Segunda Manhã

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

Ação para Vanessa:

Os olhos de Ezequiel fitavam o colchão da cama, mas ora ou outra eles se erguiam para contemplar o rosto de Daniella. Ele ainda era muito novo, mas adulto o bastante para compreender que aquele momento íntimo em que compartilhavam era um privilégio que ela dava a ele e a mais ninguém. Ela estava se abrindo, e Ezequiel respeitaria isso.

Ele tentou um suave sorriso, e ela podia compreender as entrelinhas. Era como se dissesse em silêncio que ele sempre estaria lá para ela.

O Barão aguardou que o comandante terminasse sua conversa com o jovem príncipe. Somente quando Daniella se aproximou, é que o homem demonstrou ansiedade.

- Pode ser aqui.

Os olhos dele desviaram para o jovem, que observava amuado para a caneca entre as mãos.

- Você escutou seu comandante, Ezequiel. Trate de tomar logo este remédio.

O rapaz o olhou e sorriu.

- Fácil dizer, Barão. Não é o senhor quem irá beber.

As sobrancelhas de Heitor se ergueram e o nobre tentou fingir algum zango.

- Primeiro responde ao comandante, depois a mim. Você voltou mais mal-criado do que quando partiu. Vamos, beba tudo. Não tente me tapear.

Enquanto o menino bebia silenciosamente, o Barão se voltou ao comandante. Sua expressão se revestiu a uma camada séria e preocupada.

- Sim, eu sei o que você está pensando. Eu estou preocupado com Ezequiel, mas também estou com a menina. Você já deve ter recebido as notícias que ela desapareceu do acampamento.

Ele olhou rapidamente para o protegido, antes de se aproximar mais de Daniella e dizer numa voz baixa.

- Diga-me, você conhece a índole deste seu homem... Jean Devereaux?

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

O sorriso no rosto do garoto deixou-a mais calma. A cabeça estava mais leve e sentia como se conseguisse tomar melhor suas decisões.

Agora o mais importante era voltar a ser Daniell e continuar seu trabalho naquele acampamento. Caminhou até o barão e escutou-o brigar com o jovem para que ele tomasse logo seu remedio enquanto ele retrucava para não fazê-lo.

Escutou-o falar sobre a garota que havia resgatado Vladislaus e ela simplesmente balançou a cabeça negativamente quando ele falou sobre o jovem infiltrado.

- Temo lhe dizer que não conheço nada sobre o jovem com esse nome a não ser que provavelmente nunca existiu alguem chamado assim neste exercido, e se existiu, foi morto a muito.

Falou baixo para que Ezequiel não escutasse o que conversavam. Não queria que o garoto se culpasse por mais alguma coisa que obviamente não era sua culpa.

- Imagino que ele tenha vindo buscar a jovem garota e um dos homens que capturamos quando salvamos Ezequiel. - Suspirou. - Mesmo assim imagino que ela tenha ido por vontade propria. Não é como se ela estivesse aqui como prisioneira e não pudesse pedir ajuda caso estivesse sendo levada a força.

Falou, parecendo um pouco indignado. No começo achou a jovem um pouco interessante, rebelando-se contra seu proprio povo e fugindo para os braços do suposto inimigo sem medo algum. Mas quando ela deixou seu acampamento daquela forma, era como se tivesse rido de sua generosidade e hospitalidade.

Se ela havia pensado duas vezes antes de ter aceito as condições de troca para rever Ezequiel, hoje ela poderia entregá-la sem nem pestanejar. Não parecia que ela faria diferente por eles.

- Espero que entenda minha indignação, Barão. Vi como se apegou facilmente a garota, mas se ela quisesse mesmo permanecer aqui ela teria, no minimo, gritado.

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

Ação para Vanessa:

Ouvindo a resposta dela sobre Jean, o rosto do barão mudou de cor. Ela só tinha presenciado esta mudança quando ele recebeu a notícia que a caravana onde o jovem príncipe estava tinha sido emboscada. O nobre estava abatido, como se uma cruel verdade tivesse caído como pedra em seu estômago. Seus temores haviam se confirmado.

- Ou ela pode ter sido enganada.

O barão respondeu, revelando uma outra alternativa sobre o destino da jovem.

- Ezequiel contou que Jean se mostrava bastante preocupado com o destino da menina muçulmana. Eles sabiam que Ezequiel seria a moeda de troca por Laila, e que o destino do francês e de todos nós seria selado com a troca de Vladislaus. Jean planejava que, durante a batalha, ele levaria a menina até a fronteira com a Romênia, onde ela permaneceria salva.

