Conde Vladislaus Tepes Admin
Mensagens : 255 Data de inscrição : 08/12/2008
| Assunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições Ter Jun 16, 2009 9:24 pm | |
| Ação para Vanessa:
Radu via claramente que o jogo havia invertido a favor dela. Era ela quem agora empunhava sua própria cimitarra e determinava o tempo que ele seria degolado. Ele soltou um gemido, sentindo a dor em seu braço cada vez mais lacerante. Um dos joelhos dele cedeu e foi ao chão. Meio ajoelhado, ele olhou para ela e as palavras que vieram a seguir dos lábios femininos confirmaram as suspeitas de Radu.
- Então é você mesma... A filha única do Conde Zaphir... – e sorriu irônico. - ... a menina petulante é quem comanda o exército de cristãos.
Ele riu ao ouvi-la falar de honrar a vitória dele na corrida de cavalos. Assim como ele, ela também não havia esquecido. Radu ignorou o fato dela lhe dá a oportunidade de um último pedido. O olhar rubro dela, que transmitia tanto ódio, apanhou seu interesse maior.
- Daniella, Daniella.... Parece que não sou somente eu quem mudou aqui.
A voz de Radu gotejava de ironia. Ele prosseguiu a dizer, os olhos firmes nela, a respiração tensa.
- Sem piedade, guardando imenso ódio de todos e tentado se desfazer de um passado que nos persegue como sombra. É o que vejo em seus olhos. Mas ainda vejo a menina assustada dentro deste mesmo olhar. Você hesita em me matar, porque os laços com o passado ainda são muito fortes em você.
Os olhos dele fitaram com interesse casual a lâmina da cimitarra.
- Vlad é igual a você. São estes mesmos laços com o passado que levarão vocês dois para a lama, da mesma forma que há anos atrás.
Seus olhos ergueram mais uma vez, fincando sobre os dela.
- E eu, mais uma vez, me regozijarei da vitória.
Um momento de silêncio se fez, até ser cortado pela voz de um árabe.
- Radu!
O árabe cavalgava em direção deles, mas não havia nenhum movimento brusco que denunciasse uma ofensiva contra Daniell. Ao chegar próximo, ele parou o cavalo, parecendo exasperado.
- Radu! Vamos recuar... o Sultão foi ferido.
Radu pareceu empalidecer diante das notícias. Daniella sabia que embora a batalha dos dois tivesse sido interrompida, eles se viriam muito em breve. O destino dos dois estava marcado a sangue e as palavras do jovem Radu apenas confirmavam. Ele levantou-se do chão e montou o cavalo, logo atrás do árabe. Os olhos de Radu a fitaram uma última vez, antes de o árabe partir a toda brida em direção ao exército inimigo que recuava. | |
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Daniell Lourenth Suzano
Mensagens : 154 Data de inscrição : 10/12/2008 Idade : 35
| Assunto: Re: Segunda Noite - Noite de Sangue e Traições Ter Jun 16, 2009 10:06 pm | |
| Daniella olhou-o cair de joelhos a sua frente e voltou a sorrir com malicia e ódio. Escutou-o falar sobre aquele passado e riu um pouco, deixando novamente escapar a risada de Daniella criança.
- É uma decepção ver que é uma mulher que derrotou todos aqueles soldados? Diga-me... Como é saber que foi uma mulher que humilhou toda uma nação?
Ela permaneceu a sorrir agora, observando-o e vendo que ele começava a analisá-la como seu irmão havia feito quando chegou em seu acampamento. Sabia que ele tentaria algo para tentar sair vivo daquela pequena batalha, mas ela não poderia deixá-lo sobreviver.
Quando ele falou sobre sua hesitação ela apertou o cabo da espada com força, o sorriso ficando mais sarcastico. Deixou-o terminar sua logica e então começou.
- Ora, mas já queres morrer? Eu estava pensando em falar um pouco sobre o passado, antes de saborear a cor rubra começar a tingir o manto de areia...
O escutou falar sobre vitória e ela estreitou os olhos. Estava prestes a retrucar quando escutou alguem vir ao resgate do jovem. Ela rosnou, escutando-os e depois pegando a cimitarra, pronta para partir para cima daqueles dois homens.
Mas ela mesma se parou. Não adiantaria de nada, não agora. Ela o encontraria e, se seu orgulho machista fosse tão grande quanto aparentava, ele não falaria de seus segredos para ninguem por que, afinal, eram iguais... E ele que teria de tentar sua vingança contra ela.
- Estarei a esperar-te, Radu. Será uma honra cortar seu pescoço covarde e sentir seu sangue escorrer por meus dedos. Provavelmente será bem mais proveitoso do que ver o sangue deste seu sultão banhar o chão.
Riu-se, depois voltando a olhar sua batalha. Novamente havia vencido...? Deus deveria mesmo gostar dela, ou ela nunca venceria uma batalha onde tudo indicava sua derrota.
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