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 Primeira Manhã - O Combate

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Hassan Kabuk Saladino

Hassan Kabuk Saladino


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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptyQua Jan 14, 2009 9:26 pm

(vocês fazem ações demais rabbit *recuperando-se de problemas na coluna*)

Hassan chegara tarde para empunhar sua cimitarra contra os cristãos, uma vez que a batalha já havia terminado. Até preferia assim. Evitava derramar sangue sempre que possível, afinal, Allah não desejaria que uma vida fosse tirada à toa. Ao chegar no local da interceptação, procurou por Said. Hassan conhecia Said, e sabia que ele poderia ajudá-lo. Deslocou seu camelo até próximo dele e gritou uma saudação.

- al salaam a' Laykum, irmão Said. Boas são as sendas que Allah me fez percorrer até você. Como sempre, és um grande estrategista. Vede o que fizestes em tão pouco tempo! - saudava Hassan.

Enquanto escutava sua provável resposta, Hassan percorria com os olhos todo o campo de batalha, procurando por um cavaleiro morto que estivesse com as vestes em condição de dar-lhe um ótimo disfarce. Ainda, este precisaria ter mais ou menos a mesma altura de Hassan, que seria algo como um metro e setenta e cinco centímetros, para que as vestes e a armadura servissem. Foi então que pousou os olhos no rapaz, que era capturado. Era apenas uma criança, como Laila. Era tudo tão injusto. Por que colocavam crianças em meio a essa disputa sangrenta? Lamentou com um meneio de cabeça, antes de voltar a falar a Said.

- Meu regozijo em encontrá-lo só não é maior devido ao derramamento de sangue inevitável que se aproxima. Porém, minha missão é mais importante, pois sirvo a seu tio Mehmet. Devo encontrar dois fugitivos e, para isso, precisarei de sua permissão para pegar emprestadas as roupas de um dos cavaleiros mortos e, assim, conseguir me inflitrar na cidadela, após a primeira batalha de hoje. Acho difícil que consigamos tomá-la de imediato e, por isso, aproveitarei o caos para entrar lá. De lá, conseguirei, talvez, mais informações sobre a tática deles e esteja certo que você saberá. Como última informação, estive próximo à cidadela. Eles parecem possuir mais homens do que deveriam! Algum reforço chegou recentemente a eles, e esteja certo de que esta criança - apontou o jovem Ezequiel - estava indo em busca de mais. Ah, e claro, o conde Vladislaus certamente avisou ao comandante dos cristãos sobre as nossas próprias táticas de batalha, já que o sultão com frequência o consultava para formular suas próprias táticas.

Hassan descia de seu camelo enquanto falava em árabe antigo com Said, pois sabia que ele conhecia a língua. Tudo para que, em caso de algum dos europeus soubesse árabe, não pudesse entender a mensagem tática. Certo de que Said consentiria, o sufi caminhou até o corpo que mais lhe parecia compatível e começou a despir o cavaleiro. Apenas as roupas superficiais e a armadura eram necessários. A falcione de Hassan ficaria enrolada no pano vermelho que sustentava a espada do cavaleiro, que não tinha bainha, para disfarçar. Enquanto ouvia a provável resposta de Said, Hassan acrescentou seus últimos comentários, olhando Said nos olhos.

- Minha missão é recuperar a odalisca, Said, mas como a batalha é iminente e eu deverei ir até o local, diga-me se posso ser-lhe útil para alguma tática de batalha, faça-me saber agora. Estás dirigindo o exército do meu povo e, por isso, sou teu soldado. A minha espada e a minha oratória estão a teu serviço.
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptyQui Jan 15, 2009 5:26 am

Se a oferta do Barão de acietá-la na casa dele já lhe parecia perfeita, as investidas suaves, discretas e ainda assim inebriantes davam a certeza de que o lugar de Laila era na Europa. Não desejava mais ficar um dia sequer sob o risco de ser encontrada pelo Sultão.

O comentário do Barão a fez sorrir e depois também abraçá-lo. Mas era um abraço diferente, também amoroso, porém de uma filha para um pai:

- O Barão é um senhor excepcional. Contou-me sobre a terra onde vive, e que existe neve. Nunca vi. Quando for para lá, apreciarei a neve. - e depois ria com a advertência do nobre - Pode deixar, senhor Barão. Meu grito alcança a todos.

O sorriso era de ponta a ponta, radiante, solto. Como Laila nunca fez no palácio onde era uma odalisca escravizada. O estranho era que eli, com uma batalha iminente, sentia-se mais solta e à vontade do que no conforto do Palácio.

Tais pensamentos foram interrompidos com um estrondo. Laila abaixou a cabeça na hora, mesmo protegida por Vladislaus. O susto foi tal que ela não conseguiu reprimir um grito. Ao abrir os olhos novamente, o Conde afastava-se lentamente da odalisca, pegando um caco de vidro. Ela ficou apreensiva e empalideceu quando o homem cortou a própria mão. Bateu no braço dele com força, olhando-o num misto de raiva e preocupação:

- Está louco?? Ainda em recuperação, e fica se ferindo...para onde estamos indo??

Falava enquanto era guiada por ele, ropeçando algumas vezes e saltitando por alguns pedaços de madeira caídos no chão. Quando ele falou com Daniell e o comandante respondeu, a garota imediatamente reconheceu a voz: seu salvador do deserto. Olhava fixamente para ele, mas não com desconfiança: parecia muito mais com admiração e gratidão.

Voltando a si, prcebeu novas comoções, provocadas pela batalha. Puxou Vladislaus para um canto próximo, falando alto o suficiente para ele ouvir:

- Já vi o Sultão torturar presos com óleos e azeites ferventes...não é agradável de se ver, mas ao menos deixa resultados. Hanna e eu sempre víamos, por sermos as favoritas dele. Mas..eu tenho medo de Ari estar ali.