Suspirou.

- O que ainda não explica o desaparecimento do prisioneiro, o daroga.

Ele se aproximou mais, fazendo com que o espaço entre eles fosse menor que a distância de um braço. Ele segurou Daniell pelo braço, os lábios rentes a seu ouvido. Seja o que ele fosse compartilhar com ela, não queria de jeito algum que seu jovem protegido os escutasse.

- Nós dois sabemos que tipos de homens existem em um acampamento, comandante. Eu vi como muitos deles olharam com ódio ou com luxúria para Laila. Este homem é um mistério. Ou ele era um maldito espião que abusou da inocência de Ezequiel para levar Laila de volta ao Palácio, um cristão pervertido ou, por todo Deus, um santo!

O barão a libertou, mas sua voz permanecia baixa.

- Seja como for, ela não teria como gritar. Todos estavam com as mentes ocupadas demais com a batalha. Se ela gritou, ninguém a escutou. Mas, espere...

Ele olhou de repente para Daniell.

- Eu a mandei para a mesma tenda que Vlad.

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

Ela olhou a expressão do Barão e ficou somente a escutá-lo enquanto ele criava alternativas para o sumiço da jovem. Sabia que aquilo era duro para aquele velho homem, havia visto como ele havia se apegado a jovem.

Quando ele lhe puxou para contar outra de suas suspeitas a jovem apenas concordou com a cabeça.

- Sim, todas essas alternativas são possiveis, não vou negar... Mas uma mulher não é tão inocente como os homens desejam que elas sejam, Barão. Ela era jovem, sim, mas foi capaz de fugir do palacio do sultão com o Conde e chegar até aqui com vida.

Falou, um pouco pensativa.

- Era era esperta. Inocente e burra com certeza não. Ela provavelmente perceberia se alguem tentasse lhe enganar. Mas concordo que talvez, se ela gritou por ajuda, os homens podem ter ignorado ou não escutado por estarem ocupados de mais.

Pensou um pouco, respirando fundo.

- Estaremos indo para a Romenia tão logo nossos equipamentos sejam arrumados. Se eles foram nessa direção com certeza os encontraremos. Infelizmente não podemos fazer nada no momento. Não sabemos exatamente quando partiram e para onde. Sinto muito quanto a isso...

Olhou-o falar sobre a tenda em que estava o Conde e pensou um pouco.

- Procurou falar com ele, Barão? Eu o vi com uma pulseira em mãos mais cedo. Imagino que seja da jovem, já que era feminina de mais para um homem utilizar.

Depois deu uma leve olhada para o principe, procurando ver se ele já havia tomado seu remedio e se estava a descansar.

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

Ação para Vanessa:

O barão respirou fundo, fechando os olhos. Heitor não acreditava que Laila tivesse os abandonado. Era verdade que a menina tinha conseguido a proeza de escapar do palácio, sozinha, e ainda mais, levando um homem sem condições físicas e mentais. Ela havia cuidado de si mesma e cuidado de um Conde que estava cruelmente definhado.

- Comandante, com todo devido respeito, você teria razão se estivéssemos falando de uma mulher. Eu conversei com ela e apesar de toda sua coragem e inteligência, é só uma criança inocente e assustada. Quase uma mulher, sim, mas sem a malicia de uma.

Ele tentou explicar, mas sua voz estava ficando alterada. Havia desespero, que o barão tratava inutilmente de ocultar.

- Ela fugiu do palácio por conta própria, sim, mas ela escolheu está na companhia de Vlad. Ela estava com o anel dele, disposta ao nosso auxilio. Que motivo agora a levaria a se arriscar a caminhar neste deserto, sozinha, sem rumo, sem ninguém? Não faz sentido.

Deslizou a mão sobre a barba castanha, suspirando.

- Admito que havia esquecido do detalhe de ter enviado Laila para a mesma tenda que o Conde. Vou procurar Vlad, mas temo como ele possa receber as notícias caso ele ainda não saiba de nada.

O cenho franziu.

- Agora, viajar de volta para a Romênia?

Ezequiel ainda bebia o remédio e a cada gole fazia uma careta pior que a outra. Pensando que ninguém o observava, uma vez que o barão estava de costas a ele, e não suportando mais aquela tortura muçulmana, resolveu despejar o restante do remédio no chão. Percebendo só depois que Daniella estava o observando, ele arregalou os olhos e pôs o indicador nos lábios implorando por segredo.

