toda a sua atenção conforme chegava mais próximo. Ele já havia mandado seu falcão sobrevoar a área, a uma altura que o fizesse se confundir com qualquer outra ave. Se alguém o avistasse, ele avisaria a Hassan. Quando os primeiros sinais de movimentação de pessoas se fizeram presentes, Hassan agachou-se e cobriu-se com seu manto. Agora sua paciência faria o resto, pois precisaria esperar o momento certo, como uma naja, para atacar e não sofrer um revide.
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyTer Jan 13, 2009 8:35 am

Por mais que fosse absurda, a desconfiança do barão estava certa: não foi fácil, mas ela e o Conde escaparam com vida. Se a segurança estivesse alerta ao máximo, eles estariam mortos àquela altura.

Ela abaixou a cabeça por alguns minutos, suspirando e sabendo que estava errada em ficar ali. No entanto, cansou-se de pensar na vida que tinha no Palácio, no Sultão, nos pais que a abandonaram, a entregaram como uma oferenda. Queria agora a própria vida, sua felicidade, e simplesmente faria de tudo para conseguir.

Seus pensamentos foram cortados com a surpresa em seu semblante. O Barão era um homem adorável, o pai que ela desejava com todas as forças. Pela primeira vez, o sorriso ficou amplo, aberto, e seus dentes branquinhos ficaram à mostra. Animada e contente, a menina abraçou o homem com ternura, e era a primeira vez que fazia aquilo.

O gesto foi interrompido imediatamente com a aproximação do Conde. Não havia mais medo ali, e sim quase um olhar desafiador. Laila olhou diretamente as orbes geladas e azuis de Vladislaus, porém com a voz mais cândida e aliviada:

- Que bom...que felicidade! O Conde está bem. Eu também estou.

Era uma meia-verdade. Estava bem para andar, comer e falar, mas os machucados ainda precisavam de cuidados, assim como os do Conde.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyTer Jan 13, 2009 11:24 am

Ação para Marys:

Durante um instante os dois se encararam. O coração dele começou a acelerar ao ver a bela e fogosa muçulmana novamente. O fato de vê-la o encheu de anseios. De imediato, ele soube que ela seria seu maior pecado.

O conde se aproximou, parando a frente do casal. Ele virou-se, os olhos frios e azuis movendo-se em direção ao cavaleiro vestido de preto e branco à esquerda de Laila.

O barão inclinou a cabeça.

- Meu senhor conde...

- Meu senhor barão...

Vladislaus fez uma rápida reverência, lançou-lhe um sorriso imóvel e vazio, e tornou a dirigir-se a menina. Seus olhos azuis vasculhavam ansiosamente o rosto de Laila, questionando se ela não era uma ilusão.

Estendeu uma mão enluvada em sua direção, acariciando a linha da mandíbula de Laila, olhando-a. Ela era o retrato da perfeição. Os cabelos negros e longos, a pele morena da cor do pecado e o corpo de uma mulher que não deixou, contudo, de ser uma menina. Seus grandes olhos verdes profundos era a cor mais encantadora que ele alguma vez tinha isto, o pensamento de acordar todas as manhãs e fitar neles enviou calafrios agradáveis em sua espinha.

Ele não hesitou mais tempo. Abraçou-a com elegância, aconchegando a cabeça dela debaixo de seu queixo.

- Você está bem. – Ele disse e beijou seus cabelos. – Senti mesmo sua falta.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyTer Jan 13, 2009 4:08 pm

Ação para Aloisio:

Ouvindo o chamado, Ari freou seu cavalo. Suspirou, sua força vacilando, assim como sua coragem. Temia que seus sentimentos tivessem o denunciado. Virando-se por sobre o ombro, o Daroga olhou para Hassan.

- Sim, Hassan?

Ao ouvir as palavras sobre o possível exército cristão, Ari se endireitou na sela, alarmado. Virou o cavalo e trotou novamente em direção ao abismo.

Observando ao sul, sentiu uma onda de calor atrás dos olhos. Um pouco mais abaixo no vádi, pela estrada que serpenteava irregular, parecendo tremer com o calor, viu a névoa que subia em direção ao céu pela poeira levantada pelo pequeno exército cristão. Os olhos verdes de Ari cintilavam, brilhantes de vida, a atenção presa ao exército inimigo.