Abaixava um pouco mais a cabeça, desanimada. Ari era distante, mas sempre ajudava quando podia, mesmo sem poder sequer olhar para as odaliscas. E Laila, sem saber o porquê, sentia carinho pelo Daroga.
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Conde Vladislaus Tepes
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptyQui Jan 15, 2009 12:37 pm

Ação para Vanessa:

Vladislaus sorriu, parecendo ter apreciado a resposta. Quando ia falar algo, sentiu a pressão dos dedos da jovem Laila em seu braço, e deixou-se ser afastado por ela.

Os cristãos, seguindo as ordens de seu comandante, arremessaram as poderosas bolas de fogo gigantes, como também os estilhaços de vidros com as catapultas sobre os adversários. O estrago foi grande.

As bolas de fogo ao atingirem seus alvos, explodiam e queimavam tudo ao seu redor, enquanto os estilhaços de vidros se espalhavam velozmente e atingiam olhos, pescoços e membros dos inimigos, aniquilando ou incapacitando vários árabes de prosseguirem no avanço, numa só tacada.

Algumas catapultas dos inimigos foram destruídas, diminuindo o poder de fogo do adversário. Mas eles não pareciam, ainda, determinados a desistirem. Continuaram avançando em direção as muralhas.

Ao alcançarem os 300 metros, Casimir aguardou que Daniell desse a ordem de disparar as flechas. Quando ela assim o fez, ele fez sinal a seus homens, erguendo a espada para cima e baixando-a rapidamente.

As flechas dos arqueiros, juntamente com as flechas disparadas nas Torres de Vigilância, quase sempre encontravam seus alvos, acertando-os no pescoço, cabeças e corpos, porém, no lugar de cada atacante morto em combate, apareciam outros que prontamente fechavam quase imediatamente a lacuna deixada pelo morto.

(Off: Opa ^-^ tem no youtube? Quando chegar em casa, vou buscar.)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptyQui Jan 15, 2009 4:11 pm

Ação para Aloisio:

Depois da batalha, com a cimitarra empunhada, Said observava os prisioneiros em sua sela. Ouviu então alguém lhe saudar. Era uma voz de homem, um homem que Said conhecia, mas não muito bem. Um homem em quem confiava, mas agora não conseguia se lembrar do nome dele.

- Al salaam a' Laykum. – acenou com a cabeça. - Não são meus méritos, mas sim, somente de Allah. Somos apenas os instrumentos de sua vontade.

Quando Hassan contou sobre suas observações na fortaleza assediada pelos infiéis, podia ver o rosto de Said se alterar, num misto de raiva, exaltação e confusão. Ao Hassan apontar o menino que era retido por um dos fortes árabes, observou-o com intensidade pela primeira vez, notando que era um rapaz alto e magro, com o cabelo encaracolado, mas ainda uma criança.

O garoto estava escrupulosamente bem vestido, mostrando ser alguém de família nobre, mas com a roupa assustadoramente puída. Suas botas lustrosas estavam gastas no calcanhar. Havia determinação naqueles olhos, mas Said também via um medo incontido. Já tinha visto muitos daqueles meninos no harém de seu tio, mas não eram tão expostos quanto as meninas.

Ezequiel examinou Hassan atentamente, quando percebeu que o recém chegado falava dele, até que seu capturador exigiu que ele abaixasse a cabeça e deixasse de encarar. O menino obedeceu e gemeu ao sentir os olhos serem vendados por uma grossa venda negra.

- Shukran. Suas palavras tiveram grande valor. Só posso oferecer gratidão. Por isso, sinta-se livre em cumprir sua missão. Creio que estes soldados infortunados não irão se importar em empresta-lhe alguma de suas vestimentas.

Pelos corpos de cristãos caídos, havia um que se enquadrava perfeitamente as medidas de Hassan. Era um cavaleiro que tinha sido duramente abatido na batalha. Seu rosto estava todo machucado e tinha grandes manchas roxas sob os olhos.

- Mehmet saberá das noticias que você tão bem me trouxe. Que Allah o abençoe.

Said observou com calma Hassan despir um dos cristãos, tomando-lhe as roupas.

- A odalisca Laila, a menina de olhos verdes, não é? Eu me lembro dela no harém de meu tio, era uma de suas favoritas. Impossível de se esquecer daqueles olhos e de sua graciosidade ao dançar. Uma obra prima, realmente linda de se ver. Meu tio a chamava de jóia do deserto, devo imaginar a ira que ele se encontra agora com o seu rapto. Os mensageiros me trouxeram as noticias de que ela desapareceu com um dos prisioneiros de meu tio, e que ela poderia está sendo levada em uma destas carroças. Já vasculhamos e nem ela ou o prisioneiro estão aqui.

Um sorriso frígido esboçou em seus lábios.

- Agradeço novamente por sua fidelidade. Mas não vou desviar seu caminho. Neste instante, você será mais importante como um espião de Mehmet, do que se servisse e morresse em meu batalhão.

O sorriso desapareceu, dando-lhe uma expressão fria.

- Entretanto, posso ajudá-lo a se infiltrar na cidadela. Neste momento, o primeiro exército deve está a combater com o exército cristão. Assim como você, não penso que eles conseguirão tomar a cidade neste primeiro combate, mas facilitará para quando meu exército se confrontar aos deles.

Ele apontou com a cabeça para os prisioneiros.

- Levarei esses prisioneiros a meu tio, para serem interrogados. Você pode simular uma fuga, esperar a primeira batalha acabar e contar ao comandante cristão como quase você se tornou um dos prisioneiros desta emboscada. Ou, você pode esperar uma troca de prisioneiros, com você na pechincha. Pensei em trocar um deles por Laila.

(Off: Sério? Problemas na coluna, moço? o.o)
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptyQui Jan 15, 2009 9:08 pm

Estava ficando satisfeita com as ações de seus soldados. Continuou ordenando para que atirassem com as catapultas. Queria acabar com pelo menos um terço daquele exercito sem entrar realmente em um combate corpo a corpo.