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

Ela escutou toda a idignação e preocupação do barão sem falar nada novamente. Talvez ele tivesse razão. Mas ele não a conheceu por muito tempo, nunca poderia dizer com certeza.

Respirou fundo quando ele falou sobre Vladislaus, balançando a cabela.

- Acredito que ele já saiba, Barão. Casimir foi quem me contou e ele ficou em minha tenda junto com o Conde quando vim visitar o jovem escudeiro. Não acho que ele perderia a oportunidade...

Quando ele perguntou sobre a Romenia a jovem balançou a cabeça negativamente.

- Recebi uma carta ha algumas horas do irmão mais velho de Vladislaus, Mircea. Ele pedia que voltasse com urgencia para o reino, já que suas tropas estava sofrendo muitas baixas e os ataques pioravam. Infelizmente não é seguro deixar o reino somente aos cuidados dele e precisarei retornar imediatamente.

Quando terminou de falar viu a cena de Ezequiel e esforçou-se para não rir ou se expressar de modo que o Barão notasse e procurasse verificar o menino também. Suspirou para aliviar a vontade e poder ficar novamente séria.

Como podia mudar de uma atitude tão madura para uma tão infantil em tão pouco tempo? Deveria ser mesmo uma criança.

- Por isso, sinto não poder ajudar nas buscas pela garota. Mas se eu demorar muito posso não mais possuir uma casa aonde retornar.

Falou com o olhar ainda calmo, mas sério. Poderia deixar que a Romenia se explodisse, mas seu pai fugiria com toda a certeza. Não valia a pena.

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

Ação para Vanessa:

Estava difícil para o barão esconder sua tristeza e decepção em saber que nada seria feito para ajudar Laila. Mas Daniella tinha um bom motivo. Ela precisava retornar a Romênia e impedir a invasão islâmica. Mircea era um excelente comandante, mas estava sozinho. Se sofresse muitas baixas, seria impossível livrar a Romênia das mãos dos inimigos. E o atual princípe regente parecia se importar mais com o bom vinho e a comida posta na mesa forrada em panos de sedas, do que o destino de seu povo.

- Entendo, Daniell. Eu não iria insistir para que me ajudasse a procurar a criança perdida. Se Mircea lhe enviou uma mensagem deste cunho, é porque seu retorno se faz necessário.

Enquanto distraído com o comandante, não percebia o que Ezequiel estava fazendo e que tanto divertia Daniella internamente. O menino mantinha o corpo tenso, como um rato apanhado, relaxando somente quando percebeu que Daniella não o denunciaria. Ele sorriu e conteve a vontade de gargalhar, pensando o que Daniella poderia está imaginando. Seu ato tinha soado tolamente infantil para ele próprio e acima de tudo, tinha a colocado na posição de sua cúmplice. Heitor prosseguiu, sem aparentemente perceber nada.

- Você está certo. Casimir não perderia a chance de alfinetar Vlad. Falando em Casimir, soube que ele salvou a sua vida. Casimir não é um homem de bancar o herói. Se ele o salvou, é porque ele requer algo de você ou gosta muito de você. Independente do que for, eu o alerto para que tome cuidado.

O barão virou o rosto de repente, para assistir o jovem sentado na cama. Ezequiel fez a melhor cara de inocente que pôde. Heitor piscou duas vezes e se voltou novamente a Daniella.

- Vou procurar o Conde. Peço a sua licença, comandante.

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

Observou a reação do homem, mas de nada adiantaria. Existiam assustos mais urgentes do que uma garotinha que fugia assim que bem entendesse. Concordou com a cabeça quando escutou sua resposta, ficando um pouco mais calma, apesar que era dificil com o jovem principe aprontando atras das costas daquele homem.

Escutou-o adverti-la sobre Casimir e apenas concordou com a cabeça. Sabia que o Duque não era flor que se cheirasse e que ele não a teria salvo por nada. Estaria preparada para o que quer que fosse, mas aquele homem não tinha um ponto fraco dela para poder explora-la, já que se ele soubesse sobre sua identidate e ameaçasse falar ao publico, ela somente riria de sua cara.

Nenhum homem havia feito o que ela fez e se caso sua identidade fosse revelada ela poderia jogar na cara de todos antes de morrer queimada e torturada.

- Obrigado pelo aviso, Barão. Tomarei cuidado com este homem.