- Você tem razão. – Ari concordou, franzindo o cenho. - Eles parecem está carregando feridos naquelas carroças. Pela tentativa desesperada, é sinal de que se preparam para a batalha. O Conde sabia dos planos de ataque, o sultão confiava em suas táticas de batalha. Ele deve ter contado para os cristãos sobre a armadilha e agora estão se arriscando a remover os feridos debaixo de um Sol escaldante para levá-los ao acampamento mais próximo.

O chefe da guarda pessoal do Sultão meneou a cabeça em negação.

- Não haverá necessidade de enviar um novo exército para interceptá-los. Observe. – Ari apontou para a poeira que se movia pelo oeste. – São dos nossos. Se mantiverem o ritmo, em menos de meia hora os dois exércitos se cruzarão.

Sob o corpo de Ari, o cavalo estava indócil. Dançava, agitado, puxando as rédeas seguras pela mão firme.

- Podemos tentar alguma coisa. Mandarei um mensageiro em direção aquele exército para pedir aos nossos irmãos que vasculhem as carroças em busca de Laila ou de Vladislaus. E também para que interceptem o mensageiro deles.

Ele virou-se a Hassan.

- E você, tome cuidado. Com a batalha próxima, os infiéis devem está mais alertas do que o costume. O cuidado agora deve ser redobrado. – os olhos dele desceram lentamente. - Retornarei ao palácio para avisar Mehmet. Obrigado, jovem Hassan.

Ari fez uma nova reverência. Cravou as esporas nos flancos do cavalo e partiu.

Os soldados estavam em constante vigilância por todos os lados da pequena cidade assediada. Havia também soldados nas entradas principais. Com poucas horas para iniciar o combate e vendo que os cristãos realmente sabiam disso, seria difícil Hassan avançar de modo furtivo ou encontrar algum soldado solitário. E a luz do dia, não era um fator que o ajudaria.

Pelos portões fechados da cidade, havia uma grande movimentação. Era visível alguns homens arrastarem catapultas, enquanto ouvia-se um gritar ao outro ordens. Também era visto sentinelas assistindo o movimento do alto das torres de vigilância, onde dificilmente poderiam ser atingidos por flechas, observando qualquer movimento suspeito ou a aproximação de algum exército.

Hassan imediatamente percebe que aquilo não era um simples acampamento, mas uma cidade, quase uma fortaleza, se as muralhas não parecessem fragilizadas após um recente combate.

Ele podia lembrar que há dias atrás, antes de Daniell conquistar a cidade com a sua tropa, o Sultão e o Conde estavam reunidos em uma mesa, onde Hassan foi convidado a fazer parte. Vlad dizia ao Sultão para que deixasse Daniell conquistar a pequena cidade, por ser uma fortaleza sem muito poder de fogo. Convencia o soberano que com o assédio, a cidade ficaria com as defesas quebradas e o exército de Daniell com menor número. Sendo a cidade mais próxima do palácio, o sultão poderia mover seu exército do oeste e do norte, esmagando assim as forças opressoras.

O soberano parecia satisfeito com a armadilha contra o comandante que já vinha o aborrecendo há muito tempo. Ari havia tentado convencer o soberano que era um plano arriscado, mas Mehmet parecia confiar no prisioneiro, que há sete anos era instruído pelos sarracenos a tática de batalhas e torturas.

A cidade realmente parecia fragilizada, mas havia algo estranho. O número de homens não parecia menor como o Conde tinha dito. Ao contrário, maior. Hassan podia pressentir a chegada das tropas do sultão. Em uma hora, espadas e cimitarras colidiriam.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyTer Jan 13, 2009 4:09 pm

Ação para Vanessa:

Ele a observava, paciente, como quem busca uma oportunidade para alcançá-la, para dá um xeque-mate.

- Não vejo então motivos de você possuir dúvidas quanto a minha pessoa, se não tem nenhuma prova de minha desonestidade. – disse Casimir, acomodando-se na cadeira, com o olhar penetrante. - Sua implicância é injusta.