Esperou para que entrassem na area das flechas e mandou também que começassem a atirar.

Mesmo sendo um pouco assustador o fato de terem sempre alguem para preencher a lacuna, ela sabia que aquilo queria dizer que estavam se esforçando ao maximo para conseguirem chegar as muralhas. Se continuassem assim, quando chegassem a muralha já teriam perdido boa parte de seu exercito.

Voltou a mandar que atirassem as catapultas com estilhaços e bolas flamejantes contra eles.

(Off: Os dois nomes do meu post anterior são Links =3
Ps: Danny: COMO OUSAM CAPTURAR MEU FUTURO ESCRAVO erm... FUTURO MARIDO, erm... MEU ESCUDEIRO?! D< MORRERÃO TODOS )


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:54 pm, editado 4 vez(es)
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptyQui Jan 15, 2009 9:18 pm

(Off - é, um espasmo muscular... mas estou me cuidando, obrigado Cool )

Hassan ouviu atentamente a todas as palavras de Said, sorrindo ao saber que seria ajudado pelo hábil comandante. As duas idéias haviam lhe agradado, mas a da troca de prisioneiros parecia menos arriscada. Se ele simulasse uma fuga da batalha, era capaz de ser acusado de traição pelos cristãos e preso. Mas, se forjasse uma rendição e contasse a história do embate curto que os muçulmanos tiveram com o comboio liderado pelo menino, poderia ser plausível que ele tivesse sido feito prisioneiro. Então, disse-lhe, em árabe antigo:

- Forjar uma fuga da batalha parece arriscado. Se eu me apresentar ao comandante cristão sem ferimentos após ter fugido da batalha, parecerá covardia. Eles poderão me prender por traição e talvez até me executarem. A sua outra idéia é muito melhor. Trocar-me como prisioneiro explicaria porque não tenho ferimentos, e ainda seria mais convincente, pois trocar um prisioneiro ferido geralmente não gera boas recompensas. Contudo, creio que não vamos conseguir trocar Laila. Se ela estiver sob domínio do conde, ele não cogitará entregá-la, já que ela esteve no meio dos cristãos e pode segredar ao sultão muitas informações valiosas. Seria até melhor, pois para trocar a odalisca por um prisioneiro, ele deveria ser muito valioso, como um comandante. E para meu disfarce dar certo, devo ser apenas mais um cavaleiro. Porém, eu tive outra idéia...

Hassan olhou para o menino novamente, e pediu que o árabe que o estava levando se detivesse por um momento. Sua expressão tranquila e seu raciocínio afiado trabalharam em conjunto e um brilho no olhar de Hassan surgiu. Mais que rapidamente, ele indagou ao rapaz, de forma bastante educada:

- Rapaz, preciso saber o seu nome. Por favor, eu gostaria que me dissesse.

Voltando novamente o olhar a Said antes de escutar a resposta da criança, Hassan começou a conversar novamente, falando em árabe antigo outra vez:

- Este rapaz traja roupas nobres demais para uma criança de sua idade. Os cavaleiros o estavam cercando, não é? Talvez ele tenha mais importância do que parece. Eu sugiro que o troquemos por Laila. Se ele for um nobre, não hesitarão em trocá-lo por uma escrava muçulmana. Eu quero ser um dos cavaleiros que serão prisioneiros, juntamente com o rapaz. Assim que conseguirem a odalisca, apenas a mantenham sob custódia. Eu investigarei a cidadela, tentando descobrir o que puder. Se a missão de resgatar a dançarina já tiver sido cumprida, me sentirei muito mais à vontade para exercer minhas habilidades de espionagem e ajudar meus compatriotas. Após isso, deixarei a cidade, e levarei pessoalmente Laila a Mehmet, para longe desta guerra. Para que meu disfarce não seja delatado, mantenham a venda no rapaz e não ofereçam mais nenhum prisioneiro em troca: apenas eu e o rapaz. Assim, poderemos recuperar algum de nosso exército que seja importante e tenha sido feito prisioneiro e, ao mesmo tempo, a jóia do deserto. O que me diz, irmão Said? - perguntava Hassan, já preparando as roupas e a armadura do soldado, para depois levar para um local mais afastado e vestí-las.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 5:11 am

Ação para Marys:

O conde sorriu ao ver a cena onde Laila abraçava o barão. Conhecia o nobre, e sabia que era um dos poucos que poderia, de fato, confiar. Principalmente, se referisse ao bem-estar da sarracena. Ouviu as palavras da garota e ele não conseguiu ocultar um sorriso malicioso.

- E lobos. – o conde disse de repente, com uma voz suave e misteriosa. - Certamente o barão deve ter relatado também sobre os lobos que vivem no interior da floresta de Cárpatos e que frequentemente são vistos perambulando aos arredores dos castelos e das aldeias. – seu sorriso se estendeu ainda mais. - Sem esquecer-se de citar, é claro, os lobisomens.

O barão riu, como se houvesse uma verdade naquilo, ou pura crendice.

Neste instante, ele estava agachado, analisando o vidro em mão. Sentiu então o forte e inesperado tapa em seu braço. Ele olhou para ela, com um olhar surpreso, mas logo riu, um riso baixo e manso, completamente divertido com a inusitada ação. A sobrancelha enrugou, irônico.

- Ah, que romântico. Sempre tão preocupada comigo. – disse, massageando o braço. – Que chega a doer.

Sem hesitação, levantou-se e pôs o braço ao redor de seus ombros, a mão direita na enorme massa de cabelos pretos, finos e perfumados da jovem. Um sorriso se apareceu nos lábios dele, quando ela perguntou onde estavam indo.

- Logo saberá.