Ela olhou Heitor sair da tenda e voltou a fitar Ezequiel, caminhando até o jovem. Suspirou.

- Deveria ter tomado tudo.

Repreendeu o jovem, balançando a cabeça negativamente.

- Preciso ordenar que preparem tudo para a viagem. Espero que se cuide direito. - O olhou, séria.

Sentia uma grande vontade de se aproximar novamente do jovem como haviam feito antes, mas estava atarefada e não poderia de demorar muito mais. Aquele seu lado feminino teria que ser reprimido novamente pois Daniell ainda possuia tropas a comandar.

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

Ação para Vanessa:

O barão acenou com a cabeça, distraído. A jovem sentia que ele estava amargurado. A única pista que ele possuía sobre a muçulmana eram as informações de Ezequiel sobre o cavaleiro francês, o que não conseguia o deixar mais abrandado. Temia que alguém tivesse vindo e a levado de volta ao palácio, sem que nenhum homem do acampamento tivesse percebido o movimento. Sua única esperança era que Vlad soubesse de alguma informação importante, uma vez que Daniell afirmava tê-lo visto com um misterioso bracelete.

O silêncio reinou na tenda quando o barão partiu. Ezequiel estava vestindo seu manto de escudeiro por cima das roupas, não apercebendo que estavam sozinhos, mais uma vez. Ele procurava pelo chapéu, quando Daniella se aproximou. O menino parou o que estava fazendo, se virou lentamente e a observou. A suave repreensão de Daniella não surtiu o efeito desejado em Ezequiel.

Um sorriso se fez largo, rutilante.

- E você deveria está tomando atenção no barão, milady. – o menino retrucou, divertido. – Além de tudo, o barão é bastante exagerado quando o assunto diz respeito a minha saúde. Se eu continuasse bebendo aquilo, certamente ficaria adoecido.

O menino passou a mão pelos cabelos numa tentativa vã de ajeitá-los, mas somente arrepiou os fios ainda mais. Ele posicionou o chapéu sobre as pernas, segurando a aba com as pontas dos dedos.

- Nós iremos viajar para onde?

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

Os olhos rubros da jovem fitavam o principe enquanto ele procurava se arrumar. Balançou a cabeça negativamente enquanto escutava-o respondê-la.

- O senhor está muito respondão, principe. - Riu um pouco. - Pelas suas expressões, acredito que a bebida não possuia os melhores gostos, mas isso não quer dizer que não fizesse bem a vossa saude.

Olhou-o enquanto tentava arrumar seus cabelos e apenas soltou uma risada leve. Suspirou.

- Romenia. Infelizmente eu preferiria que fosse embora com vosso tio. As lutas que iremos participar agora muito provavelmente irão nos desgastar ao ponto em que não possamos aguentar. Nosso Rei não se importa com nada que não seja o luxo que o rodeia e sem seu apoio, certamente a Romenia irá cair nas mãos do muçulmanos.

Ela pareceu um pouco entristecida com as proprias previsões, mas não parecia que aquilo realmente a afetava. Era como se ela não ligasse de enfrentar a morte certa.

- Não é como se mudar o campo de batalha fosse mudar as condições em que luto.

Mensagens : 83 Data de inscrição : 10/12/2008

(OFF 1: Bem, mamuska, levando em consideração que quem realmente cuidou de Laila foram o Barão Heitor e Ezequiel, o menino - que, aliás, Hassan salvou, e não Daniella - Laila deve menos que metade de um grão de poeira à ela.Mas, como vc disse,são pensamentos da persona^^'' OFF 2: Desculpem o sumiço i,i preguiça + dodói = falta de posts ii)

Laila manteve-se quieta, e não mais respondeu à Ari. Na verdade, a ex-odalisca apenas pensava em como sua vida poderia ser diferente se Ari conseguisse a coragem de pegar Laila e a mãe, para fugirem do Sultão. Poderia ter uma família agora, quem sabe outros irmãos e irmãs.

Mas, naquele momento, sentia-se mais sozinha que nunca. Sua única companhia era a profunda raiva que sentia de Ari. Ela seguia quieta atrás de Hassan mas, depois de cinco minutos, bateu nas ancas do cavalo com os pés, acelerando um pouco o ritmo e ficando ao lado dele, falando já com mais frieza:

- Para onde vamos, afinal?...Nesse passo, vai serfácil eles nos acharem...e eu prefiro ser morta a voltar para Mehmet.