O duque deu de ombros.

- Realmente, eu não deveria perder meu tempo. – disse, falando como se as palavras tivessem gosto ruim. - Mas como você tocou sobre o meu passado, pensei que o mais honesto seria mostrar a minha versão dos fatos. A versão verdadeira, por assim dizer. Se não queria repensar sobre o passado, não sei porque insisti em tocar neste assunto.

Uma onda de irritação varreu o semblante de Casimir, quando ela disse sobre proteger o legítimo herdeiro de sua ganância. Pousou o copo de prata sobre a mesa e fuzilou-a com o olhar.

- Está sendo ridículo agora. – disse o duque, sem perceber sua indelicadeza. - Você está passando dos seus limites, garoto. Acha que eu faria alguma coisa contra o herdeiro? Melhor ainda, contra alguém do meu sangue? Meu amigo, sejamos sensatos.

O duque riu. Sim, ele não era o rei, como ela própria havia afirmado. Mas não iria perder tempo sentindo raiva.

- Fui um bom Regente. Mantive por muitos anos os muçulmanos afastados de nossas bordas. Se eu não tivesse sido um bom regente, a Igreja não teria me apoiado na época como fez. E ainda me apóiam. Certamente, quando o rei falecer, eles requererão que eu assuma o poder novamente.

Casimir sorria agora. Recostou-se na cadeira, com os dedos das mãos entrelaçados e descansando sobre seu estomago.

- Apresente-me um aliado poderoso seu que eu deveria temer. Veremos que versão o Vaticano vai acreditar. Se na minha, ou na sua. E novamente, você não tem provas contra a minha pessoa, nada que me possa condenar. Estou aqui a serviço e você é quem se recusa a receber a minha ajuda, com ameaças, deboches e afrontas. Como um comandante, deveria aprender a agir com maior frieza.

Observou-o afastar-se, naquele seu jeito belo e elegante. Quando o comandante se retirou, um sorriso cintilou em seus lábios.

- Tratante.

Do lado de fora, o forte brilho do Sol ofuscou os olhos de Daniella. O vento soprava, assoviando um canto fúnebre, um aviso de futuras batalhas. O ruído de cascos e relinchos ecoava em cada canto que logo viraria um campo de batalha.

Ela podia ver ao longe Estevão ajudando os outros cavaleiros a reforçarem as muralhas. Guardas faziam a patrulha atrás das paredes e fora dos portões principais. O conde, a odalisca e o barão se encontravam mais a frente, parecendo conversarem.

A voz do duque soou clara e límpida, se posicionando atrás de Daniell.

- Então? Qual é a estratégia, comandante? Presumo que tenha uma.
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyTer Jan 13, 2009 5:51 pm

- Mas é claro, como pude ser tão tolo? Eles resistiram muito melhor do que eu julgara. Não haverá meios de invadir esta fortaleza sem expor-me. - divagava Hassan, consigo mesmo.

Percebendo que seria inútil, retirou-se rapidamente, voltando ao camelo e dando um alto assovio para chamar seu falcão. Devido ao barulho do vento árido, dificilmente ele seria ouvido pelos guardas, mas Yago certamente o escutaria. Agora, Hassan estava com problemas. Para poder se infiltrar, ele ainda precisaria disfarçar-se como um europeu.

Então lhe ocorreu o exército de feridos. Era claro! Como os árabes excediam os cristãos em número, era certo que seria um massacre. Era só esperar que tudo acabasse e os prisioneiros fossem tomados para que, então, ele pudesse apreender uma das vestimentas e disfarçar-se. Aproveitaria o embate da manhã e se infiltraria quando a oportunidade surgisse.

Ainda, Hassan lembrou que seria importante mesmo encontrar com o exército para, é claro, apontar a estranha quantidade de cristãos na cidadela. Avisar ao sultão o que ele iria encontrar se tornava uma de suas prioridades, e o tempo era curto. Se conseguisse falar com um mestre de guerra, ao menos, já se sentiria melhor.