Quando terminou de explicar seus planos a Daniell, sentiu-a tocar em seu braço de uma forma mais urgente e deixou-se ser conduzido por ela para um canto. Pausando os passos, olhou-a nos olhos, intrigado. Escutou-a explicar detalhadamente o processo de tortura muito usado pelo sultão contra seus prisioneiros, surpreso por ela está lhe contando aquilo, e surpreso por ela ter assistido ao processo de tortura.

- Sim, é verdade. Seu marido com freqüência cozinhava os prisioneiros vivos e reunia uma pequena platéia entusiasmada para assistir o seu gosto culinário exótico. Cada vez que penso nisso, penso que perder só a cabeça não era de todo ruim. Mas é uma idéia engenhosa, jóia árabe. Pode dá muito certo.

Ele fez um sinal, e rapidamente Estevão se aproximou.

- Prepare caldeirões com óleo fervente.

Estevão piscou, como se não tivesse entendido direito o que era para fazer. O conde ignorou.

- Laila os ajudará na tarefa. Faça da forma que ela ordenar. Quando os primeiros caldeirões estiverem prontos, traga-os para cá.

Voltou seu olhar para Laila.

- Não, não acho que chefe da guarda esteja ali. Não ainda. O sultão virá com o próximo exército e trará seu cão de guarda domesticado com ele.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 6:49 am

Ação para Vanessa:

A areia do deserto estava manchada de sangue.

Casimir comandava seus soldados com autoridade, mostrando ser um homem bastante experiente como comandante. Via-se em seu rosto uma ferocidade igual a de um tigre. Ele tratava de manter os homens unidos a frente dos portões, principalmente quando as primeiras batidas nos portões vieram, na tentativa dos árabes de adentrar na cidade. O duque berrava como um possesso.

- Mantenham posições! – ele dizia, o cavalo debaixo de si movendo-se agitado. – Segurem os portões!

Casimir sentia que seu elmo estava quente, e se sentia torrando dentro da capa de corte perfeito, que esvoaçava a medida que o cavalo cavalgava. Abriu a frente da capa e se libertou dela, que voou alguns metros antes de cair suavemente no chão.

Com os portões fechados e mantidos pelo exército de Casimir e Daniell, os homens seguiram mais uma vez as ordens de Daniell. Os arqueiros atiravam seus estoques de flechas, e as catapultas lançavam chuvas de pedras flamejantes e estilhaços de vidro, como num verdadeiro Inferno.

Pouco tempo depois, o exército inimigo tinha sido quase dizimado. Os poucos sobreviventes, resolveram recuar. Daniell tinha conquistado a vitória.

(Off: Hahahaha... Danny, eu tinha que utilizar seus sentimentos por Ezequiel contra você =) senão, não teria graça)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 9:53 am

Daniell continuava a ir de um lado para o outro, mantendo os ataques constantes. Queria poder acabar com aquilo logo, se possivel acabar com aquele batalhão inteiro sem ter que botar a vida de mais de seus soldados em risco.

Assim que avisaram que não sobrara quase nada do outro batalhão Daniell sorriu de canto.

- Não cantem vitória ainda. Quero que fiquem preparados para mais ataques! Armem as catapultas para deixá-las prontas para o proximo combate!

Gritou, seus cabelos voando ao vento. Aquilo dava a ele uma aura ainda mais forte e ao mesmo tempo cativante.

Sabia que mais coisas estavam por vir, mas eles estariam preparados. Ordenou que todas as flechas disponiveis fossem repostas e que seus soldados ficassem alerta para futuras batalhas. Os olhos vermelhos passeavam pelo horizonte, em busca de algo, depois olhou para o céu, querendo saber que horas provavelmente eram.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:54 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 12:46 pm

Ação para Aloisio:

Os árabes revistavam os sobreviventes do massacre em busca de armas e objetos interessantes, enquanto alguns dos sarracenos divertiam-se em dizer aos cristãos o que lhes aconteceriam, contando-lhes as maiores atrocidades.

O menino foi jogado na carroça, com os olhos ainda vendados. Ele caiu em meio a almofadas macias e peças de tecido, enquanto outros prisioneiros também eram colocados na mesma carroça. O menino aconchegou-se na carroça, o corpo meio deitado e meio sentado nas almofadas. Estremeceu quando pensou nas conseqüências terríveis diante dele. Não sabia para onde estavam o levando e não havia entendido uma única palavra da conversa dos dois árabes. Mas antes que eles pudessem partir, os sarracenos escutaram o pedido de Hassan, detendo-se.

Percebendo que Hassan agora falava com ele, seu cenho alvo levemente franziu, prestando absoluta atenção.

Ezequiel prendeu a respiração. O menino ignorou a pergunta de Hassan fingindo não a ter ouvido. Embora fosse uma pergunta simples, nas condições dele, era uma pergunta perigosa. Estava claro que ele não queria Hassan por perto e não confiava nele.

- Ele te fez uma pergunta, moleque. – disse um dos árabes, de forma mais ríspida.

A expressão do menino se tornou lívida, mas ainda não veio nenhuma resposta. A venda nos olhos já começava a fazê-lo sentir incomodo. Ezequiel realmente desejava enxergar para conhecer seu interlocutor que tinha um falar manso e educado, mesmo em se tratando de um selvagem.

Ele baixou suavemente a cabeça, começando a sussurrar num tom quase angelical.

- Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomem tuum. Adveniat regnum tuum...

Said assistiu o menino começar a rezar um pai nosso, numa convicção religiosa, ouvindo-o como se fosse os sons sagrados de uma mantra. Um sorriso suave e sereno vagou em seus lábios vermelhos como uma vaga brisa suave. Parecia a Said que o menino estava disposto a não colaborar. Teimosia juvenil, ele pensou.

Said moveu a cabeça em sentido afirmativo, concordando com as palavras de Hassan.

- Sim, é verdade. Observando-o mais atentamente, pode ser que ele seja filho de um nobre importante. Os cavaleiros que estavam o cercando, se mostraram bastante afoitos quando nos aproximamos dele, mais do que seria normal. Está certo, meu irmão. Estou de acordo a seus planos.