Mensagens : 75 Data de inscrição : 10/01/2009

A idéia de Ari não era de todo ruim, Hassan considerou. Porém, era arriscada. Mas Yago certamente sabia se cuidar e daria conta da função de mensageiro. Ele já tinha sido treinado para tal, anos atrás, quando Hassan esteve em terras estrangeiras e caiu prisioneiro. Na verdade, Yago foi um grande auxílio para sua liberdade exercendo esta exata função. Hassan então cumprimentou Ari com a cabeça, concordando com o restante do que ele disse, sem falar mais nada. Aquietou-se e procurou afastar-se dali. Seus pensamentos estavam distantes, concentrados no que ele teria de realizar agora. Pensamentos que foram interrompidos pelo questionamento de Laila, uma criança que não tardaria a amadurecer, se é que já não o havia feito durante esses acontecimentos. Mas ele não ousava perguntar. Com o olhar sóbrio e sério, limitou-se a responder calmamente, tentando passar-lhe confiança.

- Fique tranquila, pois somente sob meu cadáver você será escoltada de volta ao palácio. Costumo cumprir as promessas que faço. Tenciono levá-la agora à fronteira com a Romênia, pois estaremos seguros lá. Há um vilarejo cristão, o que me forçará a continuar com o meu disfarce de cavaleiro francês. Chame-me por Sr. Devereaux quando estiver na presença de qualquer pessoa, pois a partir deste momento você deverá fingir que é minha aia, minha serva, minha escrava, minha concubina. Laila, eu sei falar francês e estou vestido como um cavaleiro. Posso me disfarçar, mas não a você. Prometo que não lhe farei nada, não encostarei um dedo em você, mas tenho que contar com a sua cooperação. Mesmo que seja ultrajante e totalmente humilhante para você, mesmo que isso vá contra as suas convicções, você deverá representar esse papel. Isso é vital para a sua segurança e para o nosso disfarce. Você compreendeu?

Hassan demora mais alguns segundos, esperando uma resposta de Laila, antes de falar novamente. Seu semblante cansado era combatido pela serenidade de seus olhos e pela mansidão de sua fala.

- Passaremos apenas um dia lá. Preciso comprar algumas coisas e descansar, pois ainda não dormi nada. De lá, iremos seguir viagem até Meca, como eu havia prometido.

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

(Off: Aloísio e Marys estão livres de mim ^^ por enquanto. Podem jogar.)

Ação para Vanessa:

Ezequiel olhou para Daniella, quando ela disse o quanto ele estava respondão. O jovem receava que ela tivesse se ofendido. Então a escutou ri, e seus temores imediatamente dissiparam. Um sorriso se fez nos lábios.

- Eu prometo que me cuidarei melhor, milady. Só peço para que não conte ao Barão que você me viu despejar o remédio. Heitor é um homem muito bom, mas quando zangado ele realmente sabe ser assustador.

Os dedos dedilhavam a aba do chapéu, inquietos. Mas o rosto se mantinha sereno quando a ouvia falar sobre a Romênia.

- Vladislav. – o menino disse, sabendo bem a quem ela se referia. – Ele foi posto no trono por Casimir, quando Dracul se tornou vassalo do Sultão. Mas depois que meu tio tomou o trono de Casimir, Guilherme não conseguiu ter poder sobre Vladislav. Você deve tomar cuidado.

O menino silenciou, percebendo a expressão triste que tomava conta de Daniella. Não sabia se ela estava triste pelas condições do povo romeno ou por saber o que a aguardava. Ele abaixou os olhos, sentindo todo o peso que ela carregava nas costas naquele instante.

- Não mudará as suas condições, milady. Mudará sua cautela. Aqui você é um comandante de um exército de cristãos. Mas lá na Romênia, você não poderá ser apenas Daniell Lourenth Suzano. Terá que ser também a Condessa, a filha de Zaphir. E você sabe, mais do que ninguém, as complicações que são ter que dividir entre estes dois lados. Posso afirmar que a Romênia será muito mais hostil para você, do que aqui é.

E num momento de silêncio, ele levantou a cabeça, olhando-a intensamente.

- Você ficará bem?

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

Ela escutou-o falar sobre o Barão e ela sorriu para o jovem. Não conhecia muito bem o barão alem do campo de batalha, mas como era tutor do jovem principe, ele deveria ter de ser cuidadoso e isso poderia fazê-lo ter que ser duro com Ezequiel as vezes.