Conduzindo seu camelo, subiu até uma alta duna, d´onde pudesse avistar a comitiva condenada dos seguidores de Cristo, indo de encontro às tropas muçulmanas. Então, deduzindo o caminho mais curto e seguro a seguir, Hassan fez um movimento com os dois calcanhares, que lançou seu camelo à frente, em frêmita descida, cortando o espaço o mais rápido que podia para alcançar o ponto do embate.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyTer Jan 13, 2009 11:11 pm

Ela o escutou falar sobre sua implicancia, rindo levemente. Olhou-o com os olhos rubros desafiadores.

-Então pense o que tiver vontade, Duque. Assim eu também farei. Ficarei desconfiada até que você esteja em um local que eu considere confiavel.

Ela obviamente não falaria aonde, mas ele poderia imaginar que ela falava sobre a morte.

Escutou-o explicar-se sobre o porque de querer mostrar seu lado da história, sorrindo ainda mais. Olhou-o como se o zombasse. Queria rir, mas não poderia fazê-lo pois ainda devia o minimo de respeito a aquele homem. Preferiu não respondê-lo para não causar mais nenhuma discução inutil.

Escutou-o perguntar sobre ele o que ela achava que ele era capaz. Ela somente sorriu com uma cara de 'Não é obvio?' Mas novamente não o respondeu, seus olhos rubros sempre fitando os azuis irritados dele.

Escutou-o falar sobre ser rei e a igreja, arqueando a sobrancelha. Escutou suas ultimas palavras, deixando um sorriso de prazer ficar aparente nos lábios.

- É por isso que eu disse que irei proteger o real herdeiro de você, Duque Cassimir. Será sua terceira e ultima tentativa frustrada.

Riu-se, saindo da barraca, olhando em volta. Levou uma mão sobre os olhos para não sofrer tanto com o sol nem com o vento. Olhou para Estevão, começando a caminhar na direção dele quando escutou o Duque.

- Já irá saber.

Chegou ao lado de Estevão, o olhando séria.

- Preciso que me ajude. Chame todos os soltados de cima do muro.

Começou a repassar as ideias do Conde para Estevão e os homens que estavam lá para que pudessem colocar tudo em pratica. Queria que tudo ficasse pronto para a hora da batalha.

Era possivel ver que do modo como ele agia e comandava, apesar de arrogante e orgulhoso, ele parecia saber o que estava fazendo e falava com firmesa e determinação.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:51 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyQua Jan 14, 2009 4:19 am

O estranho para Laila era a situação, muito pitoresca: o Conde a olhava com a mesma lasciva que o Sultão, porém a jovem odalisca gostava das olhadelas dele. Do soberano árabe, ao contrário, queria distância.

O tempo parou ali. Ainda sentia-se segura e amparada pelo Barão, porém seu pensamento era para o desejo iminente que sentia pelo jovem europeu. Desejo...nunca sentira isso por qualquer homem em sua tenra vida. Estranho pensar que tais sentimentos eram proibidosem certas ocasiões no mundo árabe. Parecia simplesmente...tão natural!

A conversa dos dois pouco apeteceu laila, que mantinha-se olhando fixamente Vladislaus. Sentiu-lhe as mãos a passear pela pele do rosto, e uma respiração mais profunda fez-se presente na jovem, os pêlos de seus braços arrepiando-se, como se recebessem choques.

Por mais que soubesse que a probabilidade daquele desejo por parte de Vladislaus também era alta, Laila ficou simplesmente surpresa com o abraço do homem. Nem mesmo os eunucos faziam isso com freqüência, era inacreditável! O espanto era mostrado nos belíssimos olhos verdes, arregalados e intrigados ao mesmo tempo. Ao sentir o cálido beijo nos cabelos, a odalisca não teve outra reação que não fosse retribuir o abraço, ainda trêmula e incerta do que fazia agora, livre das garras do Sultão. Um passarinho, que tinha de reaprender a usar suas asas. Assim era Laila.