Said olhou rapidamente para o menino.

- Trocaremos o jovem fidalgo pela odalisca Laila, e você por um prisioneiro que estiver nas mãos daqueles impiedosos infiéis. Não se preocupe, manteremos os olhos dele vendados, para que ele não possa reconhecê-lo. Alguns de meus homens irão acompanhar os reféns na traseira da carroça. Nada como uma boa ameaça de ser degolado por uma cimitarra, não faça o menino pensar duas vezes antes de remover a venda.

Os olhos frios do jovem sobrinho do soberano voltaram-se aos de Hassan.

- Não devemos nos demorar, entretanto. Em pouco tempo, meu exército alcançará a fortaleza assediada pelos cristãos e ainda preciso me encontrar com meu tio. – olhou para as roupas nas mãos de Hassan. - Você poderá nos unir quando estiver pronto, meu irmão.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 2:47 pm

Ação para Vanessa:

Já era quase meio-dia. Era visível na expressão de cada cruzado o cansaço, a fadiga e o sofrimento pelo calor escaldante do deserto. As muralhas ainda estavam de pé por um milagre, contudo, bastante quebradiças, quase a ponto de desmoronar com um simples assoprar.

A próxima batalha, Daniell estava certo que seria massacrante. Haveria combate corpo a corpo.

Ela podia ver os sinais claros deixados após uma batalha. Rastros de sangue e corpos mutilados de seus aliados e de seus inimigos espalhados dentro e fora da fortaleza. Próximo aos portões, montado num cavalo de cor branca, estava o Duque Casimir, que enxugava o rosto com a manga de sua blusa. Há poucos metros dali, ela podia ver Vlad e Laila conversarem com um espantado Estevão, que parecia aterrorizado como se o casal estivesse lhe contando a maior estória de horrores.

Próximo à muralha, o Barão estava sentado em um pedaço quebrado do muro, tendo seus ferimentos cuidados por ele próprio. Tinha ficado na linha de frente o tempo inteiro e quase sido fatalmente atingido por uma das bolas flamejantes lançadas pelo exército inimigo. Parecia não está se sentindo muito bem.

Com as novas ordens de Daniell, toda a comemoração aos poucos se findava, os sorrisos de empolgação e moral interior se desfaziam. Os soldados a encararam, com olhares confusos. Para eles, a batalha tinha acabado ali e eles tinham saído vitoriosos. Casimir não disse nada. Ele olhou intensamente para o comandante, sabendo que Daniell estava certo. Então ele gritou, reforçando a ordem do comandante. Os cristãos prontamente retomaram suas antigas posições, os lançadores armando as catapultas e os sentinelas em total alerta.

Casimir cavalgou em direção a Daniell, freando o cavalo assim que se encontraram frente à frente, focinho a focinho.

- E não é que o moleque tem talento... – Casimir ironizou.
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 4:26 pm

Olhou para as muralhas. Se não houvesse outra maneira, na proxima batalha, teriam de derrubá-las sobre os inimigos antes que eles fizessem o inverso. Assim acabariam com bastante deles ainda em um só golpe. Precisava pensar.

A proxima batalha não seria mais no horizonte, mas sim naquela cidade. Se as catapultas continuassem onde estavam ficariam inutilizaveis por serem armas de longo alcanse.

- Deixem algumas catapultas mais afastadas. Vamos precisar nos utilizar de tudo que pudermos durante as proximas batalhas!

Gritou, observando já começarem a seguir suas ordens. Estava também cansada e maltratada por aquele calor infernal, mas quando chegasse a noite aquilo tudo teria valido a pena e ela teria saido novamente vitoriosa.

Respirava um pouco ofegante por causa daquele calor infernal. Olhou para todos notando Vlad, Cassimir e o Barão com quem não havia ainda tido uma conversa. Viu que ele estava bem machucado.

Olhou Cassimir se aproximar, arquenando a sobrancelha quando o escutou.

- Se não soubesse já teria morrido a bastante tempo.

Riu-se, depois, olhando para o Barão.

- Me faça um favor e procure alguem que possa tratar dos ferimentos do Barão. Infelizmente não temos tempo para essa troca de ironias.

Saiu com seu cavalo branco na direção do barão, parando ao seu lado e descendo do cavalo.

- O senhor está bem...?

Olhava-o séria.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:57 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 6:09 pm

Ação para Vanessa:

O barão fez uma careta de dor ao tocar na ferida do ombro, a face bastante pálida, mas não emitiu som nenhum. Estava ferido e parecia muito mal, o calor sufocante somente agravava mais sua delicada situação, mas o homem ainda oferecia resistência.

Ouvindo o suave trote de cavalo, o barão ergueu us olhos em direção a ela.

- Meu comandante. É um prazer tua presença. – ele fez uma suave reverencia com a cabeça.

O barão era um homem moreno, com seus aparentes quarenta e dois anos, cabelo escuro, ainda atraente, com o corpo forte de um mestre de armas e um rosto que mudara pouco desde sua juventude. Ele já não sentia muito bem o braço, a ferida inchada, cheia de sangue seco. Com o braço largo e forte, a ferida ficava ainda mais exposta a olho nu, feito à carne crua.

Um segundo depois se recompôs, o rosto molhado esboçando um sorriso forçado.

- Bobagem. Eu estou bem. – acenou com a cabeça. – Só um pouco exausto. Obrigado pela sua preocupação, comandante. Acho que preciso me lembrar com mais freqüência que nunca se deve entrar em batalha sem uma proteção nos braços. – riu. – Ezequiel quem cuida destes apetrechos para mim. Se não fosse por ele, aposto que eu esqueceria até de minha espada. Ele é um bom escudeiro. Um bom menino.