Escutou-o falar sobre o Rei de suas terras e ela apenas concordou. Sabia que ao entrar em suas terras, teria de voltar também ao papel de mulher, porem não possuia a menor escolha. Seu pai ainda havia prometido sua mão a um dos filhos do Conde Dracul e isso a preocupava. Estava chegando perto de seus dezoito anos e logo não poderia mais adiar o casamento, por mais que ela desejasse continuar uma mulher livre...

Deveria fugir para outro país e deixar que Vladislaus e Mircea morressem, assim não estaria mais presa a promeça idiota de seu pai.

- Eu sei que terei de possuir maior cautela, Ezequiel, não possuo outra escolha... Meu maior problema é que com o meu retorno, eu seja obrigada a me casar. Meu pai acredita que estou na casa da familia de minha mãe enquanto estou aqui. Meus servos por vezes me escreveram que ele vem tentando entrar na casa e eles sempre inventaram algo para afastá-lo, porem ele está ficando insistente de mais.

Soltou um suspiro baixo. Aquele parecia ser o unico receio da jovem. Ela tinha o espirito livre de mais para ser presa a alguem que não desejava. Escutou-o perguntar se ficaria bem e ela abriu um pequeno sorriso.

- Com sorte algum sarraceno vai matar meu pai e eu posso ignorar a promeça dele. - Riu um pouco. - Eu sei me cuidar, Ezequiel. Existem lugares que eu prefira muito mais estar, ao lado de certas pessoas, porem eu não tenho escolha.

Falou com a voz entristecida, olhando-o nos olhos.

Mensagens : 75 Data de inscrição : 10/01/2009

(SPOILER (off): Molinho... Ezequiel pede Daniella em casamento e... pronto. Ela não se casa com quem não deseja e fica noiva de Ezequiel por tempo indeterminado, até que ele atinja a maioridade ._. / Se ela estiver comprometida, não poderá se casar com qualquer um o_o. Zoeira, gente. Tô mandando essa mensagem só pra saber se há um limite de ações que podemos fazer, Andreia, porque certamente deve demorar um pouco até que cheguemos na borda da Romênia, e se a Laila fizer o que ela geralmente faz (calar o bico e seguir viagem sem dar um pio rs) acho que vai haver um grande hiato na história até que a interpretação role novamente. Enfim, estou esperando a ação da Laila. Srta. Bilenkij, aguardo também uma resposta a esse post o.o)

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

(Oh, moço Aloísio, aí não vale >_< descobriu o que eu pretendia fazer. SPOILER(2) Mircea fica tristinho pela mulher que ele ama assumir compromisso com outro e se suicída. Vlad já seria um vampiro até Ezequiel alcançar maioridade para se casar com a Danny. Com Vlad "fora da jogada" Hassan se casa com Laila e se torna um herói, narrado em livros de história até hoje. Casimir tem um infarto. Por fim, o pai de Danny estaria com os olhos brilhando pensando no dinheiro que este matrimônio vai dá. Agora você me obriga a mudar tudo isso XD
Aloísio, não há limite de ações não o.o eu deixei bem aberto, porque eu não sabia se Hassan pretendia fazer alguma coisa antes ou Laila (essa frase ficou com duplo sentido... por Dio), mas, caso contrário, podem abrir um novo tópico com título "Quarta Noite", por exemplo, dependendo de quanto tempo eles levaram e o período em que chegaram o.o não tem problema.
Vá, já respondo a ação XD preciso terminar um tutorial sobre postgre para enviar ainda hoje!
Beijos para vocês!)

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

(off: Tambem quero um post off i_i'''
Noa, agora a Danny vai ter que se casar com o Mircea e ter um filho fora do casamento enquanto lidera os guerreiros para a batalha /hmm
Mamy, vc fugiu do msn quando eu estava perguntando spoilers, assim não vale D:)

Mensagens : 75 Data de inscrição : 10/01/2009

(Off: O.o mas o Hassan não tem (inicialmente) a menor intenção de se casar com a Laila i.i - por favor não mudem nadaaaaaaaaaa *arrependido* -_-)

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

(Off: *Vlad* Filho fora do casamento? Adúltera! Ò.o Guardas, empalem-na! E como assim Hassan não tem INICIALMENTE a menor intenção de se casar com a Laila? Por acaso, isso quer dizer que ele poderá futuramente ter alguma intenção? Não importa. Guardas! Empalem Hassan! *Deia* Ainda bem que minha internet caiu aquele dia ou eu tinha contado tudo... ç_ç )

Ação para Vanessa:

A voz contrista de Daniella trouxe a atenção do jovem e seu silêncio. Daniella estava na idade de se casar. Ezequiel sabia que muitas mulheres com menos idade do que ela já estavam casadas e possuiam um ou dois filhos. O Conde não sossegaria, enquanto não tivesse a filha presa a um laço matrimonial. Além do bom dote, era a única forma de manter o título e evitar as fofocas do tribunal.