Ela realmente recostou a cabeça no tórax do homem, e um pequenino sorriso fez-se no rosto moreno e jovem. Simplesmente era surpreendente receber este tipo de demonstração...primeiro o Barão, o pai que ela desejava, e depois o Conde, objeto de seus desejos mais secretos. Se morresse ali, já era agraciada pela bondade de Allah.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyQua Jan 14, 2009 7:08 am

Ação para Aloisio:

Assim que Ari chegou ao palácio, mandou partir quatro cavaleiros com uma mensagem para o líder do exército, Said, um dos muitos sobrinhos do soberano. Os mensageiros levaram o recado ao exército sarraceno informando-os de que um grupo pequeno de cristão estava se aproximando, indo em direção sul, e que poderiam ser facilmente desbaratados.

Logo, o gigantesco exército árabe que ia à cidade assediada, dividiu-se, e os escolhidos para a emboscada deram uma volta de 90º graus, para que assim não só se cruzassem com o exército dos cristãos, mas também, os pegasse de surpresa. Eles afastaram-se uns quatrocentos metros, onde havia suaves morros por onde uma brisa suave e fresca assoprava, e que lhes permitiriam observar de longe a aproximação do exército inimigo, sem serem vistos.

Assim que terminaram de descer a duna e fazer uma suave manobra para desviar da rota de colisão ao exército cristão, indo para as colinas que os protegeria da vista dos demais, viram um grupo de um pouco mais de setenta cavalarianos a cerca de dois quilômetros, aproximando-se num suave trote devido a velocidade com que as carroças se locomoviam, alheios da armadilha que estavam prestes a caírem.

Os árabes avançaram, lentamente, se aproximando até terem a certeza de acertar nos alvos com as suas setas. Só que desta vez os alvos não eram os valentes cavaleiros vestidos em armaduras simplesmente protegidas com suas malhas de aços ou os seus escudos resistentes. Mas sim, os cavalos. Cada cavalo atingido era quase certo um cavaleiro a pé, em especial, se a seta acertasse na barriga do animal.

Em menos de meia após serem detectados, o grupo de cristãos caíram na emboscada. Os árabes armaram suas flechas prateadas e atiraram. A primeira saraivada de flechas praticamente alijou o exército inimigo e um ataque rápido dos árabes eliminou qualquer resistência. Dos setenta cavaleiros, nove se renderam e um havia escapado no primeiro ataque, e era agora perseguido por meia dúzia de árabes sedentos.

Said, aos berros, dava ordens para não matarem os cristãos, principalmente ao jovem mensageiro de cabelos loiros, Ezequiel, que era rendido por um de seus homens. Ele precisava de informações e eles dariam... de uma forma... ou de outra.

Enquanto isso, os outros árabes vasculhavam as carroças de feridos, num busca fútil pelos dois fugitivos do palácio.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyQua Jan 14, 2009 10:04 am

Ação para Vanessa:

Após as instruções dadas por Daniell, Casimir abriu a boca com intenção de dizer algo, quando o velho sino começou a badalar na torre de vigilância a leste, dando sinal de alarme sobre o acampamento ao antecipar-se da poderosa aproximação do exército inimigo.

- Um exército se aproxima. – disse Casimir. - Nós estamos debaixo de um assedio.

Estevão olhou de Casimir para Daniell.

- Sim, comandante.

Estevão acenou com a cabeça em resposta a Daniell e se apressou para os soldados na muralha. Em cima das muralhas, soldados estavam gritando ordens, e alguns trabalhavam duramente para fortalecer as paredes debilitadas da cidade. Havia pouca esperança, porém, da cidade resistir a uma poderosa agressão.

- Afastem-se das muralhas! – Estevão berrava. - Todos vocês! Afastem-se! É uma ordem! Fiquem atrás dos portões!

Daniell viu vários dos soldados no topo da muralha de pedra se virarem com uma expressão de surpresa na direção do norte e em menos de segundos um trecho inteiro da muralha à sua esquerda explodiu, fazendo a cidade estremecer com o abalo.

As pedras incendiárias arremessadas á distância pelas catapultas arábes derrubaram cristãos e tendas, atingindo também alguns edificios da cidade.