Ele olhou em seus olhos com intensidade e, decidido, levantou-se. Recuou, cambaleando alguns passos, encostando as costas no muro.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 6:46 pm

Ele acenou com a cabeça quando ele percebeu sua aproximação, olhando para os machucados pelo corpo do barão com preocupação. Percebendo o sorriso forçaro e a voz cansada e com tom machucado ela o apoiou quando ele quase caiu. Daniell não possuia visivel força fisica, mas parecia saber como se virar para suprir aquela 'deficiencia'.

- Não fale que é bobagem, esses ferimentos parecem sérios de mais para serem considerados como tal.

Suspirou, ajudando-o a se sentar. O barão podia perceber como os traços do capitão agora ficavam um pouco mais femininos como a preocupação de uma garota, mas logo voltou a olhá-lo sério quando falou sobre o jovem escudeiro Ezequiel.

Concordou com a cabeça.

- Ele é um bom garoto e crescerá bastante, mas ele quer que o senhor continue ao lado para ajudá-lo e eu prometi que garantiria isso. Enquanto eu for o comandante por aqui, o senhor terá de ficar bem, nem que eu o force a se cuidar. - Sorriu de canto, mostrando que não estava brincando.

Passou as mangas pelo proprio rosto, o secando. Os cabelos loiros estavam se grudando ao rosto delicado de Daniella e escorrendo por seus ombros e costas. Era bela, e mesmo no meio de tanto sangue e suor, nada aquilo parecia afetar aquele traço.


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:58 pm, editado 1 vez(es)
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Hassan Kabuk Saladino

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySex Jan 16, 2009 6:58 pm

Hassan compreendia cada palavra que Said falava como se um sábio o estivesse orientando. Embora não tivesse a compreensão mística de Hassan sobre o Islã, o sobrinho de Mehmet parecia saber mesmo o que estava fazendo. Então, sem mais demoras, Hassan se afastou e trocou suas vestes pelas do cavaleiro. Se perguntado por sua identidade, ele seria Jean, um cavaleiro francês enviado por Luís XIV para auxiliar as cruzadas. Hassan tinha um excelente domínio da língua francesa, inclusive o sotaque, pois várias vezes precisou visitar colônias da França na África, fosse em missão militar ou religiosa. Ele estaria seguro conquanto pudesse evitar a presença do conde, única pessoa que poderia reconhecê-lo. Mesmo assim, já fazia muito tempo que o conde não o via, e sua aparência estava levemente diferente. Hassan agora tinha a barba mais curta, e suas feições não eram tão jovens. Seu olhar era mais manso por agora possuir mais esclarecimento. Era igual e ao mesmo tempo, diferente. Após vestir-se, retornou a Said, ainda falando em árabe antigo.

- Estou pronto, irmão Said. Ordene a seus homens que me tratem como um legítimo prisioneiro. Se necessário, que me açoitem e torturem. Não posso ser descoberto. Se os cristãos tiverem sido bem-sucedidos nesta primeira batalha e se não conseguirmos logo a vitória, talvez uma infiltração seja a única maneira de derrotá-los. Fique em paz, irmão, e que Allah o guie à vitória.

Dizendo isto, Hassan pôs o elmo e ajeitou a espada longa do cavaleiro. Decidiu que deixaria o restante de seus pertences sob supervisão de um dos servos do exército de Mehmet, bem como deixou seu falcão e seu camelo aos cuidados do mesmo. Travestido de cavaleiro, Hassan deixou-se ser jogado como um legítimo prisioneiro no mesmo local onde mantinham Ezequiel em cárcere. Ele bateu a cabeça, machucando-se levemente e gemendo de dor, como se tivesse realmente doído. Após isto, virou-se para o rapaz, com um ar de preocupação legítima, indagando-o em francês.

- Meu senhor, o senhor está bem? Como puderam fazer-lhe mal? O senhor não deveria ter vindo conosco, sabíamos que era perigoso... por favor, diga-me que está bem...
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Conde Vladislaus Tepes
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySáb Jan 17, 2009 6:49 am

Ação para Vanessa:

Logo, um dos homens trouxe água para o barão refrescar-se, aos olhares de águia e muito atentos de Casimir. O barão suavemente agradeceu a gentileza do cavaleiro, molhou um pouco a nuca, depois escondeu o rosto entre as mãos. Então, o duque ordenou aos seus cavaleiros que se preparassem para resistir ao ataque. A histeria tomou conta de muitos cristãos que não tinham meios para deixar a fortaleza, cuja sorte era mais que incerta.

O barão respirava com dificuldade, os olhos fechados. Estava por demais cansado. A falta de ar e o bafo cálido do deserto lhe provocavam tontura, mas o jeito era vencer a dor e a fraqueza, se quisesse ter uma chance de ainda lutar.

Não conseguiu disfarçar sua decepção com as palavras de Daniell, da mesma forma que Ezequiel não conseguiu disfarçar ao ser dispensado da batalha, embora em seu intimo admitisse que Daniell tinha razão, que ele estava precisando de cuidados agora.

Ele olhou para Daniell. Percebia que o comandante era um homem muito bonito e interessante, mas um tanto misterioso.

- Não vou me render, comandante. A próxima batalha será difícil, posso garantir que serão muitos os inimigos. Você precisará de toda força possível para ter uma chance de derrotar essa invasão. Eu ainda posso lutar. Tenho minha espada, e minha fé em Deus.
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Laila Al Hashid Zawari

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySáb Jan 17, 2009 9:35 am

As palavras de Vladislaus trouxeram rubor ao rosto já muito amorenado de Laila. Ela sorriu timidamente, dpeois chegando-se perto de Estevão e falando num tom de voz suave, mas ainda assim decidido com relação às novas emboscadas:

- Deixe o óleo ferver. Em seguida, coloque algumas pedras grandes nele, para atingir os inimigos. O óleo que sobrar será lençado nos combatentes adversários mais próximos, e eles fritarão como o jantar do Sultão.