Imediatamente sentiu pena dela. Daniella era uma mulher bela e que amava ser independente, dona de si. Era diferente de qualquer outra mulher que havia conhecido, e ainda, ele lembrava de tê-la ouvido dizer que não confiava mais no mundo dos homens. Seria a morte para ela se fosse submissa a um homem a quem não amava.

Ezequiel desviou o olhar. Desejava poder ajudá-la, acabar com aquele sofrimento, mas não sabia ao certo o que fazer ou como fazer. Há muito, ele havia aprendido que como príncipe, seu poder era limitado.

Seus olhos se voltaram aos dela novamente, ao ouvi-la desejar a morte de seu próprio pai.

- Não diga uma coisa dessas. – ele disse complacente – É seu pai. Por mais cruel e desumano que ele possa ser, ainda é seu sangue. Eu sinto muito a falta do meu. Queria que meu pai estivesse aqui do meu lado e não só nos meus pensamentos.

Ele se levantou da cama e se aproximou dela, a passos tão silenciosos, que ele mal parecia tocar o chão. Gentilmente a abraçou, aconchegando o queixo em seu ombro. Ela podia sentir a mão dele massagear suas costas, sem malícia, mas ainda, de uma forma tão masculina.

- Eu vou pedir a Deus para que Ele dê a seu pai um pouco mais de lucidez e enxergue a boa filha que ele tem. – ele sussurrou no ouvido de Daniella. - E rezarei todas as noites para que Ele esteja com você a cada passo.

Um suave sorriso roçou na orelha dela.

- E se mesmo assim forçarem a você se casar, milady, fuja do altar.

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

(off: Mamy, vou tar viajando dia 15 pra Irlanda, ai eu tava usando o forum de Digimon que eu tinha criado pra poder jogar com as minhas amigas os jogos de msn, já que eu não sei quando vou ter internet direito e se meus horários vão bater com os delas. Ai eu queria continuar o da Sayako por lá tb, já que vc quase não entra na net i.i' http://digivice.forumotion.com/)

Ela ficou o olhando e percebeu como ele pareceu ficar incomodado com o que ela havia dito, como se ele percebesse mais um lado negro da propria vida que ela já conhecia a muito tempo.

Quando o escutou falar sobre seu proprio pai e pedir para que ele não desejasse a morte do proprio ela suspirou, balançando a cabeça negativamente.

- É diferente quando seu pai age como um Pai ou um homem sem escrupulos...

Sentiu o abraço, novamente surpresa, e o abraçou tambem, ficando um pouco mais aliviada por sentir o apoio de alguem, mesmo que não lhe fosse de muita utilidade alem das boas palavras. Sorriu um pouco enquando o escutava e arrepiou-se quando sentiu os lábios do jovem roçarem sua orelha enquanto ele lhe pedia que fugisse do matrimonio.

- Como fugir, Ezequiel... Para onde eu iria? Eu não tive minha mão prometida a qualquer pessoa. Meu pai a prometeu a um dos filhos do Conde Dracul. - Suspirou. - Sem querer salvei um possivel marido e estou sendo chamada por outro para salvá-lo e proteger nossas terras...

Ela achou aquilo quase comico. Ela poderia ter abandonado Vladislaus e Mircea para morrer e poderia ter matado Radu na noite anterior e assim seus problemas teriam acabado, mesmo assim parecia estar ajudando a todos.

- Se eu continuar em minhas terras, uma hora eles vão me levar de volta... Não, me levarão de volta aonde quer que esteja. Meu pai não permetiria tal humilhação.

Apoiou o rosto no ombro do garoto, soltando um suspiro baixo.

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

(Off: Vou acessar o fórum sim ^^ pode deixar, filha. Estava pensando neste nosso jogo de msn, faz maior tempão que a gente não joga i.i legal que com este fórum, vai dá para recuperar o atraso. Vou tentar entrar hoje a noite no msn o.o)

Ação para Vanessa:

Realmente o futuro marido de Daniella não seria qualquer um. Ezequiel conhecia sobre a família de Dracul. Eles não eram apenas aristocratas. Também possuíam sangue real a correr nas veias. Dracul tinha sido rei, mas seu poder foi deposto por membros de sua própria família. Seu primo, Vladislav, tinha conseguido o apoio de Casimir para derrubar Dracul do poder e coloca-lo em seu lugar. O motivo era simples: Dracul tinha se tornado vassalo do Sultão. Como prova de sua vassalagem, ele havia dado ao soberano muçulmano seus dois filhos mais jovens.