Quando o barulho acabou, uma nuvem de poeira se levantou cobrindo a imagem fúnebre de estilhaços de madeiras, pedras partidas e o cheiro acre de carne humana sangrenta e queimada. As pesadas catapultas estavam se aproximando. Uma se postara no centro, quatro iam para a direita e quatro para a esquerda.

- Posicionem as malditas catapultas! – Estevão gritou, enquanto quase tropeçando em cima de um dos mortos. – Catapultas!

Quando todas as catapultas estavam em seus lugares, como Daniell havia instruído que fizessem, as torres e o imenso portão de entrada estavam lotados por uma multidão de soldados de todas as classes armados até os dentes, desde as partes laterais das muralhas, onde os soldados ficavam apertados e espiando pelas pequenas frestas entre as pedras, até o ponto mais alto das torres da fortaleza onde os arqueiros se posicionavam.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyQua Jan 14, 2009 1:47 pm

Ação para Marys:

Laila o sentia exalar suavemente contra o topo de sua cabeça. Ela podia o sentir respirando quente e atormentador ao longo de seu pescoço, os lábios esbarrando em seus cabelos e tocando na pele de seu pescoço, até que ele se desvencilhou lentamente para olhar em seu rosto.

Eles estavam tão íntimos, que ela podia ter contado os cílios longos e grossos de seus olhos, os mesmos olhos que encaravam agora os olhos expressivos e verdes e os lábios cheios dela. Eram apenas centímetros para que ele pudesse provar destes lábios macios e rosados. Laila era capaz de sentir cada respiração do europeu em sua face, podia ver cada curva de seu rosto de traços finos e elegantes, sentir a pressão de seus dedos em sua cintura.

Eram atentamente assistidos pelo barão que mantinha um sorriso estampado aos lábios.

- Acho que perdi uma bela acompanhante. – comentou o barão, com um suspiro fingido.

O conde deu um sorriso descuidado para o barão, como se tivesse lembrado da presença dele ali.

- Não estão o precisando naquela muralha, senhor barão?

O barão sorriu.

- Sim, entendi as entrelinhas, senhor conde. – e olhando para Laila, sorriu. – Qualquer coisa, grite.

O conde deu um suspiro exagerado.

- Não se preocupe, milorde. Ela sabe se cuidar sozinha. – o conde disse suave, massageando a mão mordida. Fez uma fingida expressão de condolência ao fitar a mão. – Ela sabe muito bem.

O barão deu um sorriso e pediu sua licença, aproximando-se para ajudar os homens nos preparativos da batalha. O conde voltou-se a ela.

- Anda fazendo amizades importantes, querida. – ele comentou, referindo-se ao barão.

Neste instante, o corpo estremeceu com o barulho da primeira pedra lançada ao atingir o edifício ao lado deles. Guiado por instinto, ele puxou o corpo de Laila contra o dele, cobrindo-a para protegê-la dos estilhaços. Os olhos dele voaram em busca de Daniell, ouvindo os homens dizerem sobre o exército do sultão.


Última edição por Conde Vlad Tepes em Qua Jan 14, 2009 7:43 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyQua Jan 14, 2009 2:39 pm

Terminou de passar as coisas para os soldados que estavam a muralha e passou ordernar em volta. Queriam todos preparados e os que não pudessem lutar pegassem armas para se defender se preciso. Estava calmo, mas ele sabia que o tempo de calmaria estava para acabar.

Escutou os sinos, rosnando e mirando seus olhos vermelhos para a entrada e assistiu a explosão. Arregalou os olhos mas logo voltou a gritar, mandando que armassem logo as malditas catapultas e que se colocassem em posição. Aquele cheiro de carne queimada e sangue não lhe era mais incomodo, havia perdido a sensibilidade para aquele tipo de coisa.

Precisava se quisesse ser alguem dentro de um exercito.

Ele ordenava e esperava para o ataque. Assim que o avisaram que estavam na posição para o ataque, mando as catapultas começarem a ser atiradas junto com os arqueiros. Queria eliminar o maximo do exercito muçulmano antes que eles conseguissem chegar a fortaleza.

- ACABEM COM AS CATAPULTAS INIMIGAS! ACABEM COM ELAS!