Cerrou um pouco os olhos quando o Conde disse "marido". Era uma palavra que Laila odiava, e ela não considerava Mehmet seu esposo, em nenhuma hpótese.

A jovem odalisca dava as instruções sem pestanejar...até o momento em que viu o Barão sentado, cuidando de ferimentos. Seu rosto compadeceu-se e ela deu algunhs passos na direção dele, porém deteve-se. O Barão a percebeu e, com o rosto, m,ostrava confiança em Laila. "Ajude-os", foi o que leu nos lábios dele.

Ela encheu-se de nova coragem, voltando para o Conde e Estevão, ainda falando com eles:

- Deixe o óleo ferver, senhor Estevão! O suficiente para que frite os ossos deles, eu não quero voltar para o Sultão!
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySáb Jan 17, 2009 10:27 am

Ação para Aloisio:

- Meu tio, neste exato momento, deve está no acampamento onde nós encontraremos com o restante das tropas. Estaremos lá em alguns minutos. – Said falava com calma e naturalidade. – Que Allah o guie a obter o sucesso nessa missão.

Said repassou as ordens aos seus homens, pedindo com um sorriso divertido para que não fossem delicados com Hassan, mas que também tivessem o cuidado de não exagerarem nas batidas. Sem esperar mais, um homem alto e magro, com a densa cabeleira preta escondida dentro de um turbante branco, segurou Hassan pelos pulsos e jogou-o na carroça sem nenhuma delicadeza, mostrando que realmente estava levando a sério as ordens. Depois, ele mesmo subiu na traseira da carroça. Com a ponta do pé acertou Hassan em cheio no lado direito do corpo e deu ordens para que partissem.

O outro árabe puxou de repente as rédeas dos cavalos, e as rodas da carroça soltaram um ruído estridente.

O sol, batendo enviesado pela direita, deixava na sombra parte do rosto redondo do menino. Com o movimento brusco da carroça, o menino rolou em direção a Hassan, chocando-se contra seu corpo. Ezequiel permaneceu um tempo enorme na mesma posição, até que os cotovelos, que suportavam quase todo o peso de seu corpo, começaram a doer. Então ele sentou-se com as costas na borda da carroça, os joelhos dobrados encostados ao peito.

Neste instante, o princípe sentiu seu ombro se tocar com o ombro de Hassan, e com uma expressão aflita, as sobrancelhas se juntaram. Mesmo sem ver-lhe o rosto, teve uma sensação estranha. Medo, talvez. Mas logo se acalmou quando escutou o sotaque europeu, a voz suave e preocupada, e o tratamento refinado com que lhe dirigia.

- Eu estou bem, não se preocupe. Eles não fizeram nada comigo. – respondeu suave. – Vir com vocês era perigoso, mas ficar na fortaleza também era.

O garoto franziu o cenho.

- Tenho certeza que não foi coincidência. Se armaram essa emboscada para nós, sabiam o momento que nossa caravana passaria neste trecho. Eles estavam nos observando há muito tempo. Não entendi nenhuma palavra que eles trocaram, mas muitas vezes, tive a impressão que falavam a meu respeito.

Ele pausou. Deu um suspiro, e dirigiu-lhe com um tom preocupado.

- Está muito ferido?
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySáb Jan 17, 2009 11:51 am

Ação para Marys:

O conde manteve-se em silêncio, somente a observá-la com tanto interesse quanto faria a uma rica obra de arte. Sim, era uma mulher surpreendente. Possuía fibra, energia, uma mulher que podia fita-lo nos olhos e não se sentir incomodada com isso. Contudo, não deixava de ser delicada. Às vezes em que ele a teve em seus braços, tinha sentido a estrutura de porcelana de seu corpo, que com um aperto mais forte pudesse se esmigalhar.

Ainda, era fantástica. O jeito com que ela agia, poderia ser muito facilmente um senhor da guerra, se não fosse o fato de ser uma mulher. Uma mulher que havia salvado sua vida durante o jantar e o libertado da prisão.

Ele deixou que ela tomasse a frente dos planos, avaliando com extremo deleite o choque nos olhos de Estevão. O cavaleiro ruivo não acreditava que estava recebendo ordens de uma mulher, e ainda mais, uma muçulmana.

Quando Estevão consentiu e foi cumprir as ordens, Laila podia contemplar o fingido olhar de surpresa e choque nos olhos de Vlad.

- Jesus, me chicoteie. Eu não posso acreditar que eu trouxe comigo uma torturadora. Isso explica muitas coisas como à mordida, o tapa...

As mãos cálidas do conde a tocaram sobre os ombros. Ele se posicionou a frente dela.

- Você não vai voltar para o Sultão. Nunca mais. Eu vou levar você comigo para a Europa.

Seus olhos desceram para o corpo dela e sorriu malicioso.

- Começar a montar meu próprio harém por lá.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySáb Jan 17, 2009 2:18 pm

Ela o olhou, ser refrescado e parecer ficar ofendido com suas palavras. Bem ofendido ou não ela tinha uma promeça a cumprir e não iria parar isso somente por que o homem queria ainda lutar.

Respirou fundo quando o escutou. Aquilo era verdade. Precisava de toda a ajuda que pudesse ter naquele momento. Pensou um pouco, como se estivesse a analizar a situação.

- Eu sei disso e entendo a sua preocupação, mas eu fiz a promeça a aquele jovem, e eu pretendo cumpri-la. - Olhou-o, sériedade em seu olhar rubro. - Porem não posso impedi-lo de batalhar. Por isso gostaria que por enquanto se refugiasse do sol e quando a batalha estiver para vir fique por perto para que possa honrar minha promeça.

Falou, olhando em volta e vendo que o Conde ainda conversava com a muçulmana e que Cassimir o olhava com intensidade. Bufou, tirando novamente o suor do rosto, para poder olhar para as portas daquela cidade.