Ficava mais evidente ao jovem que Daniella não tinha como escapar de seu destino. Ela casaria com herdeiros do trono. O pai de Daniella estaria muito contente se eles fizessem parte de uma família poderosa.

Aquilo trouxe certo gosto amargo à boca do jovem e ele sentiu está enjoando novamente.

De repente, ele se afastou do abraço, e as mãos seguraram os ombros de Daniella. Era um aperto firme, mas, contudo, carinhoso.

- Nós pensaremos em uma forma de tirá-la desta situação. Não se preocupe. Tudo sempre tem uma saída. E nós a acharemos. Não perca as esperanças.

Ele somente soltou os ombros de Daniella quando viu Estevão os observando na entrada da tenda. Imaginava o que o ruivo estava pensando ao encontrá-los novamente juntos. O menino se afastou, dando uma distância maior.

O incomodo silêncio apenas se quebrou, quando o francês finalmente achou fôlego para falar.

- Conde Vlad está de partida, comandante. Ele requer a sua presença.

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

Sentiiu o garoto se afastar do abraço e o fitou enquanto sentia suas mãos tentando lhe passar confiança. Escutou suas palavras, sorrindo um pouco para a inocencia do garoto. Poucas eram as esperanças da jovem para que conseguisse fugir daquela maldita prisão em forma de casamento.

Quando ele a soltou, ela olhou para o lado, vendo o jovem francês e escutando-o falar sobre o Conde. Respirou fundo, voltando a olhar o jovem garoto.

- Se cuide. Tenho assuntos agora. Não se esforce de mais.

Passou a mão pelos cabelos do garoto e caminhou até Estevão, ficando mais séria.

- Então ele pretende ir sozinho...?

Sorriu ironicamente.

Admin Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008

(Off: Moço Aloísio e netuska Marys, vocês querem que eu abra o novo tópico para vocês? o.o Por que eu só estava esperando agir quando Jean e Laila começassem a buscar abrigo. o.o)

Ação para Vanessa:

Ezequiel assentiu, mas ela sabia que seria difícil manter na cama um garoto em sua idade, ainda cheio de energia e virtude. Embora abatido e aparentando uma fragilidade que havia a preocupado, o jovem parecia bastante disposto a ver a luz do Sol fora de sua tenda. Ele sorriu ao senti-la passar a mão pelos cabelos, num gesto que só recebia publicamente do Barão e encaixou o chapéu sobre a cabeça, cobrindo os cabelos desalinhados e macios. O príncipe se sentou na cama e seus olhos fitavam com nítida atenção para ela e o ruivo.

Estevão deu um sorriso cortês ao jovem escudeiro, antes de se voltar a Daniella. O sorriso irônico que acompanhou a pergunta do comandante não lhe passou despercebido, entretanto, o rapaz decidiu não interrogar o que havia se passado na mente de Daniell naquele instante. Ele a tinha visto conversar com o Conde algumas vezes, mas não conhecia o teor das conversas.

- Não completamente sozinho. – Estevão deu um rápido olhar para fora. – Casimir lhe ofertou uma pequena escolta. Parece que eles temem que o filho de Dracul caia em uma emboscada enquanto estiver indo para a Romênia.

Mensagens : 75 Data de inscrição : 10/01/2009

(off: Estou esperando minha noiva fazer a ação o.o. Não posso ficar monologando, né?)

Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35

Observou o jovem voltar a sua cama e apenas sorriu como se estivesse a dizer que era isso que ele deveria fazer.

Voltou sua atenção para o ruivo novamente e escutou-o dizer que Casimir havia oferecido ao Conde uma escolta. Riu baixo, balançando a cabeça negativamente começando a caminhar. Antes de sair, virou-se uma ultima vez para o jovem escudeiro.

- Espero que siga a risca o que seu medico lhe pedir, Ezequiel.

Falou calmamente e depois voltou a caminhar, olhando Estevão. O sorriso não abandonado seus lábios roseos.

- Me leve até o Conde. Não sei o que ele quer, mas acredito que será divertido.

Falou calmamente.