Gritou a todos os pulmões para os homens que estavam controlando as catapultas. Precisava que eles ficassem sem catapultas. Sem elas ele demorariam mais para conseguir entrar na cidade.

(Ps: Deia, vc sabe que eu não sou boa com batalhas e panz 8'DD então me ajude um pouco também pq se depender de mim tudo a gente morre tudo 8'DDDDD)


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:52 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyQua Jan 14, 2009 5:49 pm

Ação para Marys e Vanessa:

Os homens acenaram com as cabeças e cumpriram como Daniella instruía. Os cristãos se esforçavam para colocar as rochas nas catapultas com a ajuda de um mecanismo onde três deles seguravam o aparador da catapulta, enquanto outros três praticamente arremessavam a pedra com a ajuda de uma alavanca de ferro.

Vladislaus pisou sobre um dos grandes estilhaços de vidros do edifício alvejado. Seu rosto iluminou-se, como se uma idéia lhe surgisse em mente.

Ele soltou-se suavemente de Laila, e abaixando-se, removeu a luva de uma das mãos. Pegou o caco de vidro na mão, averiguando o quão cortante e pontudo era, até que a palma de sua mão sangrou. Ele levou a mão aos lábios, experimentando do próprio sangue.

Levantou-se do chão, colocando seu braço sobre o ombro de Laila, e conduziu-os até Daniell.

- Retribua com a mesma moeda. – Vladislaus disse a Daniell. – Faça-os engolir as próprias pedras e que elas estejam ainda fervendo como o Inferno. – sorriu sombrio. - Peça para que coloquem fogo nas rochas.

Ele estendeu para ela um caco de vidro anguloso e cortante.

- E dê-lhes mais um presentinho de boas-vindas. - a ponta do vidro brilhou com a luz do Sol. - Esses pequenos destroços vítreos se atirados pelas catapultas podem alvejar vários soldados com uma chuva de estacas de vidros.

O conde pausou, virando-se a um dos chefes do exército.

- Quantos metros o inimigo está? – o conde ergueu a cabeça para as muralhas.

- Uns 500 metros, milorde.

- Não dê ordens de atirar as flechas. – Vladislaus virou-se a Daniell. – Não ainda. Eles estão longe. Quando faltarem 300 metros para alcançar as muralhas, alveje-os.

E num gesto suave, indicou o portão com a cabeça.

- Por enquanto, peça aos homens manterem posições no portão principal e se prepararem. Este é o primeiro exército, eles não podem penetrar as defesas. Você consegue fazer isso, Daniell? Seus homens são capazes disso?

(Off: Fique tranquila, Vá ^-^ ajudarei sim. Tb não sei muito de batalhas, então aprenderemos juntas.)
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 3 EmptyQua Jan 14, 2009 8:38 pm

Ela ficava andando de um lado para o outro, dando ordens e mais ordens.

Escutou o outro se aproximar e escutando seus planos sobre as catapultas. Concordou com a cabeça, achando aquilo uma boa ideia. Voltou a dar mais ordens, mandando-os se apressarem, mas ainda assim tomarem cuidado e fazerem tudo direito.

Aquele ainda era o primeiro batalhão deles. Se o Sultão tivesse vindo para aquela batalha, estaria no ultimo e mais protegido. Chegaria a ele de qualquer modo. Sorriu de canto, confuante.

Escutou-o falar para que não desse ordens para atirar as flechas, olhando-o e escutando seus planos.

Pensou um pouco, deixando a ordem ficar. O melho seria quando tivesse chance de acertar todos seus tiros, por enquanto ainda não era hora. Escutou a provocação de Vlad e sorriu para ele, confiante.

- Meus homens sabem me obedecer.

Ele novamente reforçou que os homens ficassem parados a frente da porta preparados para a defesa e o ataque, mas que não se movessem até que o momento fosse o certo. Sabia que eles ficariam impacientes, mas também sabia que eles não queriam morrer, e seguir as ordens do capitão sempre fez com que o numero de mortes fosse minimo.

(Deia, achei uma musica que é o tema da Danny xD Tsumi no Bara Video: Sinful Rose =3)


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:52 pm, editado 2 vez(es)
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