Sentiu um mal pressentimento. Alguma coisa lhe dizia que ela infrentaria uma batalha muito alem da esperada.

Somente aquele pensamento lhe faziam ficar inquieta. E aquilo não era bom. Não se sentia assim a anos. Ela deveria ter escutado as palavras de seu Tio. Suspirou, olhando para o lado. Não era hora para aqueles tipos de pensamentos frageis.

(Off: Filha, não fale de fritar ó.o fritei meu dedo hj i^i""")


Última edição por Daniell Lourenth Suzano em Sex Jul 24, 2009 12:58 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySáb Jan 17, 2009 4:52 pm

Ação para Vanessa:

Pingos de suor escorriam por seu rosto moreno pelo Sol. Ele parecia tão pobre na sua capa marrom e desgastada; um nobre com ar modesto, bastante diferente do olhar arrogante de Casimir ou perigosos como eram os de Vlad.

- Você está certo, comandante. Afastar-me do Sol, por um instante, será muito melhor para minha saúde e disposição, depois de uma longa manhã de trabalho. – disse o barão, sem alterar o tom calmo de sua voz. - Irei para a minha tenda, mas me terá na batalha.

O barão sorriu, mas pausou, quando a viu fitar em direção aos portões da cidade. Quando Daniella voltou-se a ele, viu para a sua surpresa, que o barão a observava atentamente.

- Você também está preocupado. Dá para ver em seus olhos. Isso é um mau sinal, um comandante nunca se mostra aflito na frente de seus cavaleiros.

Sua voz soou como uma benção quando ele falou novamente, num tom calmo, mas seguro. Sua presença era tranqüilizadora. O barão parecia mais que um nobre e um cavaleiro, e sim, um homem experiente, um homem que parecia entender as nuances que se passavam no interior de um jovem comandante.

- Lembra quando você liderou apenas duzentos homens contra mil mamelucos? Você saiu vitorioso daquela batalha, embora poucos acreditassem em você. Foi um verdadeiro milagre do Senhor. Um pensamento mau como a derrota agora, seria um pecado contra Deus e àqueles que morreram por Deus e por você.

(off: Coitada da minha filha ó.ò)
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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySáb Jan 17, 2009 8:34 pm

Hassan sorriu ao ver que seu plano estava dando certo. Ezequiel acreditava que ele era mesmo um cavaleiro francês. Quando o menino se aconchegou perto dele, Hassan fez o possível para que ele ficasse confortável, mexendo-se até encontrar a posição adequada. Ouviu o jovem rapaz falar sobre o fato de os árabes saberem quando a caravana passaria e não pôde deixar de sorrir ao lembrar que ele mesmo os notara primeiro. No entanto, respondeu em francês:

- É verdade, meu senhor... hnnnn - deu um gemido de dor e continuou - talvez... talvez haja algum espião entre os nossos, alguém que esteve muito tempo com os sarracenos e que poderia, em troca de algum favor, nos delatar. Ah, que Cristo não o permita!

Hassan não teve muita escolha. Teria que fingir ser cristão, embora internamente pedisse perdão a Allah cada vez que mencionava o nazareno. Tinha certeza que Allah compreendia que aquele sacrifício seria feito para alcançar um bem maior. Quando o menino perguntou sobre o estado dele, continuou, ainda em francês:

- Eu não estou ferido, meu senhor. Fui rendido e desarmado quase que instantaneamente... só tenho algumas escoriações pelo corpo, mas nada de grave. O que me importa é o seu bem-estar, e fique tranquilo porque, mesmo desarmado, terão de passar por cima do meu cadáver se quiserem tocar no senhor. Cristo nos protegerá. Não acontecerá nada. Na melhor das hipóteses, vão nos trocar por prisioneiros árabes, e o senhor viverá! Descanse agora, meu senhor. Eu ficarei alerta para qualquer eventualidade e o protegerei com a minha vida, em nome de Cristo!

Então, o falso europeu respirou fundo. Teria que manter seu disfarce por um bom tempo e dar a sorte de não encontrar o conde. Se o encontrasse, seria melhor se arriscar e fugir. Por outro lado, talvez o conde não o reconhecesse. Allah decidiria o que era melhor para ele. Hassan estava ávido por saber o resultado da primeira batalha mas, em seu íntimo, não esperava que ela tivesse sido tão bem-sucedida assim. Daniell agora tinha em seu exército o conde Vladislaus, e ele era esperto como uma águia. Teriam que inovar e criar uma estratégia totalmente diferente para abater a revolta cristã. Talvez o próprio Hassan fosse a estratégia. Ele não podia e não iria falhar.
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Daniell Lourenth Suzano

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MensagemAssunto: Re: Primeira Manhã - O Combate   Primeira Manhã - O Combate - Página 4 EmptySáb Jan 17, 2009 11:06 pm

Ele pareceu mais calmo quando ele falou que iria para um local mais protegido do sol, concordando com a cabeça. Seria melhor tê-lo em batalha, mas nas melhores condições possiveis.

- Não se preocupe, eu sempre me esforço ao máximo para cumprir minhas promeças, Barão.

Depois de seus pensamentos voltou a olhá-lo e ficou um pouco surpresa quando ele a olhava, analizando-a como um sábio. Escutou suas palavras e não havia como respondê-las. Sabia que eram pura verdade. Os homens ali confiavam em suas decisões e tirava coragem de sua propria, se ela se mostrasse fraca, eles também enfraqueceriam.

Respirou fundo.

- Eu sei. Foi somente um momento de cansaço. - Sorriu levemente, escutando-o falar sobre a batalha contra os mamelucos. Respirou fundo. - Está certo. Desculpe-me, um comandande nunca deve demonstrar fraquesa. Pode ter certeza que tal demonstração não acontecerá.

Ele voltou a sorrir confiante, apesar de ainda sentir que algo não estava certo.

(off: Dooooiiiii i___i)
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